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TV Assembleia reprisa debate sobre o crack às 19 horas desta segunda-feira

02 de Maio de 2011 às 08:47

A TV Assembleia vai reprisar nesta segunda-feira, às 19 horas, o Programa "Opinião" que tem como tema o crack e as políticas públicas de combate às drogas. O programa foi exibido na sexta-feira, 29, no canal 8 da NET e pelo site da Assembleia.

O tema foi discutido pelo presidente da Comissão da Criança e do Adolescente, deputado Carlos Antônio (PSC), e a gerente de Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e técnica do comitê de enfrentamento ao crack e outras drogas, Luciana Santana. A mediação foi da jornalista Patrícia Lee.

O crack surgiu na década de 70, dez anos após já se tornava uma das drogas mais populares do mundo. Isso por causa do valor bem mais acessível que o da cocaína, e ainda pelo alto poder de efeito. Hoje o crack é considerado, por especialistas, como grande problema de saúde pública. Em Goiás, como em todo o País, o índice é alarmante.

A gerente de Saúde Mental da SES ressaltou a importância de debater o assunto. "Esse tema é de extrema relevância e esse espaço democrático de discussão é uma possibilidade de construção de alternativas e de saídas para um problema tão grave."

Estudos apontam que o crack está sendo consumido em 98% das cidades brasileiras. Em Goiás, um levantamento recente, feito pelo Ministério Público, apontou 50 mil usuários. A gerente acredita que pelo mito de ser uma droga de custo acessível, o crack se popularizou.

Segundo Luciana, a saúde pública se esquivou, há muitas décadas, de assumir sua responsabilidade com relação ao enfrentamento do uso de drogas e destaca a necessidade da prevenção do uso. "Temos a responsabilidade de minimizar essa lacuna assistencial existente. É um problema que só pode ser resolvido, de fato, se voltarmos o olhar para a prevenção."

Os segmentos sociais, religiosos, assistenciais e inclusive o poder público têm trabalhado no combate ao crack de forma isolada, o que não tem gerado resultados satisfatórios. "Se conseguirmos unir as forças e trabalhar de forma articulada, aí sim podemos potencializar o enfrentamento. O trabalho isolado não alcança o resultado que queremos" destaca Luciana.

Para o parlamentar titular da Comissão da Criança e do Adolescente, deputado Carlos Antônio, o Estado e a União têm falhado na luta pelo combate à droga. Ele ressalta que discussões embasadas somente na teoria, sem a prática, não alteram a atual situação calamitosa.

"Existe uma necessidade de se fazer um programa muito mais amplo ao combate, que comece na segurança", alerta. "O Estado e a sociedade são omissos e foram aceitando isso com naturalidade. Quando eu digo que até militares usam, é possível mensurar a gravidade da situação", disse Carlos Antônio.

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