Por meio de iniciativa do deputado Lineu Olimpio (MDB), a Assembleia Legislativa de Goiás realizou, na manhã desta terça-feira, 21, sessão solene extraordinária em homenagem ao Dia do Engenheiro Civil, anualmente celebrado em 25 de outubro, com o objetivo de reconhecer esses profissionais que atuam na construção da infraestrutura do Estado. O evento teve lugar no Plenário Iris Rezende da Casa de Leis. 

Além de Olimpio, propositor da iniciativa, participaram da mesa diretiva: a subsecretária da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Alessandra Luciano Carvalho; o diretor regional Centro-Oeste da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Gerson Tertuliano; o assessor institucional do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Goiás (Crea-GO), Roger Danilo Barcellos Santos; o diretor de Planejamento da Goinfra e professor de engenharia civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Izelman Oliveira da Silva; o prefeito de Santa Fé de Goiás, Dr. Victor (PL); e o presidente do Clube de Engenharia de Goiás (Ceng), Dolzonan da Cunha Mattos. 

Lineu Olimpio relembrou sua atuação na categoria homenageada e destacou o momento de Goiás na engenharia civil. Ele citou a construção de moradias, instituições de ensino, infraestrutura de saúde e pavimentação asfáltica.

Olimpio também mencionou que mais de 150 pontes e bueiros foram construídos no Nordeste goiano, interligando a região, e discorreu sobre a infraestrutura que o Governo do Estado está levando a áreas de meio ambiente e turismo. Ele falou das dificuldades para licitar uma obra. "Desde o primeiro momento, a engenharia está ali, no levantamento topográfico, na preparação do levantamento, com projetos entre os demais os processos que atrasam a entrega de obras que sonhamos entregar dentro do prazo", disse.

O legislador ressaltou a importância de buscar soluções para agilizar os processos e mencionou uma situação que o Governo de Goiás buscou para este fim, que está em contestação, e manifestou esperança em ter um resultado e destravar obras que precisam ser realizadas.

O deputado informou que foi indicado, nesta segunda-feira, 20, para ser o relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2026. Ele disse que o trabalho será descentralizado, levando a discussão para as regiões, ouvindo engenheiros, lideranças municipais e comunidades, para democratizar a ação.

E concluiu: “Hoje não estamos diante de uma categoria profissional apenas. Estamos diante de pessoas que transformam sonhos em estruturas, ideias em caminhos e projetos em realidades. Engenheiros civis não constroem apenas estruturas, constroem confiança, pertencimento, sonhos. Constroem o chão que sustentam o nosso passo e o espaço onde a vida acontece”.

Líder classista

Gerson Tertuliano, da Federação Nacional dos Engenheiros e presidente do Senge, destacou a importância da iniciativa de Lineu Olimpio em busca de aproximar a engenharia do poder público. Segundo ele, fazer parte da direção de uma entidade de classe significa um trabalho em prol da engenharia e da sociedade. Tertuliano manifestou preocupação com o afastamento dos profissionais das atividades de engenharia. Ele lembrou que o sindicato foi criado em 1976 para ser o representante legal dos engenheiros no Estado. “O sindicato atua na ética e na defesa do salário mínimo profissional, lei que as prefeituras costumam descumprir”, sublinhou.

O líder classista também defendeu a aproximação com o Poder Legislativo como garantia das leis e do salário dos profissionais. Por fim, citou a proposta da federação para criar um projeto de carreira de estado que beneficiará a engenharia e criará campos de atuação.

Dolzonan da Cunha Mattos, presidente do Clube de Engenharia de Goiás, lembrou que a data homenageia o padroeiro da construção civil no Brasil, Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, que foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 25 de outubro de 1998, sendo considerado o primeiro engenheiro brasileiro. 

Mattos, que tem em seu currículo cargos como titular das secretarias de Administração e de Infraestrutura em gestões de Iris Rezende na Prefeitura de Goiânia, agradeceu ao deputado pela homenagem. O profissional disse que buscou na memória os problemas que teve com as intensas chuvas e destacou que os engenheiros civis precisam buscar soluções para proteger as estruturas das cidades goianas para que não sejam afetadas constantemente pelas fortes chuvas e enchentes, cada vez mais frequentes, devido às mudanças climáticas.

Seinfra

Alessandra Luciano de Carvalho, subsecretária da Seinfra, informou que a pasta trabalha com a elaboração de política pública de infraestrutura para o Estado e possui quatro jurisdicionadas: a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), a Saneamento de Goiás SA (Saneago), a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e Agência Goiana de Habitação (Agehab).

Sobre as jurisdicionadas, a técnica explicou o trabalho de cada uma: "A Goinfra atua na construção e restauração de rodovias estaduais; a Agehab assumiu o programa de construção das casas a custo zero; a Saneago trabalha com as microrregiões de saneamento em busca da universalização tanto da água quanto do esgoto; e a Codego fomenta distritos e trouxe inovações no campo dos distritos agroindustriais que foram a nova modalidade de assentamento de empresas no Estado".

A subsecretária disse ainda que a engenharia de infraestrutura “é desenvolvimento e qualidade de vida para a população”. Por fim, ela  parabenizou a iniciativa de reconhecimento da relevância da profissão por parte do Parlamento goiano, por iniciativa do deputado Lineu Olimpio (MDB).

Homenageados

Falando em nome de todos os homenageados, Izelman Oliveira da Silva fez um breve apanhado histórico de seu trabalho na área, lembrando que é engenheiro civil e trabalha há 20 anos na Goinfra. "Eu e minha esposa, Alessandra, somos, além de servidores, professores da Pontifícia Universidade Católica e há muitos anos estamos tentando capacitar os alunos que passam por lá e, para nossa satisfação, depois de alguns anos, encontramos muitos deles na Goinfra.” 

O líder ressaltou que os engenheiros civis são responsáveis por desenvolver a infraestrutura do Estado, estando em campo, correndo diversos perigos, enfrentando desafios técnicos nos ambientes onde são executadas as obras. Somente na Goinfra, disse, são 1,5 mil profissionais que trabalham para que o Estado tenha uma melhor condição na malha viária, a quarta maior do país, com praticamente 17 mil quilômetros, dentre outros diversos trabalhos. “Eu amo essa profissão e dedico a ela muitos anos da minha vida”, pontuou Izelman Silva.