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Trabalho pela infraestrutura sem tirar os olhos do social

15 de Setembro de 2010 às 09:32
Artigo do deputado Samuel Belchior (PMDB) publicado no jornal Diário da Manhã, edição de 12.09.2010.
* Samuel Belchior é deputado estadual pelo PMDB


Estou acostumado a ouvir que o nosso grande líder, Iris Rezende Machado, é um homem com olhos exclusivos para a infraestrutura, esquecendo assim os programas sociais. Essa não é a verdade. Quem acompanha nosso programa de governo - seja pela TV, rádio, internet ou nas ruas – sabe que temos propostas inteligentes e palpáveis voltadas para o bem-estar da população goiana. Mas todos também sabem da situação na qual Goiás se encontra. Vivemos hoje em um Estado quebrado que necessita, e muito, de investimentos pesados para terminar obras esquecidas e reconstruir o que está acabado, além, é claro, de avançar rumo ao futuro. 

Eleito governador, Iris Rezende trabalhará pelos dois e investirá sim, e muito, em infraestrutura. É por não ser omisso e analisar bem esse contexto, que nosso candidato deixou a prefeitura de Goiânia, mesmo com uma aprovação histórica. Iris tem experiência, pulso forte e disposição para trabalhar por Goiás, especialmente por suas necessidades mais urgentes. Além de casos já famosos, amplamente difundidos pela mídia, como o Estádio Olímpico, o Aeroporto Santa Genoveva, o Centro Cultural Oscar Niemeyer e a UEG, Goiás tem problemas outros problemas sérios. 


De acordo com dados oficiais da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras), Goiás tem 8.563 quilômetros de rodovias sem asfalto. Ao mesmo tempo, 72% das rodovias federais e estaduais estão em condições ruins, regulares ou péssimas. Como homem que roda esse Estado, posso constatar a veracidade desses dados e vejo como a situação piorou nos últimos doze anos.


Em alguns casos famosos, as administrações que sucederam o último governo do PMDB, a partir de 1998, fizeram questão de não terminar trechos de rodovias iniciados pelos adversários. Aqui, convém citar a estrada que liga Britânia a Aruanã. Um contingente enorme de caminhões transita pela região arenosa, sofrendo com buracos, atoleiros e todo tipo imaginável de falta de estrutura. O mesmo acontece com vários outros municípios, a exemplo de Córrego do Ouro, que, na época das chuvas, fica praticamente isolado de cidades importantes como São Luís de Montes Belos.


E se é desanimador entender a realidade das rodovias goianas, a situação de nossa população não é nada melhor quando o assunto é saneamento básico. Os dados da mesma Agetop revelam que 19,6% dos domicílios não têm rede de abastecimento de água e 63,8% dos domicílios não têm rede coletora de esgoto. Ainda de acordo com a agência, a solução depende de novos recursos e, consequentemente, isso só é possível através do reequilíbrio das contas da Saneago.


Ao mesmo passo, a tão falada e quebrada Celg teve, de 2005 até 2009, redução de 12,9% em seus investimentos. Pode parecer exagero, mas a lista de problemas ligados à infraestrutura em Goiás não cabe nesse artigo. Só para citar outros pontos importantes e mais urgentes, nosso Estado precisa concluir o Anel Viário em Goiânia, duplicar rodovias como a BR-060 e investir em redes para distribuir toda a energia produzida aqui (isso não acontece).


Além da responsabilidade de consertar falhas graves das últimas gestões, o novo governador precisará dar esses passos fundamentais para atrair empresas e atender, por exemplo, a grande demanda da produção de alimentos. O contexto é realmente delicado e não deve ser ignorado. Deve, ao contraio, ser colocado como prioridade no próximo governo do Estado. Iris Rezende Machado sabe disso e já provou ter competência para encarar esse desafio sem deixar de lado as propostas para o social.

 


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