Assembleia realizou, nesta 6ª-feira, o Maio Roxo, mês de conscientização das doenças inflamatórias intestinais
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), em parceria com a Assessoria Adjunta de Atividades Culturais da Casa, Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Associação Goiana dos Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal (AGDII), realizou, nesta sexta-feira, 17, o evento Maio Roxo, em prol da conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais, no saguão principal do Palácio Maguito Vilela.
Um estande sobre o tema foi montado no saguão principal do Palácio Maguito Vilela, onde integrantes da Associação Goiana dos Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal informavam pessoas que passavam e compartilhavam seus testemunhos, com o intuito de trazer luz aos servidores sobre a doença de Crohn. O nome é uma homenagem ao médico Burrill B. Crohn, que junto com alguns colegas, publicou um artigo em 1932 descrevendo a enfermidade, que passou a ser chamada de doença de Crohn.
A presidente da AGDII e psicóloga, Sui Diniz, explicou que a doença de Crohn pertence a um grupo de enfermidades conhecido como doenças inflamatórias intestinais (DII), e é uma doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal. Seus sintomas incluem diarreia frequente, dor abdominal, náusea, perda de apetite, perda de peso, fadiga e, às vezes, sangramento retal.
"Quem tem doença de Crohn não vai ter os mesmos sintomas o tempo todo, na verdade, às vezes, pode não ter nenhum deles. É sempre importante o paciente ter essa noção e estar observando o próprio corpo, observando as fezes e fazer uma avaliação. Se ele estiver sentindo um desconforto e algo diferente do habitual, deve procurar um profissional, como um proctologista ou gastroenterologista", diz Sui Diniz.
Ela também agradeceu o convite e a receptividade da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Casa e reiterou como é importante a Alego dar voz e apoio a pessoas com doenças de Crohn.
A psicóloga e portadora de retocolite ulcerativa, Damares Morais, contou que foi diagnosticada com doença inflamatória intestinal aos 20 anos e, na época, desconhecia a gravidade e a ausência de cura da doença. Ela explicou que, por falta de acesso aos medicamentos modernos, a doença progrediu até se tornar intratável, levando a uma colectomia total, removendo todo o intestino grosso e o reto devido à retocolite ulcerativa. Damares ainda falou da importância de uma cirurgia bem feita, uma bolsa de alta qualidade e adequada orientação para manter uma boa qualidade de vida.
“Estamos reunidos hoje, em honra ao Maio Roxo, com um propósito claro: evitar ostomias e promover a prevenção da doença inflamatória intestinal. Nosso objetivo é garantir que as pessoas cuidem de si mesmas para evitar que a condição se torne intratável, pois sabemos que é tratável com o avanço das medicações disponíveis e o foco na prevenção”, destacou.
A psicóloga explicou que o tripé essencial para uma boa qualidade de vida com a doença inflamatória intestinal inclui o diagnóstico correto, o tratamento adequado e a perseverança com o tratamento. “Embora não tenha cura, a doença é tratável. Estar em grupos de apoio proporciona um suporte valioso, melhorando a qualidade de vida. Essa é a razão pela qual nos reunimos hoje”, conclui.