Honor Cruvinel questiona e quer conhecer melhor projeto da Celg
O deputado Honor Cruvinel (PSDB), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, disse, em entrevista à Agência Assembleia de Notícias, que quer conhecer melhor o projeto que trata, entre outras coisas, da venda de ações da Celg. “O Governo Federal ficou um ano para chegar aonde chegou, ou seja, na proposta que enviaram ao Estado. Se tiveram um ano, por que a Assembleia Legislativa tem que ter 48 horas apenas para votar esse projeto?”, questionou o parlamentar social-democrata.
Honor Cruvinel acredita que o projeto não deverá receber emendas de iniciativa parlamentar. “O que os deputados querem é tomar um conhecimento mais profundo da matéria e não votar como foi proposto, sem conhecimento. Até lembrei alguns colegas que quem realmente achou ter escolhido uma boa alternativa quando venderam Cachoeira Dourada, hoje reconhece o equívoco. Com certeza, os deputados daquela época, se pudessem voltar no tempo, certamente teriam uma atitude diferente daquela que tomaram para a venda da geradora de energia do Estado de Goiás”, ressaltou o deputado.
Para Honor Cruvinel, a venda de Cachoeira Dourada, a maior empresa do Estado de Goiás à época, serve de exemplo para os deputados que estão querendo autorizar a venda da Celg, praticamente a toque de caixa. “Então, é preciso ter atenção, já que a negociação foi feita, acho que bem feita pelo Governo do Estado, mas sempre tem algum item a ser questionado. Por exemplo, achamos que uma empresa que está comprando 41% das ações da Celg e quer ter o poder de mando na empresa é, no mínimo, preocupante".
"Por que será que o Governo do Estado não pode indicar nenhum dos diretores, nem o presidente da empresa? Por que ficou designado para o Governo do Estado de Goiás indicar apenas a vice-presidência? O que estará por trás disso? É isso que certamente os deputados querem saber”, colocou o primeiro vice-presidente da Assembleia.
E arrematou: “Eu não sei até agora qual a necessidade de aprovar essa matéria até quinta-feira da próxima semana. Tem alguma coisa de desigual. O que está prevalecendo? Qual a necessidade dessa votação com essa rapidez toda? Se alguém puder me esclarecer, vou ficar satisfeito. Mas, com certeza absoluta, votaremos essa matéria no prazo correto”.