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“Não há democracia sem imprensa livre”

02 de Abril de 2008 às 10:53
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jardel Sebba, (PSDB) falou da importância de uma imprensa livre num processo democrático. O discurso foi proferido durante a sessão especial da Casa, que prestou homenagem aos 28 anos do jornal "Diário da Manhã". (31.03.2008).

Senhoras e senhores,

Não há democracia sem imprensa livre e independente. O exercício da cidadania exige que o cidadão conheça a realidade que o cerca, que reconheça seus direitos e deveres, que tenha a realidade de outras comunidades como parâmetro para julgamento. Informação é poder. Mas para ter o poder de transformar, de estimular o desenvolvimento social e econômico, a informação não pode vir de qualquer fonte. Saber pouco, ter acesso a informações truncadas, deturpadas, é muito mais nocivo que a mais genuína ignorância.

Para exercer em plenitude sua cidadania, para ter seus olhos abertos e capacidade de discernir, o cidadão precisa receber informações de fontes precisas, veículos confiáveis, e, sobretudo, plurais.

Thomas Jefferson, um dos pais da república americana, disse certa vez que, se tivesse de escolher entre um governo sem jornais ou jornais sem um governo, preferiria a última hipótese, destacando o papel da imprensa numa democracia.

Há 28 anos o povo e o Diário da Manhã sustentam uma relação pautada no respeito, na confiança mútua. Juntos, sempre ombro a ombro, aprenderam e evoluíram no diálogo franco e aberto, ganhando consistência na longa e proveitosa trajetória dessa história em comum.

O Diário da Manhã é um jornal livre, democrático, aberto às diferentes correntes de opinião. É, acima de tudo, um jornal de vanguarda. Sempre o será. E vanguarda, na definição do dramaturgo Eugène Ionesco, é a encarnação pronta e acabada da liberdade.

O DM hoje brilha entre os grandes jornais do País. Notabiliza-se pela credibilidade, pelo inatacável comportamento ético, combatividade, e, principalmente, pela capacidade de inovar.

Consolidado entre os mais importantes veículos da imprensa brasileira, o DM ousa experimentar novas mídias e explora a versatilidade da internet para fazer jornalismo em formatos modernos e criativos.

Como o DM, o Estado Goiás também se modernizou nos últimos anos. Exorcizamos o estigma do atraso, como duvidava o incrédulo professor Pedro Gomes, o autor goiano de O Pito Aceso, que um dia sonhou com o crescimento de Goiás, então, para ele, uma ficção geográfica.

Sim, deixamos a timidez de lado e nos transformamos numa das principais economias do País. Goiás tornou-se um grande celeiro, um ponto de conversão de forças econômicas. Ocupamos hoje o 9º lugar entre os Estados que mais produzem riquezas.

E isso não aconteceu por acaso. Goiás cresceu porque os goianos também cresceram. Porque a nossa gente se preparou para os grandes desafios. Porque aprendeu superar os obstáculos do atraso e do isolamento. Porque empunhou sem hesitação a bandeira da modernidade para tornar realidade a utopia do desenvolvimento com justiça social.

O Diário da Manhã foi parceiro do povo goiano nesse processo de crescimento. Com isenção e imparcialidade, o DM apresentou ao Brasil um Goiás que os brasileiros ainda não conheciam. Um Estado rico em possibilidades, mas ainda aprisionado pelas deficiências em infra-estrutura. Instigante e questionador, o jornal provocou o debate e trouxe à tona as bases estratégicas do novo Goiás.

Por tudo isso e muito mais, essa é uma noite de celebração da grandeza do Diário da Manhã e um tributo aos seus fiéis leitores. Há poucos dias, enviei uma carta ao amigo jornalista Batista Custódio, editor-geral do DM, cumprimentando-o pelo talento, obstinação, perseverança e espírito de luta.

Na oportunidade, disse a Batista que ele é bem mais que o idealizador, o timoneiro do Diário da Manhã. Batista é a alma, o coração e os músculos do jornal. É ele quem mantém acesa a chama do bom jornalismo. É ele quem guia a Redação nos momentos de tempestade. É ele quem impulsiona e produz as mudanças.

Batista não faz a história. Ele é a própria história, que se materializa no dia-a-dia nas páginas do DM.

Mas um grande jornal é feito a muitas mãos. Mãos talentosas, firmes, mãos que não se cansam em lapidar os fatos, de buscar as notícias.

Quero aqui reverenciar a memória dos saudosos jornalistas Alfredo Nasser, que honradamente dá nome à sede da Assembléia Legislativa, Consuelo Nasser e Fábio Nasser, pilares intelectuais de cultura e inteligência sobre os quais se edificou a grande obra do Diário da Manhã.

Cito também Júlio Nasser e Imara Custódio, dois gigantes que ajudam Batista na ingente tarefa de colocar todos os dias o jornal nas bancar e que, com seu tino empresarial, consolidam o DM como uma moderna e avançada empresa de comunicação. A eles, o meu aplauso e reconhecimento pelo trabalho.

Não poderia encerrar esse pronunciamento sem mencionar o talento e a sensibilidade do jornalista João Bosco Bittencourt, diretor de Redação do Diário da Manhã, em nome de quem quero congratular-me com todos os diretores, editores, repórteres, colunistas articulistas, fotógrafos e funcionários do jornal.

Encerro o meu pronunciamento agradecendo a todos os que fazem do Diário da Manhã um patrimônio riquíssimo do povo goiano, mais uma vez abraçando essa lenda viva do jornalismo brasileiro, a quem Goiás e nossa gente devem muito: o incansável guerreiro e batalhador Batista Custódio dos Santos.

Que Deus ilumine e dê vida longa ao Diário da Manhã.
Muito obrigado.

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