Meus caros companheiros e companheiras de profissão, amigos e amigas de convivência e de lutas,

O Brasil comemora hoje o dia do Engenheiro e do Arquiteto e sempre nesta data, como deputado estadual e engenheiro, faço questão de estender as comemorações e homenagens aos arquitetos, agrônomos, agrimensores e todos os demais profissionais afins.

É uma lembrança e uma homenagem justíssima, uma data que se inscreve entre as mais significativas do calendário nacional, ao marcar o reconhecimento que o Brasil presta anualmente a uma das categorias profissionais mais importantes.

O dia de hoje, convém lembrar, foi escolhido justamente em alusão ao decreto que regulamentou as profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, em 11 de dezembro de 1933, o que significa uma história profissional que vai além dos 70 anos.

Setenta anos, mas sem esquecer que o Brasil, desde o século 16, contou com obras típicas de engenharia para a construção passo a passo do desenvolvimento nacional. E contou em escala crescente, até que, no século 19, foram vencidos desafios e realizadas conquistas maravilhosas em matéria de engenharia rodoviária, ferroviária e de construção civil, com obras de arte de extraordinária beleza e complexidade conferindo ao nosso país um lugar de honra no pódio das nações em crescimento acelerado.

Goiânia e Brasília, construídas como cidades planejadas, são exemplos marcantes do trabalho e da dedicação da nossa categoria profissional. Graças à presença de uma orientação qualificada, desde os primeiros tijolos assentados, desde as primeiras ruas traçadas, até hoje essas duas metrópoles suportam as pressões do crescimento e garantem as seus moradores condições de vida superiores às cidades que nasceram e se espandiram desordenadamente.

Sim, senhoras e senhores, para todos os lugares que olhamos, vemos o trabalho dos nossos engenheiros goianos e brasileiros. Em praticamente tudo o que o ser humano consegue construir.

Desde uma casa simples, bem estruturada, até mansões maravilhosas e imponentes. Desde pequenos conjuntos habitacionais até arranha-céus de grande porte. De postos de saúde a hospitais. De calçadas a portentosas rodovias. Enfim, em todos os aspectos da necessidade humana de criar, crescer, progredir, viver melhor e com mais conforto, há a figura do engenheiro.

Agora mesmo, com a histórica decisão de se realizar no Brasil os jogos da Copa do Mundo, em 2014, e as provas das Olimpíadas, em 2016, serão engenheiros e arquitetos os responsáveis pelas obras que irão permitir esse grande passo que o nosso país irá dar para se avultar ainda mais no contexto das nações e dos povos do mundo.

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás reúne-se hoje, portanto, para registrar a importância desses profissionais no processo de desenvolvimento nacional. O Brasil é hoje uma referência mundial da qualidade em sua engenharia e arquitetura, com exemplos que chamam a atenção do mundo, a começar pela própria capital federal, a cidade de Brasília, patrimônio cultural da humanidade, um dos projetos mais arrojados do mundo no que diz respeito a urbanismo e arquitetura, materializado pela genialidade de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Mas, senhoras e senhores, um país como o Brasil, de dimensões continentais, com graves diferenças sociais, não pode ver a sua economia crescer amparada apenas no consumo de bens e serviços. O desenvolvimento brasileiro, para ter solidez, tem de se enraizar em uma intra-estrutura à altura dos desafios que aumentam a cada dia, trazidos pela necessária ampliação do setor industrial – único caminho para a modernização da nossa economia e universalização do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da civilização.

Novamente, é uma tarefa que cabe aos engenheiros e arquitetos. Construir o crescimento da economia, neste momento estratégico da nossa história, é a grande tarefa que o destino coloca nas mãos da nossa categoria profissional e eu, mais uma vez, conteplando a pequena amostra representada pelos talentos que se reúnem neste instante aqui no plenário da Assembléia Legislativo, digo que o povo brasileiro pode ter certeza de que saberemos cumprir com as nossas responsabilidades.

O mundo se curva hoje à imperiosa necessidade de preservação do meio ambiente como garantia maior para o bem estar das gerações futuras.

Neste exato momento, 192 países encontram-se reunidos em Copenhague, através das suas lideranças políticas, buscando estabelecer um novo conceito para a vida humana sobre a face da terra, com base principalmente na redução da emissão dos gases de efeito estufa. Os objetivos da Conferência de Copenhague são ambiciosos, mas indispensáveis para que possamos minimizar os efeitos perniciosos da industrialização acelerada do planeta e da intensificação das atividades econômicas em todo o globo.

Da maneira urgente como se coloca hoje, a questão do clima terá solução, sim, mas sem dúvida nenhuma, novamente, por via do trabalho dos profissionais de Engenharia.

A agenda que se impõe, a partir do alerta de Copenhague, é a da redução imediata dos gases de efeito estufa jogados na atmosfera, mediante uma extensa pauta de compromissos ambientais que em última análise será arbitrada pelos engenheiros de profissionais afins. Como eu disse, meus prezados companheiros, a nossa responsabilidade, que já era grande, estará se tornando maior ainda.

Nossa categoria mostra também para todas as profissões o exemplo da união para avançar e garantir as suas conquistas. Quando necessário, sabemos também assumir posições firmes e participar do debate político como uma forma de coesão e mobilização em torno de objetivos comuns.

Porém, efetivamente, o que congrega a classe é a busca permanente do aprimoramento científico e do avanço tecnológico, assegurando a infra-estrutura para o desenvolvimento do país e para o bem estar do nosso povo – a razão fundamental da trajetória vitoriosa da engenharia brasileira.

Como engenheiro, sinto no peito o orgulho de participar dessa realidade, onde se firma a crença de que, aos profissionais da nossa classe, cabe não apenas uma ou outra etapa, mas apresentar soluções globais, que vão do planejamento até a execução numa permanente manifestação de competência em favor da sociedade como um todo.

Assim, nada mais justo que o reconhecimento da Assembléea aos engenheiros, aos arquitetos, aos agrônomos e outros profissionais afins, neste seu dia, ressaltando a sua importância para a melhor qualidade de vida dos brasileiros, seja pela estabilidade das edificações, pontes, viadutos, usinas e outras obras de porte, seja pelas ações de saneamento ambiental, ou, ainda, na segurança da circulação de pessoas e mercadorias.

A maior riqueza de Goiás é o seu patrimônio humano. E eis aqui, neste plenário, mais uma prova dessa verdade incontestável. Sim, senhoras e senhores, este é um dia especial. Pela data, pela homenagem que se presta aos engenheiros, pela oportunidade honrosa que a Assembleia Legislativa de Goiás tem de entregar a mais alta distinção honorífica concedida por esta Casa de Leis a profissionais de destaque.

A todos os homenageados com a Medalha do Mérito Legislativo “Pedro Ludovico Teixeira” quero, mais uma vez, apresentar os meus cumprimentos, aproveitando ainda para parabenizar os seus familiares, partícipes da carreira que trouxe cada um a este momento de glória e reconhecimento profissional.

Saibam que a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás se sente honrada em receber tão ilustres presenças, fazendo desta tarde um momento histórico que ficará assinalado para a posteridade nos anais da Casa.

Nossa missão profissional é uma só: com a soma das ações individuais de cada um, vamos continuar trilhando sem hesitações o caminho certo, rumo ao desenvolvimento sustentado e solidário, garantindo crescimento e justiça social para o nosso Estado e para o nosso Brasil.