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Thiago revela por que topou desafio de assumir Secretaria de Educação
O deputado Thiago Peixoto (PMDB) foi um dos destaques de capa do jornal O Popular desta terça-feira, 28. Em entrevista, Thiago justificou sua ida para Secretaria Estadual de Educação (SEE) e afirmou que não vê contradição em trabalhar pelo Estado. Abaixo, confira essa e outras revelações do futuro secretário.
Por que o senhor aceitou ser secretário da Educação de Marconi Perillo (PSDB)?
Por uma razão muito simples: o que o governador me convidou a fazer é trabalhar pelo Estado, promover uma reforma educacional em Goiás. E não vejo qualquer contradição ou problema em trabalhar pelo Estado. Mais do que isso, as eleições passaram. Ele tem dito o tempo todo que vai fazer um governo acima de questões político-eleitorais e eu entendo que é um gesto nobre convidar alguém de outro partido, que já foi seu adversário político, para ocupar um pasta tão importante.
É um convite ousado principalmente partindo do ponto de vista de que ambos acabaram de sair de uma eleição, quando os discursos foram muito acirrados, houve ofensas de ambos os lados. Mesmo assim acha natural aceitar?
Entendo que eu e o governador tivemos diversas divergências políticas. Mas entendo também que o que nos une é trabalhar pelo Estado. Inclusive faço parte de um movimento em Goiás, o Todos pela Educação, que prega a união de todas as forças pelos projetos educacionais. E me fiz uma pergunta: Para quê estou na política? Para servir meu Estado. E defendo a educação como ponto fundamental. Acho que a nossa educação vale qualquer risco, vale qualquer ruptura e ousadia nesse processo.
O PMDB saiu muito enfraquecido dessas eleições. E o senhor, que aparece nesse processo entre as principais lideranças, enfraquece ainda mais o PMDB com esse movimento de ida para o governo tucano. Isso não te preocupa?
O que busco é um novo PMDB. A minha luta não é de forma alguma de sair do partido. É mostrar que o partido pode e deve estabelecer um diálogo com a sociedade e, a partir daí, se tornar vitorioso. O que está provado é que a forma com que estamos conduzindo esse processo nas últimas quatro eleições não é uma fórmula de sucesso. Então, dentre muitas alternativas que o partido tem, proponho um PMDB que vai dar os braços com adversários para trabalhar pelo Estado de Goiás.
Outra crítica que se faz é que, numa eleição de deputado federal, a decisão do voto passa pelas afinidades partidárias com governos.
Essa é uma análise que deve ser tratada com maior complexidade. O meu papel no Congresso Nacional não é de ser oposição ao governo estadual. Uma outra reflexão que quero fazer é dos últimos anos do PMDB. Em 2004, disputamos uma eleição contra o PT, quatro anos depois, em 2008, nós estávamos ao lado do PT. Em 2006, disputamos uma eleição com Alcides Rodrigues. Quatro anos depois, Alcides estava no palanque do PMDB apoiando Iris Rezende. Por que não é possível manter uma relação com o PSDB ou com o governador Marconi Perillo? Entendo as dificuldades que o ex-governador Iris Rezende tem nessa relação, mas entendo que são dificuldades pessoais e que o partido não deve ser pautado por elas.
Essas alianças que o senhor acaba de citar foram decididas pelo partido. No seu caso, o PMDB fez hoje (ontem) uma reunião decidindo que será oposição ao governo que o senhor decidiu integrar.
Dentro das linhas que o PMDB vai defender, e consta no seu estatuto que pode ter linhas de pensamento diferentes, pretendo defender um processo de união pelo Estado. Vou sofrer uma série de consequências, talvez um pedido de expulsão, mas espero responder com um bom trabalho em nome da educação.
O senhor pensa realmente numa aliança entre PMDB e PSDB em Goiás?
O que penso agora é uma aliança para governar. Uma grande aliança no sentido eleitoral só pode ser discutida no momento eleitoral adequado.
Acredita que é possível conciliar essa aliança administrativa com uma oposição política?
Entendo que algumas figuras dentro do partido vão ter o papel de oposição. Vou ter a figura de colaborar com o governo como secretário. É importante a gente relembrar um fato, de quatro anos atrás, aonde o PMDB emitiu uma nota oficial de que o partido seria oposição ao governador Alcides Rodrigues (PP). E por questões muitas, essa nota oficial nunca foi colocada em prática pela maioria do partido, inclusive pelo prefeito Iris Rezende, que mantinha uma ótima relação com o governador Alcides. Então, não vejo diferença nesse processo.
Nesse momento, o PMDB seria a principal voz de oposição ao governo. Se o senhor diz que vai colaborar com o governo e quer levar lideranças junto com o senhor (afirmação do peemedebista antes do início da gravação da entrevista), então está enfraquecendo essa oposição?
O meu trabalho não é de levar lideranças, o meu trabalho é pela educação. Isso ficou muito claro com a conversa que tive com o governador.
O senhor afirma que várias lideranças do PMDB apoiam sua decisão, mas na reunião de hoje (ontem) apenas três pessoas lhe defenderam: Luiz Soyer, Francisco de Castro e seu pai. Onde está esse apoio?
Eu diria que existe hoje uma maioria silenciosa que entende que esse é o caminho correto, mas não tem condições de se manifestar nesse momento. Conversei com muitos prefeitos, com alguns deputados e acho que isso naturalmente vai acontecer.
O senhor se sente seguro de ser um estranho no ninho?
Pelo que o governador Marconi me disse, ele já conversou com muitas lideranças do PSDB - alguns mais resistentes, outros concordando, mas todos entendendo ser o momento de uma grande união pelo Estado. E que minha ida representaria esse símbolo.
Imagino que o senhor queira alçar novos voos além de ser secretário de Estado. Mas acaba de criar uma dificuldade grande no seu partido indo para um ninho que não é o seu e onde está no final da fila para outros voos.
Estou satisfeito com a missão que me está sendo entregue, que é transformar a Educação. Não me interessa ser o último da fila, estar chegando agora, porque a missão que foi me dada é a missão que tenho mais vontade de praticar.
Sobre seu trabalho na Secretaria, tem algo que já consegue adiantar?
O governador me disse de dois compromissos que na hora adequada serão cumpridos, visto que o Estado passa por dificuldades grandes agora. O primeiro é o Piso Nacional dos Professores. O governador tem o compromisso de que Goiás tenha um piso maior do que o piso nacional. Outro projeto que me chamou a atenção é do 14º salário como um bônus de desempenho para professores, que terá como base o desempenho dos alunos.
Por que o senhor aceitou ser secretário da Educação de Marconi Perillo (PSDB)?
Por uma razão muito simples: o que o governador me convidou a fazer é trabalhar pelo Estado, promover uma reforma educacional em Goiás. E não vejo qualquer contradição ou problema em trabalhar pelo Estado. Mais do que isso, as eleições passaram. Ele tem dito o tempo todo que vai fazer um governo acima de questões político-eleitorais e eu entendo que é um gesto nobre convidar alguém de outro partido, que já foi seu adversário político, para ocupar um pasta tão importante.
É um convite ousado principalmente partindo do ponto de vista de que ambos acabaram de sair de uma eleição, quando os discursos foram muito acirrados, houve ofensas de ambos os lados. Mesmo assim acha natural aceitar?
Entendo que eu e o governador tivemos diversas divergências políticas. Mas entendo também que o que nos une é trabalhar pelo Estado. Inclusive faço parte de um movimento em Goiás, o Todos pela Educação, que prega a união de todas as forças pelos projetos educacionais. E me fiz uma pergunta: Para quê estou na política? Para servir meu Estado. E defendo a educação como ponto fundamental. Acho que a nossa educação vale qualquer risco, vale qualquer ruptura e ousadia nesse processo.
O PMDB saiu muito enfraquecido dessas eleições. E o senhor, que aparece nesse processo entre as principais lideranças, enfraquece ainda mais o PMDB com esse movimento de ida para o governo tucano. Isso não te preocupa?
O que busco é um novo PMDB. A minha luta não é de forma alguma de sair do partido. É mostrar que o partido pode e deve estabelecer um diálogo com a sociedade e, a partir daí, se tornar vitorioso. O que está provado é que a forma com que estamos conduzindo esse processo nas últimas quatro eleições não é uma fórmula de sucesso. Então, dentre muitas alternativas que o partido tem, proponho um PMDB que vai dar os braços com adversários para trabalhar pelo Estado de Goiás.
Outra crítica que se faz é que, numa eleição de deputado federal, a decisão do voto passa pelas afinidades partidárias com governos.
Essa é uma análise que deve ser tratada com maior complexidade. O meu papel no Congresso Nacional não é de ser oposição ao governo estadual. Uma outra reflexão que quero fazer é dos últimos anos do PMDB. Em 2004, disputamos uma eleição contra o PT, quatro anos depois, em 2008, nós estávamos ao lado do PT. Em 2006, disputamos uma eleição com Alcides Rodrigues. Quatro anos depois, Alcides estava no palanque do PMDB apoiando Iris Rezende. Por que não é possível manter uma relação com o PSDB ou com o governador Marconi Perillo? Entendo as dificuldades que o ex-governador Iris Rezende tem nessa relação, mas entendo que são dificuldades pessoais e que o partido não deve ser pautado por elas.
Essas alianças que o senhor acaba de citar foram decididas pelo partido. No seu caso, o PMDB fez hoje (ontem) uma reunião decidindo que será oposição ao governo que o senhor decidiu integrar.
Dentro das linhas que o PMDB vai defender, e consta no seu estatuto que pode ter linhas de pensamento diferentes, pretendo defender um processo de união pelo Estado. Vou sofrer uma série de consequências, talvez um pedido de expulsão, mas espero responder com um bom trabalho em nome da educação.
O senhor pensa realmente numa aliança entre PMDB e PSDB em Goiás?
O que penso agora é uma aliança para governar. Uma grande aliança no sentido eleitoral só pode ser discutida no momento eleitoral adequado.
Acredita que é possível conciliar essa aliança administrativa com uma oposição política?
Entendo que algumas figuras dentro do partido vão ter o papel de oposição. Vou ter a figura de colaborar com o governo como secretário. É importante a gente relembrar um fato, de quatro anos atrás, aonde o PMDB emitiu uma nota oficial de que o partido seria oposição ao governador Alcides Rodrigues (PP). E por questões muitas, essa nota oficial nunca foi colocada em prática pela maioria do partido, inclusive pelo prefeito Iris Rezende, que mantinha uma ótima relação com o governador Alcides. Então, não vejo diferença nesse processo.
Nesse momento, o PMDB seria a principal voz de oposição ao governo. Se o senhor diz que vai colaborar com o governo e quer levar lideranças junto com o senhor (afirmação do peemedebista antes do início da gravação da entrevista), então está enfraquecendo essa oposição?
O meu trabalho não é de levar lideranças, o meu trabalho é pela educação. Isso ficou muito claro com a conversa que tive com o governador.
O senhor afirma que várias lideranças do PMDB apoiam sua decisão, mas na reunião de hoje (ontem) apenas três pessoas lhe defenderam: Luiz Soyer, Francisco de Castro e seu pai. Onde está esse apoio?
Eu diria que existe hoje uma maioria silenciosa que entende que esse é o caminho correto, mas não tem condições de se manifestar nesse momento. Conversei com muitos prefeitos, com alguns deputados e acho que isso naturalmente vai acontecer.
O senhor se sente seguro de ser um estranho no ninho?
Pelo que o governador Marconi me disse, ele já conversou com muitas lideranças do PSDB - alguns mais resistentes, outros concordando, mas todos entendendo ser o momento de uma grande união pelo Estado. E que minha ida representaria esse símbolo.
Imagino que o senhor queira alçar novos voos além de ser secretário de Estado. Mas acaba de criar uma dificuldade grande no seu partido indo para um ninho que não é o seu e onde está no final da fila para outros voos.
Estou satisfeito com a missão que me está sendo entregue, que é transformar a Educação. Não me interessa ser o último da fila, estar chegando agora, porque a missão que foi me dada é a missão que tenho mais vontade de praticar.
Sobre seu trabalho na Secretaria, tem algo que já consegue adiantar?
O governador me disse de dois compromissos que na hora adequada serão cumpridos, visto que o Estado passa por dificuldades grandes agora. O primeiro é o Piso Nacional dos Professores. O governador tem o compromisso de que Goiás tenha um piso maior do que o piso nacional. Outro projeto que me chamou a atenção é do 14º salário como um bônus de desempenho para professores, que terá como base o desempenho dos alunos.
Publicado em O Popular no dia 28/12/10