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Gestora do Caps Girassol apresenta sugestões para melhoria do atendimento psicossocial

29 de Maio de 2018 às 11:04

A Assembleia Legislativa, por proposição da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), está promovendo, na manhã desta terça-feira, 29, audiência pública para discutir o fortalecimento da rede de atenção psicossocial em Goiás. A gestora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Girassol, Sheila Cunha, é uma das participantes do encontro.

Em entrevista à Agência Assembleia de Notícias, Sheila Cunha destaca as maiores dificuldades enfrentadas para atender as crianças e adolescentes que necessitam da assistência do Centro. “Temos uma rede ainda muito incompleta para atendimento à crianças e adolescentes na cidade. São dois serviços municipais, sendo um específico para álcool e drogas, que é o que eu coordeno, e o Caps Água Viva, que atende crianças e adolescente com transtornos mentais de toda ordem. Temos ainda um Caps estadual também que atende a região leste de Goiânia e o interior”, expõe.

Para ela o sistema poderia ser melhor caso fosse utilizado o modelo de Rede de Atenção Psicossocial (Raps) por permitir um atendimento mais descentralizado. “Então deveríamos neste sistema ter mais profissionais de saúde mental nas unidades básicas de saúde que pudessem oferecer algum tipo de atendimento preventivo para crianças e adolescentes”, disse.

Sheila Cunha ressalta que os Caps, por normativa, atendem casos graves e, por isso, os casos que deveriam chegar no Caps, segundo ela, deveriam ser apenas aqueles de transtornos mentais mais persistentes. “O transtorno mental mais severo, o uso de drogas mais acentuado, deveria ser encaminhado aos Caps, porém, os casos mais leves poderiam ser atendidos nesta rede complementar de atenção primária em Saúde. Só que atualmente não temos profissionais de saúde mental nessa rede primária”, observa.

A coordenadora destacou ainda a dificuldade existente no atual sistema para o acesso das pessoas ao mesmo, em virtude da distância de deslocamento. “Se eu tenho serviços mais centralizados, o acesso das pessoas ao tratamento é dificultado, e conhecer onde a pessoa mora, intervir no território dela é importante no atendimento psicossocial. Nosso serviço estar mais próximo da residência das pessoas facilita tanto a manutenção do tratamento quanto a adesão ao mesmo”, finalizou Sheila Cunha.

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