Na última segunda-feira, quando o mundo comemorou o Dia Internacional da Mulher, muito se falou sobre as lutas, a independência e os avanços que o sexo feminino alcançou nas últimas décadas, graças principalmente à enorme capacidade de resistência e perseverança da mulher. Bravas as companheiras que, com muita competência, estão conquistando o espaço que lhes é de direito na sociedade. E digo mais: feliz deste nosso planeta no dia em que a mulher ocupar postos de comando em igualdade de condições com os homens.

O mundo há de mudar pra melhor porque elas são mais sensíveis, mais humanas, mais solidárias e menos corruptíveis. Nós homens temos de nos curvar e parabenizar a luta dessas guerreiras mulheres que estão transformando o mundo. Mas não podemos jamais nos esquecer das mulheres que – por opção ou necessidade – se assumem como donas de casa. Elas também têm uma importância muito grande nesse processo de mudança e avanço social. Infelizmente muitas pessoas dão uma conotação pejorativa ao termo “dona de casa”, quando na verdade cuidar do lar e da família é algo tão vital e digno quanto dirigir uma multinacional, um órgão público ou uma cidade.

Eu percebo que nessas datas comemorativas – especialmente o 8 de março – as donas de casa ficam à margem das homenagens. Os méritos vão todos para as mulheres que trabalham fora e são independentes, discriminando uma grande parcela de companheiras só porque cuidam dos afazeres domésticos, passando a impressão de que são mulheres de “segunda categoria”. E não é assim. A dona de casa também é guerreira, é batalhadora e vencedora. Sem ela o mundo não estaria como hoje. Sua importância para a evolução da humanidade é a mesma daquela mulher que trabalha fora o dia inteiro e é vista - de uma forma geral - como um exemplo de pessoa vitoriosa. Realmente é. Mas a dona de casa também é uma vitoriosa, pois escolheu fazer do zelo à família e ao lar a sua filosofia de vida. E não há vitória maior do que ter uma bela e harmoniosa família. E com um detalhe: no mundo de hoje uma grande parte dessas donas de casa são também “chefes de família” que fazem das tripas coração para sustentar filhos e netos e ainda cuidar da casa. São mulheres separadas, viúvas, mães solteiras e avós (além das casadas ou solteiras) que nos dão belíssimos exemplos de vida e de amor à família. Nada mais justo então do que homenagear essas mulheres que ficam “quase” esquecidas no Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 08 deste mês.

Vamos abraçar carinhosamente essas mulheres maravilhosas. Que elas recebam todo o nosso respeito e admiração. Afinal de contas, ser dona de casa é digno de orgulho e reconhecimento. Portanto, na semana em que homenageamos a mulher, façamos justiça, desejando a todas elas, sem discriminação, toda a felicidade do mundo, porque, nesta vida, o importante é ser feliz. E feliz da maneira como nos sentimos bem, seja cuidando da casa e da família, ou trabalhando fora de casa ou até as duas coisas juntas, o que acontece com muita frequência. Feliz semana da mulher!