Valorização da culinária goiana é o objetivo de medidas acolhidas pela Comissão de Cultura, Esporte e Lazer nesta tarde

Sob o comando do deputado Mauro Rubem (PT), a Comissão Cultura, Esporte e Lazer da Alego se reuniu para a deliberação de matérias, com relevo para iniciativas de valorização da culinária goiana. O encontro, realizado na Sala das Comissões Júlio da Retífica, na tarde desta quarta-feira, 22, foi oportuno para votação de 15 processos de autoria parlamentar, que terminaram aprovados por unanimidade.
Iniciativa assinada pelo deputado Dr. George Morais (PDT) passou pelo crivo do colegiado. O processo concede ao município de Aurilândia o título de Capital da Guariroba do Estado de Goiás (nº 12996/25). A iniciativa visa a reconhecer a representatividade cultural, histórica, econômica e social do município na produção e na promoção da guariroba, um símbolo tradicional da culinária e cultura goianas.
Aurilândia, segundo o deputado, é conhecida por sua vocação agroextrativista, especialmente voltada ao aproveitamento sustentável da guariroba — uma palmeira nativa do Cerrado brasileiro cujos frutos e palmitos são ingredientes essenciais em pratos típicos da região, compondo o famoso arroz com pequi.
Segundo a justificativa da propositura, a tradição local de cultivo, coleta e preparo dessa iguaria é uma prática econômica importante para pequenos produtores rurais e comunidades da região, além de constituir um patrimônio cultural que merece ser valorizado e reconhecido em âmbito estadual. “O objetivo é valorizar, proteger e incentivar o cultivo da guariroba em Aurilândia, promovendo a cultura e a economia local”, destaca Dr. George Morais. O texto, relatado pelo deputado Ricardo Quirino (Republicanos), foi acolhido sem votos contrários.
O deputado Jamil Calife (PP) também teve uma de suas iniciativas autorizadas pelos membros da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer. Trata-se do projeto de lei nº 13238/25, que propõe reconhecer a tradicional Festa do Pequi, realizada anualmente no mês de outubro em Novo Planalto, como Patrimônio Cultural Imaterial de Goiás. A proposta também prevê a inclusão oficial do evento no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado.
A festa celebra o pequi, fruto típico do Cerrado e símbolo da culinária goiana. O evento reúne moradores, turistas e visitantes para valorizar a cultura regional por meio de feiras gastronômicas, apresentações culturais, danças folclóricas, shows musicais e feiras de artesanato com produtos locais.
A proposta, segundo ele, destaca, ainda, o caráter educativo e ambiental da festividade, que reforça a importância da preservação do Cerrado. Além disso, a Festa do Pequi tem forte impacto na economia local, gerando empregos, incentivando pequenos produtores e fortalecendo o comércio regional. “A Festa do Pequi é uma expressão viva da identidade cultural do povo de Novo Planalto e de todo o Norte goiano. Torná-la Patrimônio Cultural Imaterial é assegurar que essa tradição seja preservada e valorizada pelas futuras gerações”, argumenta.
Demais processos
Dentre os textos chancelados pela comissão, está o processo n° 7613/25, de autoria do deputado Amauri Ribeiro (UB). O texto propõe o reconhecimento da Catira – também conhecida como Cateretê – como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Goiás. A matéria foi relatada pelo deputado Veter Martins (UB) e terminou aprovada pela unanimidade dos votos.
Seguiu pelo mesmo caminho o texto n° 26057/24, do deputado Lineu Olimpio (MDB). Relatado pelo deputado Coronel Adailton (Solidariedade), a propositura busca a criação da Semana Estadual de Valorização do Jiu-Jitsu em Goiás. A ideia, segundo o autor, é destacar a importância do esporte para o desenvolvimento social e cultural.
Na esteira, foram aprovados os processos n° 22700/24, n° 26061/24, n° 25382/24, n° 8132/24, n° 3412/24, n° 20150/25, n° 19525/25, n° 8372/25, n° 19013/25, n° 20262/25 e n° 13000/25.