Vanuza Valadares faz reflexão sobre Dia da Consciência Negra
Prezados senhores,
Prezadas Senhoras,
Hoje dia 20 de novembro dia Nacional da Consciência Negra. Aproveito para usar a tribuna para lembrar que há 312 anos, morria um grande símbolo da resistência negra: Zumbi dos Palmares, um ícone brasileiro da luta pela liberdade. Portanto, o dia de hoje é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
Aproveito também para lembrar que em 2003 o presidente Lula sancionou a lei 10.639 que tem o objetivo de corrigir injustiças que se pluralizam e se solidificam nas salas de aulas. A partir desta lei ficou estabelecido que as diretrizes e bases da educação nacional deveriam incluir no currículo oficial da rede de ensino: a obrigatoriedade da temática: História e Cultura Afro – Brasileira.
E sabe para quê?
Para acabar com esta lenga-lenga de que os negros foram libertados por uma princesa. Esta era a prova de que se ignorava toda a trajetória de luta pela libertação do povo negro.
Parabéns pelas pressões políticas e sociais, porque vocês conseguiram que esse trecho da história não se tornasse verdade.
Acredito que se não é possível corrigir erros do passado, pelo menos é razoável trabalhar para que eles não se perpetuem.
Nós como políticos e cidadãos brasileiros temos o dever de enfrentar estas imposições históricas.
Parabéns a todos os que levam a vida combatendo as injustiças sociais e raciais, porque ser negro é antes de tudo hastear a bandeira da indignação. Hoje também é um dia especial para a minha cidade natal, porque nesta data aconteceu o lançamento da 6ª mostra de teatro de Porangatu.
Um festival que surgiu da política nacional de interiorização da cultura. O governo federal não poderia mais ignorar a riqueza do interior do Brasil e nem a ansiedade dos brasileiros em assistir um filme participar de espetáculos, enfim de ter bem perto de si toda a magia da libertação da arte.
Parabéns ao governo de Goiás que seguiu esta tendência da política nacional apoiando este evento através da Lei Goyazes de incentivo à cultura. É preciso ressaltar que assim como não foi a princesa Isabel que libertou os escravos não foi uma ou duas pessoas que iniciaram esta mostra de Teatro de Porangatu. Isso é reflexo de anseio e luta popular.
Parabéns a todos os que perceberam e apoiaram o povo de Porangatu, pois hoje temos um evento com gabarito nacional. O interior de Goiás se afirma como referência na arte e na libertação de seu povo através da democratização da arte e da cultura.
E para finalizar, quero convidar a todos os presentes para participar da audiência pública que vai acontecer amanhã às 8:30h da manhã sobre Conscientização no Campo - Destinação Final das Embalagens de Agrotóxicos. Em que teremos a participação do Inpev - Instituto de Processamento das embalagens de Agrotóxicos.
A audiência de amanhã é uma iniciativa das Comissões da Educação, de Meio Ambiente e da Agricultura.