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Vanuza Valadares presta homenagem ao Ibama

28 de Abril de 2009 às 16:50
Discurso da deputada Vanuza Valadares (PSC) proferido na sessão especial que prestou homenagem aos 20 anos de atuação do Ibama.
Cumprimento a todos. Nobres parlamentares, autoridades aqui presentes, imprensa e telespectadores da TV Assembleia.

As iniciativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama, têm especial relevância em nosso Estado. Entre elas, a campanha nacional de combate ao desmatamento da Amazônia e o comércio ilegal de madeiras, que se estendeu ao Estado de Goiás. A ação resultou no fechamento de uma madeireira localizada em Aparecida de Goiânia. À época, o superintendente do Ibama em Goiás, Ary Soares dos Santos, destacou como alvos prioritários sete empresas suspeitas de manter em depósito madeira ilegal. Destacou, ainda, que todas as madeireiras e lojas de material de construção da Capital seriam fiscalizadas.

Paralelamente, equipes do órgão realizaram vistoria em madeireiras do interior do Estado. A ação objetivou combater o transporte, compra, venda e armazenagem irregulares de produtos e subprodutos florestais provenientes da Amazônia Legal e do Cerrado brasileiro.

Ressalto que o ato realizado hoje nesta Casa representa o esforço do Ibama em estabelecer o diálogo entre os parlamentares, as autoridades e a sociedade civil. Trabalho que, sem dúvida, redundará em ações concretas de preservação ambiental. Pensar ações que visem à manutenção do bioma Cerrado tem sido a tônica do Ibama em Goiás, iniciativa que conta com o nosso apoio.

Como presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia Legislativa de Goiás, entendo que a participação da sociedade em torno deste tema resulta em apoio a uma causa de extrema relevância social. E o fato de Goiânia sediar o Décimo Quinto Simpósio Ambientalista Brasileiro no Cerrado é motivo para redobrarmos nossa responsabilidade. Tanto que esta Casa, que tem como presidente o nobre deputado Helder Valin, manifesta apoio a esta louvável iniciativa.

Quero destacar o esforço da Sociedade Ambientalista Brasileira no Cerrado, hoje com a incumbência de apresentar o projeto deste simpósio. Serão contempladas e discutidas, entre outras medidas, questões como o Fundo Ambiental Municipal, que possibilitará mais autonomia aos municípios ao descentralizar ações ambientais. Com a consequente destinação do porcentual arrecadado aos municípios, para que administrem iniciativas de cunho ambiental. Fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente, o Sisnama, em Goiás é também o foco deste encontro.

Entendemos, ainda, que é necessário alterar a lei estadual número catorze mil trezentos e oitenta e quatro, do ano de dois mil. Esta lei dispõe sobre o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais. Alterada, pode se constituir em importante estratégia para o suporte financeiro da gestão municipal.

Feita esta observação, entendo que é urgente o debate de temas ambientais, que já ocupam o centro das discussões em todo o mundo. Não é muito dizer que o fenômeno do aquecimento global está entre os principais assuntos da imprensa mundial e já desperta preocupação em Goiás. Desse modo, a proposta deste simpósio nos leva a reflexões aprofundadas acerca do impacto das nossas decisões neste planeta. Esperamos, portanto, sensibilidade das autoridades e nobres parlamentares em torno desta causa, que é justa, oportuna e nobre.

Destaco a referência feita pelo jornalista e ambientalista Washington Novaes, em artigo publicado no último dia 17, no jornal O Estado de São Paulo.

Abre aspas: “É preciso repetir e repetir: o Brasil é o que o mundo todo deseja, território continental, sol o ano todo, de quinze a vinte por cento da biodiversidade planetária, doze por cento dos recursos hídricos, a possibilidade de energia ‘limpa’, com hidreletricidade, biomassas, energia eólica, solar e das marés. Mas caminhamos na contramão.

Desprezamos a conservação de recursos, queremos legislação que favoreça o desmatamento e a ocupação de áreas de preservação permanente. Damos prioridade a termoelétricas caras e poluidoras”.

Obrigada pela atenção de todos 
 

 

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