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Evandro Magal enumera ações da Polícia Militar

04 de Agosto de 2008 às 16:14
Discurso proferido pelo deputado Evandro Magal (PSDB) durante a sessão especial que prestou homenagem aos 150 anos da Polícia Militar do Estado de Goiás. (Sessão realizada em 04.08.2008).

É com alegria que subo a tribuna desta Casa hoje para celebrarmos os 150 anos da Polícia Militar do Estado de Goiás.

Falar desta corporação muito me honra, por tamanha grandiosidade é nossa polícia. Uma polícia composta por homens e mulheres que não fogem a luta. Que são parceiros do Governo do Estado e da população.

O trabalho de nossa gloriosa Polícia Militar vai além de suas atribuições, nas funções de zelar pela segurança pública do Estado e o bem estar da população, nos momentos delicados na administração estadual, nossos homens fardados não fazem-se de rogados.

Recordo-me nos anos 80/90 quando os motoristas do transporte coletivo de Goiânia em greve paralisaram as suas atividades. Os policiais foram para as ruas e dirigiram os ônibus, para que a população não ficasse prejudica.

Outro episódio também que merece destaque foi a greve dos trabalhadores da limpeza urbana da cidade. Novamente nossos policiais não se curvaram e como demonstração de homens públicos e braço direito do Governo, eles novamente foram para as ruas da Capital  dirigem os caminhões  da coleta de lixo, aulixiando na limpeza pública.

Ao falar da Polícia Militar não poderíamos deixar de ressaltar um dos episódios mais marcantes da história dessa milícia que teve repercussão nacional e internacional.

O acidente radioativo com o césio 137, ocorrido no ano de 1987. Na noite do acidente foram inúmeros polícias que sem saber a gravidade do acidente, arregaçaram as mangas e auxiliaram no trabalho com o transporte das famílias da região.

Um exemplo desses policiais que trabalharam na ocasião é no nosso capitão Sérgio que hoje responde pela assessoria de comunicação da Polícia Militar.

E as glórias do trabalho da Polícia Militar do estado de Goiás, não param por ai, ficaria a noite inteira citando exemplos competentes dessa Polícia.

Mas não poderia deixar de falar do recente trabalho dos homens da Rotam que conseguiram prender o acusado de assassinar a inglesa Cara Marie Burg, de 17 anos.

Operação comandada pelo major Claúdio de Oliveira Filho, comandante da Rotam.
Mohammed Dali Carvalho dos Santos, que confessou ter matado e esquartejado a jovem inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, tentou subornar os policiais da Rotam oferecendo r$ 70 mil reais para que os militares o deixassem livre.

A PM gravou o diálogo entre Mohammed e os policiais, que afirmaram que, para eles, a maior recompensa era vê-lo atrás das grades. E esses exemplos de seriedade da Polícia Militar do Estado de Goiás, é que fazem com que esta corporação chegasse aos 150 anos de existência.

Existência que começou no dia 28 de julho de 1858, quando o então presidente da província de Goyaz, dr. Januário da Gama Cerqueira, sancionou a resolução nº 13, criando a Força Policial de Goyaz, com ação limitada à capital da província (Vila Boa), fixando seu efetivo em: 1 tenente João Pereira de Abreu, alferes Aquiles Cardoso de Almeida e alferes Antônio Xavier Nunes da Silva, 2 sargentos, 1 furiel e 41 praças. 

Com a criação da força policial, vários civis foram contratados para o policiamento local. Sem qualquer instrução, com disciplina precária, eles não possuíam qualquer garantia e só recebiam do Governo uma pequena diária e ajuda de custo. Usavam como arma apenas um pedaço roliço de madeira (tipo cassetete), que representava o símbolo do poder da Justiça e podiam ser indicados na hora de efetuar uma prisão ou diligência, ou defender alguém de uma agressão. Sem fardamento, nem armas privativas, eles passavam posteriormente a ser escolhidos pelas demonstrações de coragem e por critérios estabelecidos pelos próprios delegados. 

Para sediar a força policial foi adquirida pela fazenda provincial, em junho de 1863, uma área de 724m², comprados dos herdeiros do finado coronel João Nunes da Silva, destinada à construção do primeiro quartel da Força Policial de Goyaz, que abrigou o comando da corporação de 1863 á 1936, e atualmente é a sede do 6º BPM na cidade de Goiás. Os anos se passaram e nossa força policial começou a ter uma participação ampliada de casualidades que surgiram na região Centro-Oeste.

Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso, tendo assim uma guerra entre as províncias. A participação dos recrutas goianos nesta guerra, foi importantíssima, apesar de não terem enfrentado os invasores paraguaios. Eles eram encarregados do fornecimento de víveres às tropas estabelecidas às margens do rio Coxim, além de abastecer os diversos acampamentos distribuídos ao Sul e ao Norte de Mato Grosso.

Novas propostas foram surgindo. Em 1893, foi criada a banda de música, no comando do major honorário do Exército João Maria Berquó e sob a direção do alferes da guarda nacional Joaquim Santana Marques, seu primeiro regente, que comandava uma banda formada, em grande parte, por integrante da antiga banda de música da Guarda Nacional e por músicos de cidades vizinhas como Jaraguá, Pirenópolis e Corumbá.

Por volta de 1898, a direção da banda de música passou para o mestre Braz de Arruda, substituído algum tempo depois por seu discípulo João Rodrigues de Araújo, o mestre Araújo, que permaneceu no cargo até 1933. 

A proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos estados e, conseqüentemente, às policias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova constituição. Com o aumento da produção econômica de Goiás, nas primeiras décadas do século XX, tudo se transformou e em conseqüência dessas mudanças a polícia goiana, antes denominada Força Policial de Goyaz, foi totalmente reestruturada passando a ser chamada Polícia Militar do Estado de Goiás. 

A história da Polícia Militar do Estado de Goiás apresentou grande crescimento ao longo dos 150 anos de existência, se tornando “patrimônio dos goianos”, e para essa evolução foi necessário o aumento constante do efetivo que gerou a criação de várias unidades na capital e interior. 

Já no governo de Marconi Perillo, no “Tempo Novo”, foi elaborado um estudo aprofundado da descentralização de comandos que resultou a aprovação da nova metodologia de comando na corporação e foi decretado de imediato a descentralização do comando de policiamento do interior e da capital.  Os antigos CPI e CPM se dividiram em comandos regionais. A descentralização em regionais permite que a política do Comando Geral da Polícia Militar seja transmitida com maior agilidade, e os problemas sejam detectados e administrados de acordo com as necessidades, tratando especificamente e prioritariamente cada situação na medida exata e com as providências necessárias e atuantes. 

Esta forma de descentralizar o comando operacional dá ao coronel o poder de decisão e ao mesmo tempo agiliza a resolução de quaisquer questões na sua área de atuação, foi um passo para a modernidade ocasionando a segurança pública para os goianos com mais qualidade.

Hoje existem 14 comandos regionais, 07 unidades de ensino e 12 unidades de apoio em todo o estado de Goiás. O maior patrimônio de uma instituição é a confiança que transmite a quem a ela recorre e a nossa Polícia Militar apresenta esse atributo, frutos de uma tradição secular recheada por um trabalho intenso, árduo e competente para a garantia da segurança e da cidadania. A Polícia Militar do estado de Goiás é dona de uma história que a dignifica e com isso é motivo de orgulho a sociedade goiana que com ela convive.

Em 28 de julho de 2008 ao completar 150 anos de existência, a milícia goiana disciplinada e dinâmica, tem como objetivo principal à apresentação de méritos, a protagonizar importante página da história da civilização do nosso Estado.

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