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Thiago Peixoto enaltece papel da UFG

16 de Abril de 2010 às 10:16
Discurso do deputado Thiago Peixoto (PMDB) proferido durante sessão especial de homenagem aos 50 anos da UFG. (16.04.2010).

Prezados deputados,

 

À primeira vista esta sessão especial em homenagem aos 50 anos da Universidade Federal de Goiás simbolizaria justamente isto: uma instituição pública que oferece ensino superior de qualidade para milhares de estudantes e que os preparam para o futuro ------ esta instituição ----- merece ---- e precisa ser reconhecida perante todos os goianos.


O senso comum esperaria isto. 


Vamos além. ----- A UFG não se tornou apenas a maior universidade pública de Goiás---- com mais de 20 mil alunos, dezenas de cursos de pós-graduação e mais de mil professores. A universidade merece nosso reconhecimento por ser um excelente centro de pesquisas, pela transformação social que promove e pelas discussões e debates que gera. 


Ao falarmos de Educação como base de uma sociedade que almeja o nível máximo de desenvolvimento, a UFG tem seu papel. Se nos debruçarmos sobre estatísticas atuais que comprovam o desenvolvimento e o progresso do nosso Estado nos últimos 50 anos, veremos que índices como aumento do Produto Interno Bruto, geração de empregos, taxa de urbanização e maior circulação de recursos atingiram patamares expressivos. 


Ao olharmos cuidadosamente para o desenvolvimento goiano precisamos enaltecer o papel da UFG como uma instituição que formou milhares de profissionais. Cada um, de sua forma e em seu tempo, tiveram e tem grande destaque na construção de Goiás.

 

Como centro de pesquisas, a Universidade Federal de Goiás consolidou-se como um pólo irradiador do conhecimento. Os laboratórios da UFG merecem destaque por fomentarem o desenvolvimento e por representarem o compromisso com a Educação, a pesquisa, a tecnologia e a capacitação profissional. 

 

Infelizmente ---- nosso estado é um dos que, proporcionalmente, menos investe em pesquisas, ciência e tecnologia. É aí----que a UFG surge como um contraponto, como um celeiro de idéias e projetos que não nos permite retroceder. E mais: serve ainda como espaço para que seus milhares de estudantes-pesquisadores retribuam a gratuidade do curso desenvolvendo ações que melhorem a vida da nossa sociedade. 

 

Como instituição que gera transformação social, nada mais ilustrativo do que a discussão das cotas raciais, debate reacendido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. Na UFG, a política de cotas raciais e sociais é uma realidade, é algo que existe na prática. 


Um tema consensual? Claro que não. Mas polêmicas e discussões acaloradas à parte, está aí uma iniciativa que gera inserção social e que, não podemos deixar de ressaltar, vem acompanhada de um caráter de esperança---uma ousada esperança--- de que o poder público chame pra si a responsabilidade de dar todas as condições para que os estudantes tenham acesso à Educação de maneira igualitária. 

 

Ainda sobre este tópico temos o UFG Reuni, programa que prevê a ampliação do ensino superior gratuíto, abrindo mais vagas para os cursos de graduação e permitindo que mais estudantes cheguem à universidade. 

 

A UFG também abraçou o projeto “Comunidade Faz Arte”, criado pelo envolvimento da população que queria freqüentar um cursinho pré-vestibular gratuito. A universidade deu o suporte necessário e ainda colaborou para que todos entendessem melhor o que significa responsabilidade social: alunos deste mesmo cursinho, quando aprovados pela UFG, comprometem-se a voltar à antiga sala de aula para ensinar os que chegaram depois deles. 

 

Como uma universidade que gera debates e discussões, nada mais apropriado que os jovens e adultos que freqüentam diariamente um dos cinco campi – dois em Goiânia e três no interior - testemunhem o quanto são provocados sobre o contraditório, o quanto são desafiados a reformular conceitos, o quanto são incitados a abandonar dogmas.

 

Talvez seja o caso de lançarmos mão aqui das palavras do professor Edevaldo Alves da Silva, que em seu texto intitulado “A força social da universidade” sabiamente disse:


"Os cidadãos de amanhã recusarão, sem dúvida, o leite das velhas ideologias. Serão amamentados pelas mães, nunca pelos Estados. Exigirão comida saudável de preferência natural. Desenvolverão novas formas de raciocínio e novos sistemas de associação de idéias. Não serão  preconceituosos. Repelirão qualquer forma de tutela, defenderão a democracia, a liberdade de imprensa, a biodiversidade; combaterão a mudança climática e a falta de água potável. Saberão que o autoritarismo deturpa a verdade e o totalitarismo cria a sua própria verdade. Terão sensibilidade e vontade para reagir à banalização da violência e da morte. 

 

A universidade tem o dever de formar os filhos do futuro".


Reafirmamos: a UFG é de todos nós. É também dos funcionários administrativos, responsáveis pela manutenção diária da instituição. Do reitor e pró-reitores, que gerenciam e planejam o dia-a-dia da universidade. Dos universitários que, há tempos, deixaram qualquer tipo de alienação e passividade de lado e, de maneira democrática, defendem a instituição e o que ela representa.

 
A UFG é também dos docentes, transmissores diretos do saber e convictos do peso que exercem na vida de cada estudante que busca o ensino superior. Faço aqui uma homenagem especial a todos eles em nome de meu pai, Professor Flávio Peixoto, que ocupou a direção do Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFG.

 

É praxe usarmos citações de filósofos, estudiosos e celebridades em discursos. Vou na contramão. Pincei declarações de dois assessores do meu gabinete que, certamente, sabem o que dizem sobre a UFG. 

 

Diz Edson Camargo, jornalista formado este ano pela universidade federal. “A UFG consegue dosar muito bem teoria e prática. Alia discussões teóricas aprofundadas em sala de aula e práticas laboratoriais de alta qualidade.”

 

Cito também as palavras de Divino Rufino Junior, estudante de Jornalismo, também na mesma universidade: “Nos últimos anos, a UFG se transformou em um grande canteiro de obras que vão além dos prédios físicos. São, na verdade, investimentos no que há de mais importante para a estrutura da sociedade: o conhecimento. É uma instituição que ainda hoje se preocupa com políticas de expansão e melhorias de sua estrutura física e principalmente da qualidade educacional.".

 

Sobre a atuação do reitor Edward Madureira, poderíamos enumerar diversos feitos como a implantação de 32 novos cursos, a ampliação de bolsas e pesquisas de extensão e a captação de 70 milhões de reais para investimento em infra-estrutura e qualificação do quadro de funcionários, além da construção do Centro de Cultura de Eventos.

 

Mais uma vez, vamos além. Vamos além dos muros da UFG, relembrando um momento recente,----aqui em Goiás---, onde presenciamos um verdadeiro ataque ao conhecimento---um atentado a prosperidade, um dia em que a ignorância nos desafiou---- e o reitor----Edward, ----aqui na Assembléia e em outros locais, lutou junto com toda UFG, e  conseguiu que a Fundação de Amparo à Pesquisa, Fapeg, não fosse extinta pelo governo do Estado. Ele também se mostrou incansável quando o Executivo articulou a diminuição do repasse de verbas para a mesma fundação. É uma das vozes mais fortes na defesa da autonomia da pesquisa em Goiás.

 

Parabéns Reitor

 

Parabéns UFG

 

Muito obrigado!

 

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