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Índices de violência e homicídios em Goiás preocupam parlamentar

10 de Março de 2010 às 11:20

Mauro Rubem (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia, acredita que a sociedade precisa se envolver na discussão sobre um novo modelo de políticas públicas para Goiás e tomar consciência da política de execução que vem sendo adotada por alguns policiais no Estado. O parlamentar é propositor da audiência pública desta quarta-feira, 10, que discute os índices de violência e homicídios em Goiás. 

“Minha maior preocupação na área social é a simplicidade com que as mortes têm ocorrido e a aceitação da opinião pública”, comentou. Além disso, o parlamentar acredita que Goiás precisa adotar medidas mais efetivas em relação às execuções. “O Estado deve afastar, punir e penalizar os policiais com esse tipo de conduta”, afirmou.
 

O ouvidor da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) e participante da audiência pública, Firmino Fecchio, concorda que os policiais com conduta indevida deveriam ser afastados de seus cargos e julgados. “Infelizmente, encontramos muitos policiais que estão respondendo a processos e atuando em contato direto com a população, isso não poderia ocorrer”, avaliou.
                                       
Para reduzir esses problemas, o ouvidor diz que o Polícia precisa divulgar as estatísticas de suas atividades. “A segurança pública não é uma função exclusiva dos policiais. Porém, o Ministério Público e a população precisam ter acesso às informações das atividades realizadas por ela, para terem condições de avaliar e controlar seu trabalho e, consequentemente, ajudar. A Polícia é importante, mas não adianta ter apenas armas, é necessário mensurar resultados e, em Goiás, isso é muito difícil”, complementou.    
 

Quadro da violência
 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices acima de
8,5 homicídios para cada 100 mil habitantes são classificados como endemia de assassinatos. Em 2009, o município de Goiânia atingiu a média de 28,4 homicídios para essa mesma proporção populacional. Em 2010, se os casos registrados seguirem na mesma proporção de janeiro e fevereiro, esse índice deve chegar a 39,2% até o final do ano.      

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