Goiás se posiciona como o estado que ocupa a segunda maior parcela de usuários da internet do país. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), 94% da população goiana de 10 anos ou mais de idade utilizaram a internet em 2024. O levantamento faz parte do módulo temático de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), realizado ao longo do 4º trimestre de cada ano, com referência ao período que engloba os 3 meses anteriores à aplicação do questionário. O percentual registrado por Goiás (94%) representa 6,1 milhões de pessoas.

A pesquisa registrou que, em Goiás, 77,3% das pessoas com 60 anos ou mais de idade utilizaram a internet em 2024. O resultado é 3,6 vezes maior que o de 2016 (21,5%) e 7,5 % acima da média nacional (69,8%) para a mesma faixa etária. No ranking por unidades da Federação, o Distrito Federal (84,8%) aparece em primeiro lugar, seguido por Roraima (80,3%), Rondônia (79,5%), Rio de Janeiro (78,1%) e, então, Goiás.

Quanto aos demais grupos etários, aquele que, em 2024, sinalizou o maior percentual de usuários da internet em Goiás foi o de 25 a 29 anos com 99,4%. Em Goiás, mais de 43% da população utiliza somente o celular para acessar a internet. A pesquisa abordou, também, a frequência com que alguns equipamentos eram empregados para acessar a internet. Nesse sentido, foi registrado que, em Goiás, 43,2% dos usuários da internet no período de referência de 2024 tiveram como ferramenta somente o telefone móvel celular.

Com o aumento do uso da internet no estado também cresce a preocupação com os crimes cibernéticos. Atentos ao número crescente de golpes na internet, os deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) já apresentaram várias iniciativas para proteger os usuários. Entre as propostas aprovadas na Casa de Leis está a Política Estadual de Proteção Financeira da Pessoa Idosa. Sancionada em junho de 2025, esta lei visa prevenir fraudes e abusos financeiros praticados contra idosos, incluindo golpes virtuais. Ela determina a realização de campanhas educativas, implantação de canais de denúncia, e produção de materiais de orientação para a população idosa. A iniciativa da parlamentar Bia de Lima (PT) e do deputado Dr. George Morais (PDT) gerou a Lei nº 23.464 e foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 6 de junho.

Outra medida que recebeu sanção em junho de 2025 foi a Política Estadual de Proteção a Crianças contra Brincadeiras Nocivas e Desafios Perigosos nos Ambientes Virtuais. O objetivo da norma é prevenir, identificar e combater práticas que coloquem em risco as integridades física e mental de crianças e adolescentes.  A Lei Estadual nº 23.460, de 6 de junho de 2025, de autoria do deputado Wilde Cambão (PSD), representa, de acordo com o parlamentar, um passo significativo na proteção de crianças e adolescentes em Goiás, alinhando-se com as diretrizes constitucionais e respondendo a uma necessidade urgente de segurança no ambiente digital. “Ao implementar medidas preventivas, educativas e punitivas, o projeto promove uma cultura de proteção e conscientização, contribuindo para um ambiente virtual mais seguro e saudável para nossos jovens”, disse Cambão.

Na Assembleia tramita, ainda, o projeto de lei n° 22105/24, de autoria do deputado Mauro Rubem (PT), que institui a Política Estadual de Combate aos Golpes pela Internet. A proposta aguarda relatório do deputado Major Araújo (PL) na Comissão de Segurança Pública da Casa.

As principais ações previstas pelo projeto incluem a realização de campanhas educativas para conscientizar a população sobre os golpes virtuais, que serão divulgadas por diversos meios, como redes sociais, televisão, rádio e mídia impressa. O deputado também prevê, com a proposta, a criação de plataformas digitais para denúncias de fraudes, o estabelecimento de parcerias com instituições de ensino para capacitar profissionais e a promoção de conscientização nas escolas.

Todas essas iniciativas mostram um empenho da Assembleia Legislativa na proteção dos cidadãos contra os golpes e fraudes na internet, principalmente focando públicos vulneráveis como idosos e crianças.