Deputado Cairo Salim defende uso de videomonitoramento em UTIs
Na audiência pública em curso na manhã desta terça-feira, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que debate a instalação de câmeras em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o deputado Cairo Salim (PSD), propositor do encontro, abriu os trabalhos ressaltando a importância do Parlamento como espaço de escuta da sociedade e de discussão de temas sensíveis na área da saúde.
“Estamos aqui hoje cumprindo uma das nossas missões, que é debater, ouvir a população, ouvir os segmentos organizados da sociedade, as entidades que participam desse tema tão caro para nós, que é a saúde, seja ela pública ou privada”, afirmou o parlamentar. Ele lembrou que já apresentou proposta semelhante em 2019, aprovada pelo Legislativo, mas vetada pelo Executivo.
Salim destacou que a tecnologia já faz parte do cotidiano da sociedade e deve ser utilizada também para garantir segurança e transparência dentro das unidades de saúde. “Vivemos num 'big brother'. Olha o tanto de câmera aqui nesta sala. Como está a cidade de Goiânia agora? Há câmera para todo lado. E é assim no mundo todo”, exemplificou.
O deputado defendeu a medida como forma de proteção tanto para pacientes quanto para profissionais da saúde, citando casos em que o videomonitoramento foi essencial para esclarecer situações graves. “Por que colocar a câmera? Para prevenir abusos que podem, sim, acontecer e já aconteceram em Goiás”, pontuou, ao mencionar o episódio de uma paciente abusada dentro de uma UTI, caso solucionado graças às imagens gravadas.
Preservar
Salim também argumentou que o recurso pode auxiliar a preservar a atuação correta de médicos e enfermeiros. “A câmera também pode ser um grande solucionador dessas demandas, ajudando os bons profissionais que estão nessas unidades de saúde, poupando-os de processos injustos.”
O parlamentar reiterou que respeita os diferentes posicionamentos sobre o tema, inclusive de entidades médicas e hospitalares, mas defendeu que a decisão sobre a obrigatoriedade cabe ao Parlamento. “Quem tem que definir isso? São os deputados. E eu acredito que essa é uma demanda importante da sociedade”, afirmou.
Ao finalizar sua fala de abertura, Cairo Salim registrou agradecimentos aos representantes presentes, como o gerente de Telessaúde, Rafael Souto, o advogado Leonardo Rocha Machado, representante da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), e o médico Frank Cardoso, da Secretaria de Saúde de Goiânia, ressaltando sua disposição em conduzir o debate de forma ampla e democrática.