Jardel Sebba avalia importância da imprensa
O artigo 5º da Constituição Brasileira garante a todos os cidadãos, nascidos em nosso País ou naturalizados, o direito à informação. Somos filhos de um tempo em que a informação é bem mais que um direito, é uma necessidade inadiável como água, ar e comida.
O acesso à informação é pré-requisito para a cidadania plena. Sem informação, o cidadão permanece alheio aos seus direitos e deveres, não tem como conhecer as alegrias e desafios do seu tempo. Vive à margem da história que é cada vez mais dinâmica e não espera.
Hoje, estamos aqui para celebrar bem mais que o bicentenário da criação da imprensa no Brasil, os 40 anos de criação do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Goiás ou o primeiro centenário da criação da Associação Brasileira de Imprensa. Nos reunimos nesse plenário para homenagear homens e mulheres que trabalham dia e noite para garantir à sociedade goiana o direito à informação.
Não estou falando de seres míticos, com força sobre-humana. Mas de pessoas comuns, com defeitos e qualidades, com famílias para sustentar e contas a pagar, que enfrentam diariamente seus medos e dilemas, além de jornadas extenuantes de trabalho, para nos trazerem a informação mais correta e isenta possível.
Profissionais que reconhecem suas limitações, mas que se impõe o desafio diário de superá-las. Enfrentam um terreno profissional árido, competitivo e altamente exigente, onde o sucesso e o fracasso são públicos.
Poucos profissionais têm suas imagens tão expostas como jornalistas. Num dia, conseguem uma notícia exclusiva, que no jargão jornalístico é chamada de furo, e tocam o paraíso. No outro, são surpreendidos por um furo de um concorrente ou cometem um pequeno deslize e sentem o peso da cobrança dos chefes, colegas e de toda a sociedade.
Mas não é o juízo dos seus pares o que esses profissionais mais temem. Jornalistas, por natureza, têm a autocrítica aguçada, não aceitam menos que a perfeição.
Para ser considerado jornalista, o profissional precisa de um diploma universitário e atuar em algum veículo de comunicação. Para se destacar nessa profissão tão competitiva, é preciso bem mais. Conhecimento profundo, ética, capacidade de cativar a confiança das fontes são alguns dos requisitos. Mas é preciso também ter paixão pela informação, perseverança, alguma inspiração e muita transpiração. Nenhuma boa reportagem cai do céu de presente.
A imprensa goiana e brasileira tem catalisado mudanças, tem ajudado a forjar uma nova consciência, a difundir valores democráticos. Vocês são os artífices desse processo que tem culminado no desenvolvimento intelectual da nossa gente.
Obrigado. Em meu nome e de toda a sociedade goiana, meus mais sinceros agradecimentos.