Marlúcio Pereira diz que segurança pública deve ser para todos
Prezados senhores,
Prezadas senhoras,
A segurança pública é um tema para ser lembrado todos os dias, mas hoje é sem dúvida nenhuma um dia especial. Especial porque temos aqui verdadeiros atores na promoção de uma segurança pública de qualidade, plena e que agregam uma perspectiva de paz entre os homens. O que nos move a promover uma sessão como esta é justamente por acompanhar o trabalho destes profissionais que não medem esforços para que tenhamos a segurança necessária.
Muito mais que uma singela homenagem este é um momento para reflexão, por tanto, você aí que está sentado pare um pouco e me ajude a repensar o tema segurança pública. Inicio lembrando uma velha frase de Nelsom Mandela que diz: “A segurança só para alguns é, de fato, a insegurança para todos”. Todos sabemos muito bem o que ele quis dizer. O que adianta acompanharmos o surgimento de verdadeiras fortalezas de moradia ao nosso redor, se por outro lado os mais necessitados não estão seguros?
A Segurança Pública por tanto deve ser universal, que alcance do pobre ao rico, do negro ao branco, do doutor ao menos instruído. Todos os dias fico imaginando o quanto muitos pais sofrem quando abençoam seus filhos aos saírem de casa. O tormento inicia ali, porque a dúvida se esse filho vai voltar vivo ou não, é uma triste realidade que não podemos fugir dela quando lembramos do mundo violento que nos cerca. Daí a necessidade de confiarmos no trabalho destes homens que aqui estão. Porque são profissionais que nunca mediram esforços para garantir a segurança a quem quer que seja.
Mas devemos lembrar que não é uma tarefa fácil, sobretudo porque precisamos expurgar um mal que assola nossa sociedade: as drogas. Recentemente lancei uma campanha contra o crack. Tenho acompanhado de perto os números e com muita angustia percebo que nossos jovens e adolescentes estão morrendo em câmera lenta com uso do crack. Esta droga poderosa, vicia, mata e dilacera muitos lares em nosso país e numa realidade mais próxima em Goiânia e região metropolitana.
Ela é sem dúvida, o motivo de muitas mortes, inclusive de chacinas que ocorreram aqui em Aparecida. E estes homens que aqui estão muitas vezes duelam com um inimigo sem rosto, sem cor, sem forma. Sujeitam-se há horas excessivas de trabalho, têm pouco tempo para a família e a remuneração muitas vezes não é o suficiente para que eles tenham uma melhor qualidade de vida.
E peço a atenção de vocês aqui presentes para analisaremos mais outro ponto importante. Afinal, a Segurança Pública é feita apenas de homens armados? Fardados? Não. Não é não. Promover a Segurança Pública é oferecer uma boa educação, saúde ao alcance de todos, acesso ao esporte, ao lazer. Porque quando estamos imbuídos em projetos como estes, tiramos nossas crianças das ruas, educamos e ocupamos seu tempo com atividades que os deixam longe da marginalidade.
A Polícia Militar sozinha não pode resolver todas estas questões, mas antes de encerrar não poderia esquecer de citar um projeto que tem mudado a forma de repensar a Segurança Pública. O Polícia Comunitária. Sem dúvida este é um projeto que de fato conseguiu aproximar a população da polícia. Aqui em Aparecida temos ótimos exemplos. Hoje a comunidade tem o telefone celular da viatura de sua região e em qualquer eventualidade aciona o socorro. Também não poderia me esquecer do Proerd que abriu os olhos de nossas crianças nas escolas sobre o perigo da drogas.
Hoje é um dia sim de festa para nós, mas também o momento para dizer que precisamos de uma polícia mais bem preparada, bem remunerada, bem armada e sempre pronta para o combate, mas um combate que não depende só deles, mas de todo o poder público para que não jogue no colo da policia nossas maiores mazelas sociais.
Quero aqui agradecer todos vocês pela presença e dizer que está homenagem é pequena se comparado ao trabalho destes homens. Que Deus os abençõe e os iluminem e os protejam sempre para continuar nos protegendo. Muito obrigado!
,