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Para Thiago, parceria empresários/governo fortalece economia

06 de Dezembro de 2007 às 19:21
Discurso proferido pelo deputado Thiago Peixoto, PMDB, durante sessão especial que homenageou 18 ex-presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado, com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico. (06/12/2007).

Prezadas deputados,
Prezados deputados,

Foi aqui, neste plenário, que nós comemoramos, em 4 de junho deste ano, os 70 anos da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás. Também foi aqui que entregamos o título de cidadão goiano ao atual presidente, Pedro Bittar. Seis meses depois, uma outra sessão especial para destacar a atuação de 18 presidentes que estiveram à frente desta entidade.

Tal iniciativa não foi por acaso. Ainda nas homenagens realizadas no dia 4, Pedro Bittar admitiu que faltava algo. Era preciso programar, o quanto antes, algo semelhante para reconhecer o trabalho daqueles que fizeram a história da Acieg.

Cada um destes 18 presidentes, a seu modo, deu sua contribuição. Perfis diferentes, gestões diferentes. Mas apenas um propósito a nortear as ações de cada um deles: a defesa incondicional do empresário goiano e o compromisso com o desenvolvimento econômico do Estado. Na verdade, 18 presidentes - empreendedores: construíram pontes entre o setor empresarial e outros setores da sociedade goiana. Consolidaram uma parceria entre o setor público e privado. Uma parceria apartidária e respaldada por resultados que só comprovam o êxito da formação desta via de mão dupla.  

Estes presidentes trabalharam arduamente para, a cada gestão, fortalecer a entidade e sedimentar os pilares para o futuro. Por isso não podemos deixar de fazer uma referência mais explícita à atuação de cada um destes homenageados.

Em 1956, Henrique Coe atentou-se para a necessidade de mão de obra qualificada. Pra isso, era preciso investir no trabalhador para que este pudesse aprender na Escola de Comércio, que serviu de exemplo para a abertura de outras escolas com o mesmo fim. Em 1961, Júlio Alencastro Veiga se destacava como um empresário de respeito no setor varejista, além de articular e fundar outras importantes entidades.  

Joaquim José Motta Júnior, em 1965, abriu as portas da Acieg para importantes discussões na época da ditadura militar. Já em 1968 Wilton Honorato Rodrigues liderou diversas ações para motivar os empresários. Implantou assessorias, como a jurídica e contábil. Em 1969 foi a vez de Ney de Castro articular junto ao governo estadual a criação de um órgão especializado na atração de indústrias para Goiás.

 Dois anos depois, em 1971, Wilton Pinheiro de Lima já defendia a Sudeco como indutor do desenvolvimento do Centro-Oeste. Em 1972, Antônio Augusto Azeredo Coutinho atuava na disseminação do associativismo empresarial e se dedicava ao fortalecimento da Facieg.  

Em 1973, Mário Roriz de Carvalho lançou a pedra fundamental da nova sede. Foi em seu mandato que a Acieg foi denominada de utilidade pública. Dois anos mais tarde, em 1975, Heno Jácomo Perillo assumia a entidade respaldado por uma biografia ímpar formada na Universidade Federal de Goiás, no Conselho Regional de Farmácia e no Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de Goiás.

Quando Eudoro Guilherme Zacharias Pedroza chegou à presidência, em 1977, fortaleceu e organizou a entidade para que os empresários começassem a exportar seus produtos.

Em 1979, Agenor Machado da Silveira Neto já ganhara destaque por ter ajudado Eudoro na construção da nova sede. Mas não foi somente a Acieg que contou com a experiência de Agenor Machado. A Juceg e a CDL também têm muito a lhe agradecer. 

Em 1983, José Cunha Júnior fez história ao preocupar-se com as informações que precisavam chegar aos empresários. Criou uma espécie de jornal falado antes das reuniões. Waldomiro Dall´Agnol assumiu a presidência em 1985 reestruturando os departamentos da entidade e dividindo as mensalidades dos associados segundo as categorias de empresas. 

Quatro anos mais tarde, em 1989, Paulo Roberto de Melo cuidava da informatização da Acieg. Num período de muita inflação, não mediu esforços na luta contra juros e impostos em demasia. Quase duas décadas depois, a carga tributária praticamente dobrou de tamanho. Paulo Roberto, na verdade, deu início a uma batalha incansável dos empresários pela redução de impostos e taxas de juros.

Iris Andrade da Silva foi empossado presidente em 1991 com destaque pela luta que empreendeu em defesa do imposto único. Já em 1993, Erivan Bueno de Morais se preocupava com a atração de grandes empresas para o estado de Goiás. Erivan está de volta a esta Casa como ex-presidente da Acieg, mas faço questão de relembrá-los de que ele já esteve aqui como deputado.
Em 1995, José Alves Quinta também defendia o imposto único e lutava contra os juros altos praticados na época do seu mandato. No ano seguinte, Malkon Merzian promoveu o I Fórum Empresarial de Tributos Estaduais e debatia os novos rumos da economia goiana com uma delegação da China que veio a Goiás.

18 homenageados. 18 visionários. Também são 18 os presidentes que comandaram a Acieg e que já faleceram. Em respeito às suas memórias, aos seus mandatos, e às suas famílias aqui presentes, é justo que sejam citados.

Nosso profundo reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Licardino de Oliveira Ney, Ângelo Arlington Fleury, Manoel Balbino de Carvalho, Ismerino Soares de Carvalho, Raul Freire, Joaquim Câmara Filho, Jaime Câmara, Santino Lira Gomes Pedrosa, José Amaral Correia, Orlando Bravo da Rocha Torres, José Monteiro do Espírito Santo, Randall do Espírito Santo Ferreira, José Aquino Porto, Romeu da Silva Moura, Alcides de Araújo Romão, Elias Bufaiçal, Getúlio Varanda e Joaquim Rosa Filho.

Estejam certos de que estes 18 presidentes hoje aqui homenageados se orgulham ao deparar-se com uma importante conquista do setor empresarial goiano: os incentivos fiscais, tão discutidos no atual momento político-econômico do Estado de Goiás.

Eles sabem o quanto estes incentivos foram imprescindíveis para que o setor produtivo e o nosso estado experimentassem um salto de produção, crescimento e desenvolvimento social e econômico. E se funcionaram como alavanca para o setor econômico, não merecem ser tratados como vilões. Precisam ser mantidos e não podem fazer às vezes de culpados por supostos desequilíbrios financeiros nas contas públicas.

A luta pela redução da alta carga tributária que impera no país e que sufoca os empresários está intimamente ligada à manutenção dos incentivos fiscais. É incoerente, é contraditório lutar pela diminuição da carga tributária e não defender os incentivos como mecanismos que colaboram significativamente para esta redução.

A diminuição da carga excessiva de impostos é uma das bandeiras da Acieg e dos seus presidentes. Bandeiras que fazem a associação ser ouvida pelas esferas de governo municipal e estadual. Afinal, estes presidentes deixaram um importante legado para os goianos: mostraram, em seus mandatos, que jamais se deve esmorecer na luta pelos direitos da classe empresarial.

A título de ilustração da repercussão da voz e da força da entidade, o prefeito Iris Rezende já transferiu por duas vezes nesta sua gestão o seu gabinete do Paço Municipal para a Acieg, levando consigo os seus auxiliares para ouvir as reivindicações e conhecer os projetos dos empresários.



Estes 18 presidentes aqui homenageados também deixaram claro que as conquistas que beneficiam e atingem diretamente o futuro goiano devem ser mantidas. Fico em um exemplo recente: a defesa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Fapeg.

O cenário que se avizinhava com a transformação da fundação em superintendência não era nada animador. Tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento científico devem ser prioridades em qualquer estado comprometido com o futuro do nosso presente e o futuro do nosso futuro. Acreditamos que será, a partir de agora, porque sabiamente o governo estadual percebeu que era preciso recuar e garantir a autonomia da Fapeg.

A Educação também deve ser prioridade para a Acieg e seus presidentes.  Talvez soe estranho tocar neste tema durante esta homenagem. Mas educação não pode ser limitada a um problema somente do setor público ou dos professores. A sociedade civil organizada e o setor empresarial devem assumir a bandeira por uma educação pública de qualidade.

Encerro lembrando que o Regimento Interno desta Casa diz que a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira é destinada às pessoas reconhecidas por relevantes serviços prestados ao Estado de Goiás. Logo, está mais do que justificada a homenagem aos senhores aqui nesta tarde.

Muito obrigado.

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