Historiador aponta importância de comunidades engajadas para segurança pública
O historiador e gestor público Jefferson Fonseca, de Santa Catarina, encerrou o ciclo de palestras do Congresso Cuidar é Proteger, realizado na tarde desta quinta-feira na Assembleia Legislativa. Ao lado do coronel da reserva da Polícia Miltar catarinense, Marcelo Pontes, ele aprofundou a discussão sobre o Programa Vizinhança Solidária.
Em sua fala, Fonseca destacou que o programa é uma parte essencial do conceito de comunidade em ação, nome da coleção de livros da qual os palestrantes são coautores. Ele explicou que a segurança de uma comunidade está diretamente ligada ao seu nível de engajamento e organização, definido por ele como capital social. Segundo o historiador, esse capital social se manifesta na rede de relações, normas e confiança que os vizinhos constroem entre si, facilitando a ação coletiva e diminuindo a criminalidade.
Fonseca argumentou que comunidades com alto capital social são mais seguras porque o idoso é tratado com mais respeito e consegue participar ativamente, enquanto as crianças e jovens são mais protegidos, já que os vizinhos se conhecem e se importam uns com os outros. Ele utilizou o exemplo de Santa Catarina, que adotou o Vizinhança Solidária, para ilustrar como a união dos moradores, aliada ao trabalho da polícia, tem gerado resultados positivos na segurança pública.
O historiador afirmou que a construção do capital social tem impactos em todas as áreas da vida comunitária, desde a financeira até a proteção dos mais vulneráveis. Ele ressaltou que esse processo acontece principalmente nos bairros, nas ruas e nos municípios onde a confiança mútua e a solidariedade entre os vizinhos fazem a diferença na segurança de todos.