Prezados senhores,
Prezadas senhoras,

Hoje, neste dia, 30 de maio, mais especificamente, estamos comemorando a criação da Associação Profissional dos Geólogos do Centro- Oeste – APEGO- com esta singela homenagem, onde buscamos aqueles profissionais que vêm, ao longo de suas vidas, se destacando no exercício da importante profissão de geologia, em nosso Estado. Vossas Senhorias têm feito a história da geologia, sobretudo, em um Estado que tem uma importância mineral tão grande como o Estado de Goiás. A terceira província mineral em nosso País, um Estado que deve a sua ocupação,  a sua história, Presidente Nasser Bittar, a ocupação do ser humano em busca de recursos minerais, em busca do ouro. 

Todos nós conhecemos a história de nosso Estado e sabemos que o deslocamento em direção ao Oeste de nosso País foi em busca das riquezas minerais. O Brasil é este gigante que é devido à busca por recursos minerais consolidou esta nação continental.

Os geólogos sempre tiveram, quer sejam os geólogos práticos do passado, quer sejam aqueles do presente que utilizam de recursos mais modernos de auxílio à pesquisa, de informações, a busca do mapeamento geológico, tiveram e têm importância capital da consolidação da economia goiana  do Centro- Oeste de nosso País. Não é à toa que Goiás desfruta aí da posição invejável de ser o primeiro em potencial de níquel e cobalto neste País.

O primeiro em amianto, o primeiro em crisotila, o primeiro em amianto, o primeiro em crisotila, o primeiro em verniculeta. Não é a toa, não é sem outra razão, senão pela atuação dos profissionais ligados à Geologia, à Engenharia de Minas, aos empreendedores ligados aos negócios dessa natureza. Que Goiás, hoje, Presidente Honor Cruvinel, desfruta da posição de segunda em potencial de fosfato, segunda em ouro e, talvez, expressivas fontes da economia goiana, até formadora de opinião, não tem esta imagem, não possui esta informação. 

A economia goiana não seria a economia que é hoje se não fosse a viabilização, podemos dizer assim, dos seus recursos minerais, dos seus empreendimentos minerais. Muitas províncias importantes: Catalão, Crixás e tantas outras espalhadas pelo Estado, não fosse a ação vigorosa e firme dos geólogos, engenheiros de minas, dos profissionais ligados a essas áreas.  Certamente, Deputado Afreni, não desfrutaria da posição invejável de ser aí um dos principais produtores de grãos.

A agricultura é extremamente desenvolvida em Goiás, nas suas mais diversas maneiras de manifestação. Desde a soja, que veio com a ocupação do cerrado, não fossem os profissionais de geologia mapeando, descobrindo, viabilizando jazidas de calcários importantes no nosso Estado, fazendo pesquisas, não fossem vossas senhorias que aqui representam esta categoria importante e expressiva de profissionais, certamente, teria faltado o fosfato, o calcário para a correção do solo e que Goiás pudesse desfrutar do índice de produtividade, como em certas regiões, como Chapadão do Céu, superiores até às médias americanas. 

É claro que nós sempre estaremos lutando para aprimorar mais, temos muito ainda o que fazer. Goiás ainda precisa aprofundar os seus conhecimentos nos recursos do seu subsolo. Precisamos investir mais, precisamos ter instituições que vêm se complementar com DNPN, que vêm se complementar com as organizações ligadas aos recursos minerais para que possamos ter e contar com instituições que possam manter a cultura geológica, as informações geológicas necessárias para que esses dados possam ser trabalhados adequadamente, estimulando empreendimentos, buscando fazer debates para fazermos os ajustes, inclusive, de natureza tributária.  

Lembrava há pouco o que disse o Presidente Nasser Bittar que, na Índia, houve um salto de produtos industrializados ligados a bens minerais, justamente porque lá foram feitos alguns ajustes tributários. Eles tributaram pesadamente a produção de commodities de origens minerais, seus bens primários e, por outro lado, deram incentivos para que a indústria agregasse valor industrial ao seu produto, tendo a desoneração tributária. De tal sorte que o produto industrializado tem, na Índia, uma carga tributária não significativa, estimulando a alavancagem industrial.  

Secretário Oton Nascimento, reconhecemos o trabalho de Vossa Excelência, que é ligado a área de tecnologia, engenharia, que tem uma larga folha de serviço prestado ao nosso Estado nessa área. Vossa Excelência tem dado uma expressiva contribuição frente à Secretaria de Planejamento.  Certamente nossas metas são cada vez mais arrojadas, porque a economia demanda isso.

O País precisa usufruir de seus recursos minerais. Se não fossem as ações de Vossas Senhorias, um conjunto de profissionais, que hoje, desfrutam de prestígio internacional, Nasser Bittar, certamente o Brasil não estaria falando para o mundo todo de sua auto-suficiência de petróleo, o Brasil não estaria dizendo que sairemos da posição de importador de produtos de petróleo para sermos exportadores de produto de petróleo.

Esses são os profissionais de geologia que temos em Goiás. Goiás deve demais a Vossas Senhorias, a cada um de vocês, em suas esferas de atuação, no seu trabalho do dia-a-dia, quer seja nas suas entidades de classe, quer seja no centro de tecnologia mineral.  

Saúdo o Presidente Nelson Guzzo, Presidente da METAGO, e digo que também tive o prazer de presidir aquela importante empresa.  Na época que fui Presidente o Bittar era Diretor daquela importante Instituição. Vossa Excelência depois veio a ser Presidente, na época integrava o nosso staff de assessoria.  

Vejo aqui a Dalva que trabalhou conosco na METAGO, que veio dos Estados Unidos para participar desta Solenidade em reconhecimento a muitos colegas, muitos amigos que estão aqui, hoje, recebendo esta justa homenagem. Aqueles profissionais ali anônimos, meses no campo, enfrentando, às vezes, as diversidades extremamente incompreensíveis. 

Lembro-me, Bittar, que naquela época a METAGO conseguiu bloquear uma grande jazida de ouro no nordeste goiano, e as pessoas achavam que ali poderia ser uma nova Serra Pelada, iria uma avalanche de garimpeiros para ali querendo ocupar uma área e querendo fazer uma exploração desordenada, Superintendente Washington, e toda a dificuldade de natureza política, de natureza policial, de natureza humana, para preservar aquele bem mineral que só com investimento e tecnologia pesada, com aporte de capital expressivo poderia se viabilizar aquela expressiva mina, que hoje pertence ao Estado do Tocantins, ali na região de Crixás, uma luta constante. 

Então, de certa maneira ao lembrar desta homenagem nós temos que lembrar daqueles anônimos que trabalharam ali no insipiente serviço geológico do Estado de Goiás, possivelmente METAGO, DNPM, CPRM, e tantos outros que fizeram um trabalho gigantesco e importante para o Brasil.

Este País que realmente, e nós sabemos, nós que temos, de certa maneira, ligações com o setor, com a área, sabemos do potencial enorme. E neste momento em que a AGECO completa seus 40 anos, achamos que era oportuna essa homenagem. E a Assembléia, por unanimidade dos seus Deputados, Presidente Honor Cruvinel, recebe Vossas Senhorias hoje de bom grado, com muita satisfação, para poder prestar esta singela, mas a mais importante honraria do Poder Legislativo, que é a Medalha Pedro Ludovico Teixeira. E dizer a Vossa Excelência, Presidente Bittar, do seu trabalho, da sua luta. Quando digo Vossa Excelência estou querendo saudar todos os ex-Presidentes da AGECO, essa Entidade importantíssima, que sempre atuou na defesa da geologia goiana, da geologia brasileira. Tem aí um papel fundamental no desenvolvimento de Goiás.  

Leve aos associados o nosso reconhecimento, da Assembléia Legislativa, as nossas homenagens, o nosso muito obrigado por tudo que vocês fizeram por Goiás e ainda vão fazer muito por este Estado. 

Um abraço e muito obrigado a todos! 

Boa tarde e parabéns!