O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jardel Sebba (PSDB), destacou durante o pequeno expediente, desta terça-feira, 13, que todos os cidadãos são bem-vindos e livres para se manifestarem na Casa, mas que é imprescindível que respeitem o direito dos deputados de se pronunciarem.

Ele se referia ao movimento de professores que nas últimas semanas têm impedido a realização de sessões, provocando tamanha balbúrdia que torna impossível que qualquer deputado seja compreendido pelos seus pares.

“O Regimento Interno é claro. É livre o acesso às galerias, desde que não haja manifestações que impeçam a realização das sessões. Respeitamos os manifestantes, mas eles não têm nos respeitado”, destacou. Jardel lembrou que o Regimento prevê, inclusive, a retirada dos cidadãos que estejam perturbando as sessões. “Nunca usei deste expediente. Mas vou suspender as sessões quando for necessário.”

O presidente lembrou que já existe uma comissão, da qual, inclusive, faz parte o deputado estadual Francisco Júnior (PSD) que está buscando soluções para o impasse que se formou entre a Governo de Goiás e os professores. A Secretaria da Educação também está mantendo negociação com o movimento grevista. “Respeitamos a causa. Mas é preciso que os professores nos respeitem”.

O gesto e as palavras do presidente receberam a aprovação da maioria dos demais parlamentares. “Foi um pedido nosso, pois não conseguíamos escutar o que os parlamentares diziam, tamanho o alvoroço que faziam aqui”, comentou Bruno Peixoto (PMDB) que presidia interinamente a sessão.

Ao ser chamado de autoritário e arbitrário pelo deputado Mauro Rubem (PT) após suspender a sessão até o restabelecimento da ordem, Jardel lembrou que todos têm o direito de se manifestar, inclusive os deputados. “O Regimento Interno da Assembleia prevê que qualquer cidadão pode entrar na Casa, mas quem atrapalhar o rendimento da sessão e desrespeitar os deputados poderá ser retirado da galeria”, explicou.