Mais um projeto educacional de Goiás é referência nacional
* Iso Moreira é deputado estadual pelo PSDB
Nove anos desde sua implantação pela Superintendência de Ensino Especial da Secretaria da Educação, o Projeto Hoje, uma proposta pedagógica voltada ao atendimento de crianças em classes hospitalares, coloca Goiás como referência nesse modelo. O projeto conta com 30 classes em hospitais e clínicas de Goiânia e do interior do Estado, além de 24 atendimentos pedagógicos domiciliares. E deu tão certo que está sendo ampliado, de forma a garantir a mais educandos o cumprimento do currículo escolar.
Essa, na verdade, é a preocupação do projeto. O que se espera é que, ao retornar à sala de aula convencional, as crianças que passam por algum tratamento hospitalar estejam em condições semelhantes às dos outros estudantes no mesmo nível, evitando serem caracterizadas por defasagem de conteúdo.
No tocante à ampliação do atendimento, o projeto inaugurou uma classe hospitalar na Santa Casa de Goiânia e abriu o atendimento pedagógico domiciliar em Anápolis, Goianira e Inhumas. Além disso, contatos estão sendo mantidos com a direção da Nefroclínica, no Jardim América, com o mesmo objetivo.
As informações são da coordenadora-geral do Hoje e da equipe que trabalha o projeto no Hospital Araújo Jorge, da Associação de Combate ao Câncer, Zilma Rodrigo Neto. Classes hospitalares não são novidade no País, mas Goiás apresenta funcionamento diferente do que pode ser visto em outros Estados, explica Zilma.
A título de exemplo, há hospital no Rio de Janeiro que faz um trabalho mais ligado ao lúdico, enquanto outro, no Paraná, está mais voltado ao entretenimento e à recreação. Em Goiás, diz a coordenadora, o lúdico também é usado, mas como estratégia: “Nossa preocupação é dar conta do currículo dessa criança”, afirma.
A propósito da receptividade encontrada pelo projeto junto ao público-alvo, Zilma Rodrigo Neto toma como referência a avaliação feita pelos acompanhantes de pacientes do Araújo Jorge para concluir por uma avaliação positiva do trabalho. “Quando a família percebe que a criança hospitalizada, mesmo doente, continua resolvendo problemas e brincando, ela fica motivada a continuar o tratamento”, observa.
A equipe também tem constatado que a criança hospitalizada, em contato com a professora e com o conteúdo da escola, melhora sua autoestima, o que é incentivo natural para a volta à vida normal. Isso, conforme a coordenadora, diminui o tempo de internação, uma vez que a criança sente esperança de cura e manda mensagem ao seu organismo. “Ela se sente melhor nesse envolvimento pedagógico.”
Mas é na volta à sala de aula que os professores que trabalham no projeto podem comprovar o acerto do atendimento que vem sendo oferecido. Segundo a coordenadora, a criança atendida pedagogicamente de forma personalizada, tanto no individual como no coletivo, leva toda uma documentação ao retornar à classe, ou seja, declaração de frequência, relatório avaliativo e ficha de continuidade, cabendo à escola aprovar ou reprovar.
Contudo, a equipe recebe depoimentos até das próprias crianças de acordo com os quais elas retornam melhores às aulas. O atendimento personalizado faz a diferença.
Coordenadora do Hoje no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), com duas classes em funcionamento, a pedagoga Jane Clécia salienta que o projeto é um atendimento hospitalar que possibilita a crianças, adolescentes e adultos dar continuidade à sua escolaridade mesmo que estejam internados ou fazendo terapia para reabilitação.
No Crer, o atendimento traz alguma diferença em relação a outros hospitais que trabalham com o projeto, porque a maioria de suas crianças comparece para fazer terapia e passam por várias, o que é feito num horário contrário ao da escola. No caso de internação, é feito o acompanhamento do conteúdo escolar que a criança está perdendo. Esse conteúdo é enviado pela escola para que a reposição seja feita e, ao final, tudo é enviado para a Secretaria da Educação.
Também nessa unidade, as professoras recebem depoimentos que podem levar a uma avaliação pessoal. Jane explica que essas manifestações partem das mães e até dos educandos, permitindo avaliar que as crianças têm alcançado os objetivos do projeto, o que se reflete na diminuição da repetência e da defasagem, além de prevenir a evasão escolar.
A professora observa que houve caso de criança comentar, com satisfação, que, no seu hospital, “tem até escola”. Jane salienta o apoio total que o projeto recebe da direção do Centro de Reabilitação, onde já se fala em ampliação de classes, com a implantação de mais duas pela manhã e outras duas à tarde. O que é muito bem-visto, uma vez que, na unidade, o Hoje tem uma boa fila de espera.
Projeto Hoje teve início em 1999, com aulas no Hospital Araújo Jorge para crianças com câncer internadas na Pediatria. Ele tem por objetivo assegurar ao estudante em tratamento a continuidade dos estudos para que, no seu retorno à sala de aula, ele esteja em situação de igualdade com os colegas. O projeto atende crianças, jovens e adultos, mesmo os que estão fora de escolas ou que nunca tenham sido alfabetizados. Inclusive quando deixam o hospital e precisam ficar em casa para restabelecer a saúde.
Nove anos desde sua implantação pela Superintendência de Ensino Especial da Secretaria da Educação, o Projeto Hoje, uma proposta pedagógica voltada ao atendimento de crianças em classes hospitalares, coloca Goiás como referência nesse modelo. O projeto conta com 30 classes em hospitais e clínicas de Goiânia e do interior do Estado, além de 24 atendimentos pedagógicos domiciliares. E deu tão certo que está sendo ampliado, de forma a garantir a mais educandos o cumprimento do currículo escolar.
Essa, na verdade, é a preocupação do projeto. O que se espera é que, ao retornar à sala de aula convencional, as crianças que passam por algum tratamento hospitalar estejam em condições semelhantes às dos outros estudantes no mesmo nível, evitando serem caracterizadas por defasagem de conteúdo.
No tocante à ampliação do atendimento, o projeto inaugurou uma classe hospitalar na Santa Casa de Goiânia e abriu o atendimento pedagógico domiciliar em Anápolis, Goianira e Inhumas. Além disso, contatos estão sendo mantidos com a direção da Nefroclínica, no Jardim América, com o mesmo objetivo.
As informações são da coordenadora-geral do Hoje e da equipe que trabalha o projeto no Hospital Araújo Jorge, da Associação de Combate ao Câncer, Zilma Rodrigo Neto. Classes hospitalares não são novidade no País, mas Goiás apresenta funcionamento diferente do que pode ser visto em outros Estados, explica Zilma.
A título de exemplo, há hospital no Rio de Janeiro que faz um trabalho mais ligado ao lúdico, enquanto outro, no Paraná, está mais voltado ao entretenimento e à recreação. Em Goiás, diz a coordenadora, o lúdico também é usado, mas como estratégia: “Nossa preocupação é dar conta do currículo dessa criança”, afirma.
A propósito da receptividade encontrada pelo projeto junto ao público-alvo, Zilma Rodrigo Neto toma como referência a avaliação feita pelos acompanhantes de pacientes do Araújo Jorge para concluir por uma avaliação positiva do trabalho. “Quando a família percebe que a criança hospitalizada, mesmo doente, continua resolvendo problemas e brincando, ela fica motivada a continuar o tratamento”, observa.
A equipe também tem constatado que a criança hospitalizada, em contato com a professora e com o conteúdo da escola, melhora sua autoestima, o que é incentivo natural para a volta à vida normal. Isso, conforme a coordenadora, diminui o tempo de internação, uma vez que a criança sente esperança de cura e manda mensagem ao seu organismo. “Ela se sente melhor nesse envolvimento pedagógico.”
Mas é na volta à sala de aula que os professores que trabalham no projeto podem comprovar o acerto do atendimento que vem sendo oferecido. Segundo a coordenadora, a criança atendida pedagogicamente de forma personalizada, tanto no individual como no coletivo, leva toda uma documentação ao retornar à classe, ou seja, declaração de frequência, relatório avaliativo e ficha de continuidade, cabendo à escola aprovar ou reprovar.
Contudo, a equipe recebe depoimentos até das próprias crianças de acordo com os quais elas retornam melhores às aulas. O atendimento personalizado faz a diferença.
Coordenadora do Hoje no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), com duas classes em funcionamento, a pedagoga Jane Clécia salienta que o projeto é um atendimento hospitalar que possibilita a crianças, adolescentes e adultos dar continuidade à sua escolaridade mesmo que estejam internados ou fazendo terapia para reabilitação.
No Crer, o atendimento traz alguma diferença em relação a outros hospitais que trabalham com o projeto, porque a maioria de suas crianças comparece para fazer terapia e passam por várias, o que é feito num horário contrário ao da escola. No caso de internação, é feito o acompanhamento do conteúdo escolar que a criança está perdendo. Esse conteúdo é enviado pela escola para que a reposição seja feita e, ao final, tudo é enviado para a Secretaria da Educação.
Também nessa unidade, as professoras recebem depoimentos que podem levar a uma avaliação pessoal. Jane explica que essas manifestações partem das mães e até dos educandos, permitindo avaliar que as crianças têm alcançado os objetivos do projeto, o que se reflete na diminuição da repetência e da defasagem, além de prevenir a evasão escolar.
A professora observa que houve caso de criança comentar, com satisfação, que, no seu hospital, “tem até escola”. Jane salienta o apoio total que o projeto recebe da direção do Centro de Reabilitação, onde já se fala em ampliação de classes, com a implantação de mais duas pela manhã e outras duas à tarde. O que é muito bem-visto, uma vez que, na unidade, o Hoje tem uma boa fila de espera.
Projeto Hoje teve início em 1999, com aulas no Hospital Araújo Jorge para crianças com câncer internadas na Pediatria. Ele tem por objetivo assegurar ao estudante em tratamento a continuidade dos estudos para que, no seu retorno à sala de aula, ele esteja em situação de igualdade com os colegas. O projeto atende crianças, jovens e adultos, mesmo os que estão fora de escolas ou que nunca tenham sido alfabetizados. Inclusive quando deixam o hospital e precisam ficar em casa para restabelecer a saúde.