Mauro Rubem apoia resolução de problemas do Imas que não atinja os servidores
A gestão do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) foi tema de fala de Mauro Rubem (PT), na Ordem do Dia desta terça-feira, 12. O parlamentar relatou uma reunião ocorrida, ontem, sobre a pauta e teceu críticas à forma como a gestão municipal tem conduzido os assuntos do instituto.
“100% do recurso que o Imas arrecada com o servidor e da contribuição da prefeitura vão para a iniciativa privada”, afirmou o deputado, ao apontar o perfil do prefeito Sandro Mabel (UB), ligado ao setor empresarial. O petista comparou a postura do gestor municipal com a do governador Ronaldo Caiado (UB), à época da privatização do Ipasgo, hoje Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde).
Rubem lamentou a postura de Mabel. O parlamentar argumentou que a prefeitura, ao invés de adequar planos de saúde e construir diálogos com servidores, decide de forma unilateral, sem observar, por exemplo, experiências de outras cidades brasileiras.
“Ele vai colocar valores que não são acessíveis à grande maioria dos servidores, e fica melhor para o servidor aderir a planos privados. Ou seja, vamos ter mais um instituto de servidores públicos sendo destruído”, declarou.
Ao comentar dívidas e déficits do Imas de Goiânia, Mauro Rubem cobrou a responsabilização de Sandro Mabel. O parlamentar lembrou promessas realizadas pelo prefeito em sua campanha eleitoral. “Ele disse que ia fazer, e já estamos no oitavo mês”, argumentou.
Por fim, Mauro Rubem alertou sobre o impacto de um possível fechamento do Imas no sistema de saúde pública. Os desdobramentos, na visão do petista, sobrecarregariam ainda mais a saúde de Goiânia, já prejudicada, por exemplo, com problemas em maternidades municipais e com a gestão de organizações sociais da saúde (OSS).
O deputado lembrou o histórico de problemas judiciais que culminaram com a prisão do ex-secretário municipal de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros envolvidos na crise da saúde em Goiânia. Para Rubem, entre outros pontos, o cenário atual é uma represália a posicionamentos da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que se posicionou de forma contrária em episódios anteriores da crise com as OSS.
“O que é grave é que não é a fundação que está na fila de espera para dar à luz, é para a criança que precisa ser atendida. [...] O prefeito quer negociar os direitos sociais que estão no artigo sexto da Constituição, transformar as atribuições da prefeitura em negócios menores, privados – isso não podemos deixar”, encerrou.