Em um momento em que o uso excessivo de tecnologias digitais se tornou uma preocupação global para a saúde mental, o deputado estadual Dr. George Morais (PDT) protocolou o projeto de lei nº 25735/25, que institui o Programa "Goiás Conectado com Saúde” uma política estadual pioneira voltada ao bem-estar digital e à promoção da saúde mental da população goiana. A iniciativa busca integrar ações preventivas e educativas para mitigar os impactos negativos das redes sociais e dispositivos conectados, especialmente entre jovens e vulneráveis.

Como médico, Dr. George Morais enfatiza a urgência da medida. "Vivemos uma era de hiperconexão que, paradoxalmente, desconecta as pessoas de si mesmas. O Programa 'Goiás Conectado com Saúde' não é apenas uma política; é um compromisso com o equilíbrio entre tecnologia e humanidade", declarou o parlamentar

O texto da proposta estabelece o programa como uma rede integrada de iniciativas coordenadas pelo Governo do Estado de Goiás, em parceria com secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, além de entidades civis e universidades. Entre os principais eixos, destacam-se:

• Educação digital obrigatória: Inclusão de módulos sobre uso consciente de telas nas escolas estaduais, com foco em prevenção de ansiedade, depressão e vícios digitais. Palestras e workshops serão realizados anualmente, atingindo pelo menos 50% das unidades escolares em dois anos.
• Campanhas de conscientização: Ações midiáticas em TVs, rádios e redes sociais estaduais, com distribuição de materiais informativos sobre os riscos do cyberbullying, nomofobia (medo de ficar sem o celular) e isolamento social induzido por algoritmos.
• Suporte psicológico acessível: Criação de linhas de atendimento 24 horas via app estadual e integração com o SUS para consultas virtuais gratuitas, priorizando populações de baixa renda e regiões remotas. O programa também prevê treinamento de profissionais de saúde para identificar sinais de transtornos mentais relacionados ao digital.
• Monitoramento e pesquisa: Parcerias com instituições como a Universidade Federal de Goiás (UFG) para estudos epidemiológicos, com relatórios anuais sobre o impacto do uso de tecnologias na saúde mental dos goianos.

A implementação terá orçamento inicial de R$ 10 milhões, oriundos do Fundo Estadual de Saúde, com possibilidade de emendas parlamentares. O projeto tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), aguardando a conclusão do relatório por parte da deputada Rosângela Rezende (Agir).