Pela criança
Por iniciativa do presidente da Comissão da Criança e Adolescente, deputado Carlos Antônio (PSC), a Assembleia Legislativa está promovendo, desde às 8 horas desta segunda-feira, 27, o 1º Encontro Nacional de Presidentes de Comissões Legislativas Estaduais de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Carlos Antônio goiana destacou a importância desta primeira reunião de presidentes de Comissões Legislativas Estaduais. "Através deste encontro poderemos trocar experiências e também promover a unificação as ações de promoção dos direitos da criança e do adolescente, de forma a garantir uma efetividade maior destas ações", contou.
O parlamentar presidiu a mesa de abertura do evento. Compuseram a mesa ainda, o vice-governador do Estado de Goiás, José Eliton (DEM), representante do governador Marconi Perillo (PSDB); a juíza Mônica Neves Soares, representando o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Vitor Lenza; o procurador-geral de Justiça do Estado de Goiás, Benedito Torres; e o senador Cyro Miranda.
Também participam do evento os deputados Daniel Messac (PSDB), Ademir Menezes (PR), Elias Júnior (PMN), José Vitti (PRTB), Helio de Sousa (DEM) e Karlos Cabral (PT). O encontro reúne presidentes e representantes de Comissões Legislativas Estaduais de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de várias regiões do País, como do estado do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Roraima, Bahia, Alagoas, Rondônia, Pará, Ceará e o Distrito Federal.
Papel dos entes federados
A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado de Goiás, Liana Antunes Vieira Tormin, foi a primeira palestrante do encontro e abordou o papel dos entes federados no combate ao abuso e exploração sexual infantojuvenil. Segundo Liana Antunes, a Constituição estabeleceu a co-responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios no combate à violência contra a criança e o adolescente.
À União compete a elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil, criado em 2002. Os eixos que compõem o Plano são: análise da situação, mobilização e articulação, defesa e responsabilização, atendimento às vítimas, prevenção e protagonismo juvenil.
A elaboração de políticas públicas de âmbito nacional que abordem a área de segurança pública e a de atendimento às vítimas também é atribuição da União, bem como o estabelecimento de cooperação internacional para o combate de crimes transnacionais, como a divulgação de pedofilia na internet.
Ao Estado competem a elaboração do plano estadual de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil, a definição de normas estaduais, de acordo com a realidade e a necessidade regional, e a execução de ações e programas de atendimento, de forma suplementar ao trabalho realizado pelos municípios.
Já aos municípios devem elaborar o plano municipal de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil e executar diretamente o atendimento as vítimas. A promotora destacou que o município é a base operacional de todas as ações de combate a este tipo de violência. Outro ponto destacado por Liana Antunes foi a importância da capacitação daqueles que lidam com as crianças para evitar o sofrimento delas durante o atendimento.
Dados
Programas do Governo Federal para a promoção, defesa e controle da efetivação dos direitos da criança e do adolescente; e a articulação e integração de ações com Estados e municípios foi tema da outra palestra do evento.
A palestrante, coordenadora geral do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Thelma Alves de Oliveira, representando a Secretária Nacional, Carmem Silveira, apresentou alguns dados demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A coordenadora pontuou também algumas ações que o Governo Federal deve priorizar em promoção aos direitos da criança e adolescente. "Serão realizadas mais campanhas anuais para a primeira infância que compreende de 0 a 3 anos; o direito à família é outra questão a ser trabalhada, com aumento da porcentagem de adoção e preparação dos adotantes; serviços de atendimento; e desenvolvimento de políticas de direitos humanos".
Participações
O vice-governador do Estado de Goiás, José Eliton lembrou os diferentes segmentos defendidos no Congresso Nacional e em outras esferas de poder e que, pela primeira vez, vê uma bancada defendendo a criança brasileira. "Acredito que um país que não investe na criança e adolescente caminha para o fracasso. E essa iniciativa do encontro vem para unificar experiências e trazer novas perspectivas", disse.
Segundo José Eliton, o papel do Executivo na defesa desses direitos é, primeiramente, debater com a sociedade quais são os problemas e soluções, fazendo um diagnóstico. "A partir daí, podemos implementar ações e políticas públicas que possam garantir de forma eficiente os direitos da criança e do adolescente", completou.
Já o senador goiano Cyro Miranda (PSDB) enfatizou a necessidade de um trabalho em conjunto para a efetivação dos direitos das crianças. "Essa discussão envolve todos. A sociedade precisa sair da posição de conforto e mudar sua mentalidade, e deve haver uma articulação nos diversos níveis de governo, ou seja, municipais, estaduais e federal, pois as crianças e adolescentes fazem parte de uma responsabilidade social e só assim conseguiremos vencer o desafio", disse o senador.
Programação
O encontro prossegue à tarde, na Sala Solon Amaral. Confira a programação do período vespertino:
14h - Painel
Pronunciamentos dos representantes das Comissões Legislativas presentes no Encontro
16h - Debates
17h - Encerramento/Coquetel