Wagner Guimarães traça perfil do homenageado
Prezados deputados.Demais convidados, Esta é uma solenidade de homenagem a uma importante autoridade nacional, uma distinta e respeitada personalidade, mas quero, antes de iniciar o discurso sobre a vida do homenageado, dizer da minha profunda deferência e reconhecimento quanto ao maior guardião da soberania nacional, o nosso principal fator de integração territorial, e por que não também àquele empenhado em resolver demandas sociais, em apoiar a defesa civil e dar suporte ao desenvolvimento estratégico do país: o exército brasileiro, muito bem representado aqui esta noite.
Excelentíssimo homenageado, general-de-divisão Adhemar da Costa Machado Filho, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, porta-voz do Exército brasileiro. Familiares e amigos, senhoras e senhores, prezados convidados, boa noite!
É com imensa honra que hoje o Legislativo goiano presta homenagem a uma personalidade que se destaca no tempo por seu papel no Exército, no Brasil e também em Goiás. O general-de-divisão Adhemar da Costa Machado filho é possuidor de um comprometimento que o faz digno das honras deste Poder Legislativo e que neste momento me inspira a conceder-lhe este título. Aproveito para agradecer a aquiescência de todos os nossos colegas deputados.
Este paulista de Caçapava, nascido a 05 (cinco) de agosto de 1950, foi criado em Curitiba e, em 1970, aos 19 anos, passou a incorporar as fileiras do Exército pela Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro. É declarado aspirante-a-oficial da arma de infantaria em dezembro de 1973, para, a partir de então, traçar a brilhante carreira que tenho o prazer de expor resumidamente.
Depois de concluir o curso na Academia das Agulhas Negras, retorna para servir em São Paulo, mas logo, em 1976, é transferido para Brasília. Da capital federal, volta à Resende, Rio de Janeiro, para ser instrutor na Academia Militar. Vai para a capital do Rio no início dos anos 80, depois para Maceió, e finalmente retorna ao Rio, para a escola de aperfeiçoamento de oficiais. Em seguida, conclui o curso de Estado-maior na escola de comando e estado-maior do Exército, no início dos anos 90.
Como oficial-superior: serviu no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul; na então Casa Militar da presidência da República em Brasília; na missão militar brasileira de instrução no Paraguai; e em 1993 volta como adjunto no centro de comunicação social do Exército. Atua no então gabinete do Ministro do Exército, em Brasília.
Adhemar da Costa Machado Filho foi instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior e assistente do chefe do Estado-Maior do Exército.
Em 1996 encara o maior desafio de sua vida: assume o comando do 62º (sexagésimo segundo) Batalhão de Infantaria Motorizado, em Joinville, Santa Catarina, que integra, no biênio 1996-1997, o Batalhão de Força de Paz em Angola, na África. Juntamente com tropas militares de 33 (trinta e três) nações sob o comando da Organização das Nações Unidas, a ONU, o Brasil é representado pelo 62º batalhão, comandado por nosso homenageado desta noite.
Foram 07 (sete) meses de permanência em Kuíto, capital da província do Bié, no centro de Angola, enfrentando adversidades, ajudando os irmãos angolanos, mutilados e sofridos pelas guerras, a reestabelecerem sua integração e retribuindo o carinho sempre dispensado por aquele país ao Brasil.
Sei que muito lhe orgulha, general, ter comando esta operação de paz. Mas saiba que também muito orgulha e conforta os brasileiros saberem da existência de homens como vossa excelência na guarda da nossa paz e da nossa capacidade em ajudar os outros países.
Adhemar da Costa Machado Filho foi promovido a general em 2003. Como oficial-general foi comandante da 14ª (décima quarta) Brigada de Infantaria Motorizada em Florianópolis, Santa Catarina; chefe do gabinete de planejamento e gestão do Departamento-Geral do Pessoal (DGP); e comandante da 11ª região militar, que assiste 04 (quatro) estados: Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. Foi nesta ocasião que teve oportunidade de estabelecer laços com goianos de Cristalina, Rio Verde, Jataí, Ipameri, Catalão, Iporá e Goiânia.
Nosso homenageado possui como principais condecorações:
- medalha militar de ouro;
- medalha do pacificador;
- ordem do mérito militar no grau de comendador;
- medalha das nações unidas, a Unavem III;
- distintivo de comando dourado;
- ordem do mérito aeronáutico;
- medalha de comando do Paraguai;
Depois de apresentado este currículo e justificada a concessão do título de cidadão goiano, eu gostaria de pedir permissão ao excelentíssimo general Adhemar para dizer alguma coisa que talvez fuja à formalidade da solenidade, mas que tem uma importância pessoal para mim, e sei que também muito representa para ele. Me refiro ao general-de-exército Adhemar da Costa Machado, pai do nosso homenageado e meu comandante no Batalhão da Guarda Presidencial, quando servi ao Exército, em 1967.
Lembro-me com precisão e nitidez do dia em que fui designado para buscar o general Adhemar no aeroporto de Brasília, para que ele assumisse o comando da Guarda Presidencial. Foi meu primeiro contato com um então coronel do Exército. Me tornei motorista do comandante e tive, com isso, a oportunidade de alimentar uma admiração pela pessoa do general Adhemar que, posso dizer, carrego até hoje comigo. Acabei conhecendo sua família, a senhora Dione Pompéia Machado, mãe do nosso homenageado, todas as suas filhas e filhos, por quem também guardo a mais elevada estima.
À memória do general Adhemar da Costa Machado e da senhora Dione Machado, gostaria de também poder oferecer esta homenagem.
Senhor presidente, nobres colegas deputados e deputadas, senhoras e senhores, caros convidados, a trajetória vitoriosa do general-de-divisão Adhemar da Costa Machado Filho honra-nos a conferir-lhe o título de cidadão goiano, como reconhecimento a um brasileiro notável.
Muito obrigado.