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Artistas Negros

11 de Novembro de 2013 às 12:30
Crédito: Sérgio Rocha
Artistas Negros
Artistas Negros: Inclusão, valorização e visibilidade
Mauro Rubem comanda audiência pública que debate a questão do racismo e da falta de recursos para a arte e cultura negra no Estado.

Políticas públicas de combate ao racismo, inclusive com destinação de recursos para a cultura e arte negra. Essa foi uma das questões levantadas na audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira, 11, no Auditório Solon Amaral, da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que debateu o tema: “Artistas Negros: Inclusão, Valorização, Produção e Visibilidade”. Enfatizou-se que serão anunciadas medidas federais no próximo dia 20 em atendimento às reivindicações da arte e da cultura negra.

O evento foi promovido pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa (CDH) da Alego, presidida pelo deputado Mauro Rubem (PT), em parceria com a Cia. Teatral Zumbi dos Palmares e a Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara Municipal de Goiânia, presidida pelo vereador Tayrone di Martino (PT).

Além de autoridades que atuam em defesa da arte e da cultura negra, participaram da reunião alunos do 2º e 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual José Carlos de Almeida.

Mauro Rubem abriu o evento, agradecendo a presença de todos os participantes. Falou do trabalho que realiza a frente da CDH na promoção dos direitos humanos. Destacou o empenho do jornalista Paulo Vitória, presidente da Cia. Teatral Zumbi dos Palmares, na realização da presente audiência pública. Fez questão também de cumprimentar a secretária Ana Rita Castro, titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR-GYN), pela promoção do 1º Circuito da Igualdade Racial. “Pela movimentação grande do evento, chamo de “200 Milhas” da Igualdade Racial”, frisou o deputado.

Em seguida, Tyrone di Martino fez uso da palavra. Enfatizou a admiração profunda que tem pelo deputado Mauro Rubem, especialmente pelo trabalho que realiza em defesa dos direitos dos seres humanos. Falou da importância de se defender políticas públicas e recursos que venham efetivamente contribuir para consolidação e crescimento da cultura e arte negra no País. Colocou seu mandato à disposição dos artistas negros, especialmente na elaboração de leis que venham ao real encontro dos anseios da categoria.

Ana Rita discursou e ressaltou o trabalho que vem realizando a frente da SEPPIR/GYN em prol da igualdade racial em Goiânia. Agradeceu o apoio dos gestores de entidades que defendem a cultura e arte negra, em nome de Paulo Vitória, que considerou um guerreiro nesse aspecto. Cumprimentou Mauro Rubem e Tyrone pela parceria e manifestou a convicção de que avanços ocorrerão nessa área durante a sua gestão.

Paulo Vitória foi o próximo a falar e fez questão de agradecer a todos  que estão engajados na luta pela valorização da arte e da cultura negra, principalmente em Goiânia e em Goiás. Deixou evidente sua expectativa com a gestão de Hilton Cobra à frente da Fundação Cultural Palmares (FCP). Concluiu seu pronunciamento, declamando um poema de sua autoria, intitulado “Salve os Artistas Negros”. Inclusive, foi muito aplaudido.

Michael Felix discursou e salientou trabalhos da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno do DF, enfatizando, sobretudo, a parceria com os municípios goianos da região do Entorno, aos exemplos de Cidade Ocidental, Luziânia e Formosa. Colocou-se, sobretudo como diretor de projetos da Federação, à disposição dos artistas negros goianos na viabilização de políticas públicas de combate ao racismo e de valorização e incentivo da cultura e da arte negra no Estado.

Hilton Cobra falou do momento em que está à frente da FCP, que considerou muito bom. Enfatizou seu otimismo com a ministra Marta Suplicy e com a presidente Dilma Rousseff, inclusive adiantou que no próximo dia 20 serão anunciadas medidas que vão favorecer a cultura e a arte negra no País. Ele disse que o governo tem R$ 5 bilhões e 350 milhões para investimentos na arte e na cultura, mas que apenas R$ 150 milhões são destinados ao segmento negro. Deixou evidente a sua convicção de que isso vai mudar.

Carlos Cipriano, presidente do Conselho Estadual de Cultura, foi o último a discursar no evento. Também destacou o trabalho de Paulo Vitória, especialmente por obtenção de recursos para a arte e cultura negra. E garantiu que vai reforçar parcerias, especialmente com Mauro Rubem e Tyrone, objetivando a busca de soluções para as reivindicações dos artistas negros de Goiás.

O cantor Wilton John cantou na abertura da audiência pública, que contou com a participação de autoridades negras que presidem importantes entidades no Estado de Goiás, ao exemplo de Ieda Leal, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

Mauro Rubem fez avaliação positiva do evento e convidou a todos os presentes para as próximas audiências públicas que acontecerão na Alego por iniciativa dele.  

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