Procuradora afirma que o Brasil é um dos piores países para se nascer mulher
A procuradora do Estado Poliana Julião destacou os problemas que as mulheres enfrentam em todas as instâncias por causa do machismo e afirmou que o Brasil, segundo a pesquisa Save The Children, é o 50º pior país do mundo para se nascer mulher.
"Goiás é o segundo lugar que mais mata mulheres no país. Nossa campanha tem uma proposta de conscientização e sensibilização. Nunca tivemos a intenção de fazer uma campanha de cunho agressivo. O machismo não é um comportamento ou ideia que está só na cabeça dos homens, há uma perspectiva histórica e vivemos nessa cultura machista”, disse.
“Todo esse machismo era previsto até pelo Código Civil Brasileiro. A mulher era tratada como uma pessoa que não tinha capacidade. A Constituição alterou esse panorama, porém, isso não foi projetado na mente da sociedade”, afirma.
Ela explicou o que é o feminismo. "A proposta do feminismo não é o contrário do machismo, mas sim trazer a igualdade de direitos perante a sociedade. A proposta da nossa campanha é mudar esse pensamento da sociedade, pois a mulher é vista como objeto, como um ser inferior. Acham que tem direito sobre as mulheres. É triste. Usamos esse frase da ‘rotulação’ em nossa campanha, pois há uma rotulação muito grande imposta as mulheres”, ressaltou.
Audiência pública é realizada na manhã desta segunda-feira, 20, no Auditório Costa Lima do Palácio Alfredo Nasser.