Casa de Leis acata instituição, em 7 de agosto, do Dia de Bernardo Élis
Único goiano membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Bernardo Élis deve ganhar data anual em sua homenagem após a aprovação legislativa definitiva do projeto nº 11720/25, de autoria do deputado Antônio Gomide (PT). A matéria segue agora para sanção ou veto do Governo Estadual.
Gomide propõe que 7 de agosto seja o Dia de Bernardo Élis. A ideia é homenagear a vida e a obra do escritor, um dos expoentes do regionalismo na literatura nacional e cuja produção é marcada pelo retrato do sertão goiano.
A escolha da data corresponde ao aniversário da posse de Élis na ABL, um marco histórico para a cultura de Goiás que completa o seu cinquentenário em 2025. A celebração busca a realização de eventos, atividades pedagógicas e ações de divulgação que aproximem as novas gerações da obra de Bernardo Élis, incentivando a leitura, o estudo da literatura regional e o fortalecimento da identidade goiana.
A matéria prevê também a inclusão dos livros do escritor no currículo escolar, a promoção de concursos literários e a distribuição de materiais educativos. “São medidas concretas para democratizar o acesso à sua produção literária e perpetuar seu legado. Além disso, a articulação entre o poder público, instituições culturais e a sociedade civil garantirá a sustentabilidade e o alcance das ações propostas”, explica Gomide.
De acordo com o legislador, a celebração pleiteada reforça o compromisso do Estado com a valorização de seus intelectuais e com a preservação de sua memória cultural.
Além de escritor, Bernardo Élis foi professor de literatura brasileira na Universidade Federal de Goiás (UFG) e na Universidade Católica de Goiás, cofundador e vice-diretor do Centro de Estudos Brasileiros da UFG, e diretor-adjunto do Instituto Nacional do Livro (1978–1985). Atuou como assessor cultural de Goiás no Rio de Janeiro (1970–1978) e foi membro do Conselho Federal de Cultura (1986–1989). Também exerceu cargos públicos, como secretário da Prefeitura de Goiânia e prefeito interino em duas ocasiões, e advogou em Goiânia, Anápolis e Inhumas. O goiano faleceu em 30 de novembro de 1997, aos 82 anos.