Relator prevê corte de R$ 2,3 bilhões no Orçamento de 2009
O deputado Carlos Silva (PP) reuniu-se com o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, ouviu integrantes do Fórum Empresarial de Goiás, visitou algumas empresas do Estado e já tem opinião formada sobre o Orçamento de 2009: “A nova proposta já está sendo concluída e deve ser encaminhada à Assembléia Legislativa até terça-feira”, resume.
Relator do processo, Carlos Silva mostra-se convencido de que o governador Alcides Rodrigues (PP) deve repetir a mesma proposta de 2008, de R$ 11,3 bilhões, optando precavidamente pelo chamado crescimento zero, como foi projetado pelo setor industrial. Com isso, o corte seria de R$ 2,3 bilhões.
“A grande questão é fazer um orçamento prevendo R$ 13,6 bilhões e depois a arrecadação ficar em R$ 11,3 bilhões. Então, a melhor alternativa é repetir a mesma proposta de 2008 e, em caso de aumento da receita, promover as devidas reformulações no decorrer de 2009”, diz, compartilhando do pensamento do presidente Lula (PT), que tem incentivado a população ao consumo. “Não podemos adotar a crise como parâmetro. É preciso fazer a economia girar, garantir empregos e impulsionar a arrecadação”, ensina Carlos Silva.
Lembrado que os trabalhos da Assembléia Legislativa serão encerrados na próxima semana, em razão da não aprovação do Projeto de Adequação Constitucional, Carlos Silva não vê obstáculo de natureza política. “A Assembléia Legislativa não pode entrar de recesso sem aprovar o Orçamento, mas existe tempo suficiente para que cada deputado possa apresentar sua emenda. Há tempo também para concluir o relatório e para sua aprovação em plenário. Além do mais, existe a possibilidade de autoconvocação da Assembléia Legislativa, sem ônus para os cofres públicos”, explica.
Emendas
Antes de o Orçamento 2009 ser devolvido à Secretaria do Planejamento para as devidas correções, o deputado Carlos Silva já tinha catalogado nada menos do que 940 emendas. “Elas não serão prejudicadas em sua totalidade. Algumas podem ser reaproveitadas, mas o importante é que teremos tempo suficiente para que os deputados possam encaminhar suas reivindicações junto ao Orçamento”, completa.