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Venda de Cachoeira Dourada foi crime, diz relator da CPI

12 de Março de 2010 às 10:40

Relator da CPI da Celg, o deputado Humberto Aidar (PT) disse nesta sexta-feira, 12, que a venda da Usina de Cachoeira Dourada, em 1997, foi uma das causas responsáveis pela difícil situação financeira vivida hoje pela empresa. “A venda da usina, que era geradora de energia, foi um crime”, enfatizou ele, acrescentando: “O dinheiro não foi usado na recuperação da Celg e a empresa passou a comprar energia mais cara.”

Aidar compara a situação da Celg à montagem de uma granja para venda de ovos. “Arruma-se financiamento nos bancos, estrutura-se a empresa, mas, de repente, vendem as galinhas, mas não aplicam os recursos no negócio. E o que é pior: assumiram o compromisso de comprar os ovos com preço acima do mercado".

"É por isso que a Endesa, que comprou Cachoeira Dourada, é hoje uma das dez maiores empresas do País em lucratividade”, brada o deputado do PT, com veredicto: “O Estado vendeu uma fábrica de dinheiro, porque numa usina hidrelétrica entra água de um lado e sai grana do outro.”

Humberto Aidar ainda promete divulgar o relatório da CPI no próximo dia 22, às 9 horas, prevendo votação imediata em Plenário. “Essa CPI vai acabar em choque trifásico, vamos mostrar novidades, mas posso adiantar que vários fatores contribuíram para a quebradeira na Celg".

Para o parlamentar "a venda de Cachoeira Dourada foi a principal causa, mas existem dados concretos de má gestão na transferência da Usina de Corumbá para Furnas, a questão da Codemin e o Estado do Tocantins, os empréstimos a longo prazo com prazo curto para pagar, uma transação no valor de R$2,4 bilhões com 26 instituições financeiras que ninguém nunca ouviu falar e a contratação de advogados”, destaca o parlamentar, com nova conclusão: “Neste filme de 25 anos da Celg, que está sendo investigado, não existem mocinhos. A única coisa que salva é o quadro de funcionários.”
  

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