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Romilton Moraes presta homenagem a engenheiros e arquitetos

12 de Dezembro de 2008 às 09:09
Discurso proferido pelo deputado Romilton Moraes (PMDB) em sessão especial em homenagem a engenheiros e arquitetos. (12.112.2008).

Prezados Senhores,
Prezadas Senhoras,

Nós na Assembléia Legislativa fazemos questão de reconhecer o trabalho daqueles profissionais que foram destaques na Engenharia, Arquitetura e profissionais afins do Estado de Goiás.

Lembranças e homenagens muito justas.

Pergunto-me sempre o que é o trabalho de um engenheiro. As respostas são múltiplas. Poderia passar horas aqui citando exemplos. Em cada estrada nova que é aberta neste Estado e em todo o Brasil tem a mão de um engenheiro. Também nas ferrovias, nos portos, aeroportos, nos terminais rodoviários de passageiros. Na ligação entre dois pontos separados pelas águas de um rio, ou pelo braço do mar.

Sim, senhoras e senhores, para todos os lugares que olhamos, vemos o trabalho dos nossos engenheiros goianos e brasileiros. Em praticamente tudo o que o ser humano consegue construir. Desde uma casa simples, bem estruturada, até mansões maravilhosas e imponentes. Desde pequenos conjuntos habitacionais até arranha-céus de grande porte. De postos de saúde a hospitais. Enfim, em todos os aspectos da necessidade humana de criar, crescer, progredir, viver melhor e com mais conforto, há a figura do engenheiro.

Então, quando me pergunto sobre o trabalho do engenheiro, concluo que somos, em todos os aspectos da vida humana, idealizadores e realizadores de uma vida melhor para todos.

A comemoração do dia de hoje, 11 de dezembro, coincide com a data em que, há 75 anos, era instituído no Brasil o decreto que regulamentou as profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor.

Particularmente, para nós goianos, é uma data e uma comemoração extremamente oportunas. Goiás apresenta atualmente um dos maiores índices de crescimento do Brasil. E nisso estão as mãos de nossos engenheiros. Seja na mata fechada, orientando a abertura de novas estradas, seja na edificação de novas moradias, parques, hospitais, lojas comerciais e indústrias.

E a qualidade dos serviços de engenharia dos goianos tem reconhecimento nacional e internacional. Seus profissionais estão entre os mais bem conceituados de todo o mercado de trabalho por uma característica sem igual: de construir mais, com melhor segurança, e com custos proporcionalmente cada vez menores.

Não estamos, nós goianos, sozinhos dentro desse contexto de qualidade. A engenharia brasileira está hoje erguendo o progresso e a modernização em dezenas e dezenas de países de todo o mundo. E isso nos enche de orgulho.

Não um orgulho filho da soberba, da arrogância. Mas a satisfação de pertencer a uma categoria profissional que tem feito muito por Goiás, pelos goianos, por todos os brasileiros, e até para vários povos do mundo.

Sempre foi assim. A saga do ser humano neste planeta seria outra, incalculadamente pior, sem nexo, sem eixo, se não fosse a Engenharia. Desde os primórdios da Idade da Pedra, passando pela revolução industrial e até os dias de hoje, em plena era da Globalização, são os engenheiros que, com espírito prático e conhecimento técnico, ajudam a humanidade na sua árdua tarefa evolutiva. Há engenharia naquele rude homem das cavernas, que, com sua capacidade de observação, adaptou a natureza para extrair dela instrumentos de trabalho feitos com pedra. E hoje, são os engenheiros que, com toda a ciência acumulada pelas diversas formas de conhecimento humano, sintetizam um modo seguro de evolução.

Empolgo-me quando falo sobre a Engenharia e os engenheiros. Poderia citar as magnitudes erguidas na Idade Média, com cidades-monumentos, como a Roma Antiga. Mas posso falar também sobre o privilégio brasileiro de ter feito esse monumento-cidade chamada Brasília. Ou esta confortável pequena metrópole chamada Goiânia.

Empolgo-me também quando vejo que esta é uma categoria com responsabilidade social cada vez mais sedimentada, alicerçada pelo fato de sua enorme necessidade para a qualidade de vida de todas as pessoas. E cito aqui, como grande exemplo dessa forma de responsabilidade social dos engenheiros, arquitetos e agronomos e de suas entidades, a assistência técnica oferecida gratuitamente através do Confea e dos Conselhos Regionais com seus programas de engenharia e arquitetura pública, onde o cidadão que não tem condições de pagar pelos serviços desses profissionais, recebe assistência responsável para erguer a sua casa e abrigar sua família.

Sim, senhoras e senhores, este é um dia especial. Pela data, pela homenagem que se presta aos engenheiros, pela oportunidade honrosa que a Assembléia Legislativa de Goiás tem de receber pessoas como OS LAUREADOS COM A COMENDA PEDRO LUDOVICO, e entregar a cada um a mais alta distinção honorífica concedida por esta Casa de Leis.

Esta não é uma confraternização entre amigos e companheiros. É um momento solene em que esta Casa recebe os formadores de vidas mais felizes. E que fique registrado nos anais desta Assembléia Legislativa que, neste dia, o Poder Legislativo de Goiás teve o privilégio de receber e homenagear, com muita justiça, cada um de vocês.

Mas, nesta sessão, além de conferir a Medalha “Pedro Ludovico” a uma plêiade de engenheiros notáveis, temos também a satisfação de entregar o Título de Cidadão Goiano ao presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado de Goiás, engenheiro agrônomo Francisco Antonio Silva de Almeida.

Filho de família tradicionalmente política no Estado, Francisco Almeida participou ativamente na sua juventude, nas décadas de 70/80, pelo estabelecimento da democracia plena no Brasil. Como estudante de engenharia agronômica.

Teve intensa participação na política estudantil. Foi por dois mandatos presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Goiás. Foi chefe de gabinete da Secretária de Planejamento do Estado de Goiás no Governo Henrique Santillo.

Envolvido com atividades classistas desde jovem, Francisco de Almeida sempre lutou pelo reconhecimento do profissional vinculado ao Sistema Confea/Crea. Sua participação no CREA de Goiás começou aos 23 anos, indicado pela Associação dos Engenheiros Agrônomos, para ser conselheiro. Ocupou esta missão honorífica por três mandatos. A garra de Francisco de Almeida foi determinante para se tornar o primeiro Engenheiro Agrônomo eleito para a presidência do Crea-GO, em 2002, com 62% dos votos válidos.

Com o objetivo de facilitar o acesso de pessoas de baixa renda às tecnologias utilizadas na construção civil, lançou, em 2005, o Programa Casa Própria. Além disso, em 2006, o Crea-GO tornou-se pioneiro ao lançar o Guia de Acessibilidade, publicação que mensura e informa o nível de adaptações que os estabelecimentos de Goiânia oferecem às pessoas com deficiência.

Sob sua gestão, o Conselho também promoveu audiências públicas; Inspeções Preventivas Integradas — IPIs — como por exemplo, nas escolas estaduais e no estádio Serra Dourada; convênios com diversas entidades; e o também pioneiro Projeto de Vistoria Cautelar, que oferece à comunidade laudos de vistoria nas edificações limítrofes a uma obra, caracterizando seu estado de conservação e estabilidade, sem ônus. Outro fruto de sua administração é o Prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente, que este ano chega a sua sétima edição e já se
consolida como o maior e mais importante evento ambiental realizado no Estado, cumprindo o papel de reconhecer e de homenagear todos aqueles que lutam pela preservação, defesa ou conservação do meio ambiente.


A carreira de Francisco de Almeida sempre foi moldada na ética, na responsabilidade e na defesa dos interesses da sociedade. É por isso e pelos serviços prestados a Goiás, que ele, a partir de hoje, se irmana com todos nós na condição de Cidadão Goiano de fato e de direito.

Muito obrigado.

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