Neste período de seca, a baixa do nível de água nos reservatórios para abastecimento e geração de energia elétrica em Goiás mais uma vez começa a ser destaque na mídia. A Assembleia Legislativa, por meio do Fórum do Setor Energético presidido pelo deputado Simeyzon Silveira (PSC), há quase dois anos, já mostra a sua contribuição efetiva para mudanças neste cenário, por meio de políticas públicas promovidas pelo Governo.

O parlamentar, que está à frente da Comissão Minas e Energia da Alego, presidiu pela 13ª vez uma reunião oficial desta plataforma de debates, a qual conta com a participação de representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Goiânia, de entidades fiscalizadoras, do setor produtivo, de instituições de ensino e pesquisa e da sociedade civil. O encontro foi nesta sexta-feira, 1º, no plenário da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e teve como anfitrião o reitor Wolmir Amado, que fez questão de afirmar que a “iniciativa está começando fazer diferença não só para Goiás, mas para o Planeta”.

O encontro deu sequência à nova etapa de atividades iniciada na reunião passada, que tem foco em conseguir progressos para outras fontes energéticas limpas como a biomassa e o biogás, a fim de integrá-las à matriz hidráulica do Estado. Até o momento, muitos avanços foram conseguidos para a produção de energia elétrica, por meio de sistema solar fotovoltaico. “Em menos de dois anos o Estado saltou de 16 unidades consumidoras com geração distribuída para quase 300. A perspectiva é que até o fim deste ano haja um crescimento cinco vezes maior”, informou Simeyzon.

Uma das intervenções ficou por conta da diretora de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar do Estado (Fetaeg), Sueli Pereira, que falou sobre a produção de biogás em áreas de agricultura familiar. Segundo ela, com o apoio da entidade, pequenos agricultores de cinco municípios encontraram no biodigestor uma maneira de reduzir custos e tornar a sua propriedade mais sustentável. Com o equipamento, o segmento tem produzido energia elétrica, gás de cozinha, adubo orgânico para capim, incluindo pomares, sem alterações no sabor dos alimentos.

Neste sentido, o Fórum intermediou mais uma importante conquista: uma linha de financiamento específica no Banco do Brasil para a aquisição de biodigestores por parte da Fetaeg. Durante a reunião, o convidado para falar do assunto, Walber Santos, que é gerente de mercados desta instituição bancária, falou sobre o FCO Empresarial e informou que são financiadas por ela “todo e qualquer projeto de eficiência energética”.

Também participou como palestrante o diretor técnico da Sigma Engenharia, Edmar Cândido, que fez uma abordagem sobre a energia da biomassa em propriedades rurais e da viabilidade de projetos para pequenos produtores.

Outras participações

Na ocasião, o gerente de projetos da empresa de energia solar Green Yellow, Felipe Gonçalves, compartilhou sobre detalhes operacionais de uma usina fotovoltaica que o Assaí Atacadista instalou em uma de suas lojas nesta Capital, a maior em região urbana do País. De acordo com ele, a perspectiva é que em 25 anos haja uma redução de 3 mil toneladas de COâ‚‚ emitidos (equivalente a 18 mil árvores plantadas) e uma economia ao cliente de R$ 2,6 milhões.

Já o gerente de gestão ambiental da Secretaria de Planejamento e Urbanismo de Goiânia (Seplam), Diógenes Aires, fez uma apresentação sobre o Plano Diretor de Goiânia (que é regido dentro da Lei Complementar nº 171/2007) e a inclusão de medidas semelhantes as que estão sendo feitas pelo Estado para avanços do setor de energia elétrica a nível municipal.