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Romilton Moraes enaltece atuação da AGI

10 de Setembro de 2010 às 08:10
Diuscurso proferido pelo deputado Romilton Moraes (PMDB) durante sessão especial em homenagem aos 76 anos da Associação Goiana de Imprensa (AGI) (10.09.2010).

Senhoras e senhores, Bom Dia!!

Como um espaço democrático e institucional, legítima representante política da vida, da história e das aspirações do povo goiano, a Assembléia Legislativa do Estado de Goiás não poderia deixar de homenagear, no sentido de tornar pública esta manifestação, os 76 anos de existência e atuação da Associação Goiana de Imprensa, AGI, fundada em 10 de setembro de 1934.

Coincidentemente, pouco tempo depois do lançamento da pedra fundamental para a construção de nossa nova capital: Goiânia. Por isso mesmo, as suas trajetórias se confundem, no tempo e no espaço. Goiânia tornou-se uma cidade próspera, hoje considerada a capital do Centro-Oeste. A AGI continuou sua luta incansável na trincheira das liberdades democráticas. Ambas as histórias constituem-se grande orgulho para todos nós, goianos, de origem ou de coração.

A data de fundação da AGI é também a comemoração do Dia da Imprensa. E, em um Estado Democrático de Direito, para usar uma expressão usual, que define e traduz a essência das sociedades livres, a imprensa deve ser sempre o principal sustentáculo da vida coletiva e dos interesses da nação.

O papel da imprensa nesses contextos extrapola uma função institucional para promover a circulação de informações, a produção de conhecimentos, opiniões, análises e críticas. Educa, transforma, alicerça o futuro sempre presente em nossos horizontes.

Em cada momento histórico, e sob determinadas condições, surge a necessidade ou a exigência de se engendrar novos mecanismos de fortalecimento do espírito livre e da contínua luta pela democracia.

Fundada na Cidade de Goiás, antiga Capital de Goiás, assim foi com a AGI, entidade dos comunicadores – profissionais do jornalismo, do rádio, da literatura, além daqueles que hoje trabalham com as novas tecnologias da comunicação.

A AGI teve como seu primeiro presidente Albatênio Caiado de Godoy, que exerceu o cargo até 1941, quando, em Goiânia, a nova Capital de Goiás, construída por inspiração e esforço do imortal Pedro Ludovico Teixeira, teve eleito e empossado seu segundo presidente, Joaquim Câmara Filho, fundador do tradicional diário “O Popular” e homem público de destaque, inclusive na condição de secretário de Estado, com assinalados serviços prestados a Goiás.

A Ata de Fundação da AGI, além dos dois nomes mencionados, foi assinada ainda pelos seguintes fundadores, todos figuras de grande relevo histórico em Goiás: professor Verenando de Freitas Borges (secretário da Entidade e que foi o primeiro prefeito de Goiânia);

Agnelo Arlington Flury (Tesoureiro), Alfredo Nasser (orador oficial), mais tarde senador, deputado federal e ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores; Zoroastro Artiaga, Jaime Câmara (fundador da Organização Jaime Câmara, hoje um dos maiores complexos de Comunicação do Brasil); Abdala Samahá, Goiás do Couto, Benjamin da Luz Vieira, Mário Mendes da Costa, Claro Augusto de Godoy, João Monteiro, Ignácio Xavier da Silva, Octávio Artiaga.

Eis os nomes presentes durante a fundação, acontecida no Salão Nobre da Faculdade de Direito de Goiás, centenária instituição, hoje integrante da Universidade Federal de Goiás, sediada em nossa capital.

A liberdade de imprensa, de caráter coletivo, significa, a rigor, a publicização da liberdade de expressão, de caráter individual, a garantia da livre circulação de ideias. Como disse Thomas Jefferson, um dos fundadores da democracia norte-americana, referindo-se ao papel imprescindível da imprensa nas sociedades modernas: “é preferível uma imprensa sem governo do que um governo sem imprensa. Sem essas liberdades não se pode falar em democracia, não se pode falar em justiça, não se pode ter perspectivas verdadeiras de futuro.

A importância da AGI não se mede apenas pelo que de fato representa em nossa história recente, porém, muito mais, pelo trabalho abnegado e profícuo daqueles homens de valor, que se sucederam à frente desta entidade ao longo dessas quase oito décadas.   

Em sua rica trajetória, a AGI foi presidida e teve os demais postos da diretoria integrados por ilustres e combativos homens da pena. A título de exemplos, mencionamos Maximiano da Matta Teixeira, mais tarde desembargador do egrégio Tribunal de Justiça de Goiás; Hélio de Araújo Logo, Geraldo de Araújo Vale, Oscar Sabino Júnior, Wagner Tavares de Góis, Batista Custódio dos Santos, Lourival Batista Pereira, William da Silva Guimarães, Henrique Duarte, Walter Menezes, Alírio Oliveira, Lorimá Dionísio, Jales Rodrigues Naves, Antônio Lessa, Waldemar Gomes de Melo e Eliezer Pena, que a presidiu por dois períodos, o primeiro, no biênio 57/58 e, meio século depois, nos últimos três anos, tendo o seu recente mandato expirado em maio último.

Hoje, recentemente empossado, exerce a presidência da AGI o jornalista Valterli Leite Guedes, a quem dirigimos esta homenagem, no sentido de representar, não só todos aqueles profissionais que a categoria une e reúne, mas também o trabalho incansável e dedicado que é realizado por eles todos os dias, para manter a sociedade viva, informada e dinâmica.

Dessa forma, é justo e oportuno que esta Casa de Leis, lídima representante e intérprete do sentimento dos goianos, reverencie, nesta data tão simbólica, a tradicional e meritória Entidade dos Comunicadores Goianos, a Associação Goiana de Imprensa, AGI.

Muito obrigado.

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