"Claudino tem sua história dedicada à Educação", diz Padre Ferreira
Prezadas senhoras,
Prezados senhores,
amigos aqui presentes,
É com imenso orgulho que hoje Rio Verde tem a satisfação de sediar pela primeira vez na sua história uma sessão solene do Parlamento goiano. E por um motivo muito justo: conceder a um dos seus filhos adotivos, o professor Claudino Collet, o título honorífico de Cidadão Goiano.
Descendente de italianos, Claudino Collet nasceu em Erechim, Rio Grande do Sul. Filho de Eugênio e Amábile Collet. Tem nove irmãos, sendo destes, oito homens e uma mulher.
Na infância morou na zona rural e ainda criança ajudava o pai, que era agricultor, no trabalho com a terra.
Quando jovem, Claudino ingressou no seminário, mas não seguiu a carreira do sacerdócio. Cursou Filosofia e fez pós-graduação em História e Filosofia da Educação.
Em 1966, por meio do irmão que morava em Rio Verde, Frei César, soube da existência de vaga para professor nas escolas do ensino fundamental e médio. Com o intuito de lecionar, Claudino mudou para Rio Verde.
Quando chegou, só existiam dois professores com curso superior na cidade que lecionavam no ensino médio. Sentiu então a necessidade de criar uma instituição de ensino superior no município.
Juntamente com uma equipe de professores e com a comunidade rio-verdense, implantou em 1968 o Ensino Superior de Rio Verde, denominado de Faculdade de Filosofia (FAFI), tendo Pedagogia como o primeiro curso. Claudino foi um dos primeiros quatro professores desta faculdade. A FAFI deu início ao nascimento da Fesurv, a qual foi recentemente transformada em Universidade.
Na Fesurv, além de professor, atuou como diretor da Faculdade de Filosofia e da Escola de Ciências Humanas. Também foi chefe de Departamento da Faculdade de Filosofia da Fesurv. Ainda na área educacional, trabalhou como orientador pedagógico em escolas do ensino fundamental e da Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde, atual Cefet.
Além do intenso trabalho no setor educacional, Claudino Collet tem ainda diversas colaborações no setor cultural e social da cidade. Promoveu e participou de muitos concursos literários.
No fim da década de 70, início de 80, Claudino, juntamente com o Dr. José Povoa, fundou o Centro Rio-verdense dos Amigos da Cultura (CRAC). Por meio dessa associação, saraus e outros encontros culturais começaram a ser realizados no salão da Maçonaria, na Rua Nilo Peçanha. O objetivo do CRAC era valorizar a cultura e realiza eventos culturais.
Escreveu, em parceria com Carmem de Castro, o livro: Fesurv – Sua Origem, Sua História – O Ensino Superior em Rio Verde, e recentemente lançou mais uma obra: Filosofia: Um Pensamento Diferente e Desafiador.
Em 2005 tornou-se membro componente da Academia Rio-verdense de Letras, Artes e Ofícios. Na Academia idealizou a criação da Associação dos Amigos da Cultura de Rio Verde. Com a idéia aprovada pelos demais componentes da Academia, a associação vem retomar a iniciativa do CRAC, realizando festivais culturais e outras manifestações artísticas não só de Rio Verde, mas promovendo o intercâmbio cultural entre outros municípios. Neste ano o projeto já recebeu artistas de Goiânia e Mineiros, no desejo de aproximar o povo com sua cultura.
No campo social, Claudino colaborou com diversos movimentos, entre eles, o Movimento Popular de Rio Verde (MOPORV). Ministrou palestras em escolas, universidades e instituições da comunidade em geral. Presidiu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA). Por sua relevante e ativa participação na sociedade, foi agraciado com o título de Cidadão Rio-verdense.
Em 1997 foi um dos fundadores do Conselho da cidade que reunia diversas lideranças do município na colaboração para uma administração municipal mais próxima com os anseios do povo.
Declaradamente amante da natureza, Claudino também compactua do sentimento por uma sociedade justa, liberta e igualitária. Faz da Educação, Cultura e Ações Sociais, um meio de externar além do gosto pela profissão abraçada, o exercício pleno da cidadania.
Atualmente Claudino é professor na Faculdade de Teologia em Rio Verde e continua exercendo várias atividades sociais e religiosas.
Nesta cidade, mais que amigos, alunos, parceiros e admiradores, Collet constitui uma família. Foi nessas terras que conheceu e se casou há 36 anos com Sônia Mendonça Leão Collet, uma rio-verdense que lhe deu duas filhas, Taciana e Lara. Hoje, o gaúcho que deixou sua terra com o intuito de lecionar em Rio Verde, vê aqui neste município, suas duas netas, Isabelle e Ana Clara crescerem. E junto a elas, a semente que há anos ele ajudou plantar por aqui, a da educação superior e sua importância, bem como o sonho de uma sociedade mais justa.
Desprovido de toda vaidade, idealista por natureza, sonhador com olhos fixos no horizonte, insistente nas boas causas, apaixonado por Rio Verde e por Goiás, assim é o nosso homenageado.
Homem que valoriza o conhecimento e a cultura, mas sem nunca desprezar o sentimento e o coração das pessoas. Por isso e por muito mais, que lhe passamos o título de cidadão goiano. Agora de fato e de direito, de alma e de coração. Do Rio Grande do Sul, mas principalmente de Goiás. Deste Goiás que te quer bem.
O Estado de Goiás através da Assembléia Legislativa te agradece e em seu nome a tantos outros que para aqui vieram construir suas famílias e ajudaram a construir o nosso Estado.
O nosso agradecimento à sua família pelo que tem feito pelo nosso Estado. O nosso agradecimento aos seus amigos que aqui te prestigiam e a todas as autoridades que nesta noite engrandeceram a nossa sessão da Assembléia Legislativa na cidade de Rio Verde.
Meu agradecimento particular ao Presidente da Assembléia, Deputado Jardel Sebba, aos meus colegas parlamentares, ao Legislativo municipal, aos membros da Academia de Letras do município e a comunidade de Rio Verde por se fazer presente.
Parabéns Claudino, parabéns Rio Verde, parabéns Goiás por ter você, Claudino, aqui conosco.