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Bruno Peixoto presta homenagem ao Atlético

01 de Abril de 2011 às 08:02
Discurso proferido pelo deputado Bruno Peixoto (PMDB) durante sessão especial em que o Atlético Clube Goianiense foi homenageado pela Assembleia Legislativa. (01.04.2011)
Senhoras e senhores deputados, autoridades, atletas, torcedores, convidados e visitantes ilustres.

Senhoras e senhores aqui presentes.

Estamos aqui reunidos, em sessão solene, para prestarmos justa homenagem ao ATLÉTICO CLUBE GOIANIENSE, em reconhecimento aos 74 anos de existência do clube que é pioneiro no futebol de Goiânia, e como não poderia deixar de ser, é o clube de nosso coração.

Nesses 74 anos de vida do nosso Dragão, reconhecemos a relevante participação de certas pessoas na construção da história deste conceituado Clube, e hoje, nesta ocasião especial, oferecemos a nossa homenagem a estas pessoas.

Vemos cada vez mais torcedores do Atlético Clube Goianiense surgirem em nosso Estado. Sejam eles nossos filhos e filhas, parentes, amigos, até mesmo antigos torcedores de outros times que reconheceram o poder desse Clube e passaram a admirá-lo e a torcer por ele.

Pouca gente sabe, mas nosso clube tem uma linda história.

Com a camisa igual à do Flamengo e o escudo semelhante ao do São Paulo, porque Edison Hermano, um dos seus fundadores e seu primeiro goleiro era flamenguista e são-paulino, o Atlético Goianiense iniciou, ao ser fundado em 2 de abril do ano de 1937, a implantação do futebol na recém-fundada cidade de Goiânia.

Passaram-se 74 anos desde então.

Mais de meio século de atividades sem interrupção, nem sempre alegres, mas, na maioria das vezes gloriosas e enriquecendo o futebol goiano.

Em 1944 disputou-se o primeiro campeonato oficial de futebol em Goiás. A bem da verdade, foi um campeonato curto, posto que na época existiam apenas cinco clubes. É verdade, também, que a então jovem capital com apenas 12 anos de fundada, não comportava mais do que isso.

Naturalmente houve muitas irregularidades, mas que não tiraram o mérito do primeiro grande campeão goiano, que foi o Atlético Clube Goianiense.

O Atlético foi campeão não porque seus adversários eram fracos, mas sim por que seu time era poderoso e bom. Tinha poucos jogadores e seu elenco era muito homogêneo, com reservas e titulares se confundindo. Só para citar, eis a formação do primeiro campeão goiano: Paulista (Wolney), Tonico (Ditinho) e Chancão (Fão), Waldemar Bariano, Tocafundo (Mira), Pixo (Pirulito); Cid, Ari, Cigano, Nazaré, Dido e Nery.

O ano de 1955 foi todo atleticano. Moacir Cícero de Sá era o presidente. Um homem trabalhador, dedicado e disposto a dar um título de campeão ao Atlético, cuja última conquista datava de 1947. O elenco estava montado e ajustado só com pratas da casa, ninguém de fora. Um time, de treinador a ponta esquerda, todinho de Campinas. Foi um dos maiores times de todos os tempos.

Fioravante Salerno, o Fiori, um calabrês estabelecido no comércio da Avenida 24 de Outubro, assumiu o comando técnico do time e sua virtude maior era a amizade e o respeito mútuo. Ele nunca tinha problemas, pois apesar de um elenco reduzido, adaptava um jogador a quaisquer circunstâncias. Epitácio, por exemplo, era ponta-direita, ponta-esquerda, meia-armador, médio-volante, centro-avante, era tudo. Todos eram tudo naquele inesquecível esquadrão que ficou mais de vinte jogos sem conhecer o sabor de uma única derrota.

No começo do ano o Atlético excursionara a Cuiabá, onde disputara três jogos, com uma vitória, um empate e uma derrota. Era a primeira vez que um clube goiano saia do Estado de Goiás para mostrar seu futebol. Na volta, uma sexta-feira, o time estava desfalcado. Pitinho se contundira em Cuiabá e Fiori lançava Maltez no gol. Epitácio, a contra-gosto, era deslocado para a ponta-esquerda. E a estréia foi contra o Goiás. Vitória memorável do Atlético por 6x2!

Depois disso foi uma festa em sequência, em 17 capítulos, pois os 17 jogos seguintes foram levados de vitória, consagrando o Atlético Clube Goianiense campeão em 1955.

No começo de 1955, para uma curta excursão a Cuiabá, o Atlético, em face de algumas contusões, teve de recorrer ao Goiás, tomando dois craques por empréstimo: o zagueiro central Manduca e o centro-avante Eudes, o maior gênio que o futebol goiano conheceu. Um homem que jogava sem bola e que encantava a platéia por sua genialidade. Pois bem, ao voltarem de Cuiabá, os dois se empolgaram com o Atlético e se iniciou um namoro que duraria mais de um ano.

O tempo passou e chegou 1957. E Manduca e Eudes se incorporavam, em definitivo, ao elenco rubro-negro. De quebra, sem contrato com o Goiânia, chegava o goleiro China, com suas defesas monumentais e seu jeito muito especial de gritar durante os noventa minutos, orientando sua defesa e distribuindo lançamentos em profundidade para os atacantes: Resultado: Atlético, Campeão Invicto de 1957, ano em que conquistou também o Troféu dos Invictos.

O time de 1957 parecia jogar por pensamento, tal a uniformidade, tal a sintonia de suas peças. Para chegar ao memorável título, que data de 30 anos, o Atlético lançou mão de uma constelação de astros: CHINA, MANDUCA E PLÍNIO, ALDO, OSVALDINHO E GADIA, EPITÁCIO, FABINHO, EUDES, FÁBIO E VITALINO, elenco que teve ainda Pitinho, Bebé, Louro e outros.

Era ao ano 30 da fundação do Atlético que conquistava seu 5° título de campeão e que ficaria 7 anos em jejum, até que chegasse o ano de 1964 com aquela famosa máquina montada por Gilberto Alves.

Pelo Atlético passaram os maiores goleadores do futebol goiano. Seria ocioso citar nomes de quantos vestiram a camisa rubro-negra, balançando redes e fazendo os melhores goleiros se ajoelharem, impassivos diante do poderio atleticano.

Passaram-se os anos, e sob a administração de nosso ilustre Valdivino de Oliveira, o rubro-negro foi campeão goiano da segunda divisão em 2005, e em 2006 o Atlético chegou a final do Campeonato Goiano contra o Goiás, com mais de 36.000 torcedores no Estádio Serra Dourada no jogo final. E, atualmente, a fanática e respeitável torcida do Dragão, comparece ao clube até em dias de treinos.

E, graças ao incentivo e confiança desta torcida, após 18 anos sem conquistar o Campeonato Goiano, o Atlético venceu o Goiás por 2 a 1 no segundo jogo da decisão de 2007, sagrando-se campeão goiano perante 31.088 torcedores pagantes.

Em 2008 o clube fez campanha expressiva no Campeonato Brasileiro Série C, conseguindo o acesso a Série B com quatro rodadas de antecedência e, logo depois, conquistou o segundo título do Campeonato Brasileiro Série C sem entrar em campo, com a derrota do Campinense, seu adversário mais próximo na tabela de classificação naquele momento.

Em 21 de novembro de 2009, confirmando de vez a sua ascensão meteórica, o Atlético conquistou o acesso à Série A do Brasileirão com uma vitória por 3 a 1 diante do Juventude no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, tendo terminado este campeonato em quarto lugar.

Já em 2010, o Atlético Clube Goianiense começou o ano conquistando o Campeonato Goiano, ao vencer inúmeros times e se consagrando mais uma vez vitorioso no campeonato estadual e, ainda, se impondo na Copa do Brasil, tendo chegado nas semifinais, eliminando equipes tradicionais do futebol brasileiro.

E, agora em 2011, mais uma vez estamos confiantes e certos de mais uma conquista desse amado e respeitável Clube, o Campeonato Goiano está acontecendo, e as vitórias estão sendo constantes e isto merece o nosso reconhecimento pelo esforço e dedicação de cada membro da diretoria, de cada atleta, de cada torcedor.

E, por este motivo, em virtude de todas as conquistas, alegrias, esforços, comprometimentos em buscar o melhor para o esporte, em reconhecimento aos 74 anos de existência do Atlético Clube Goianiense, o mais querido dos goianos, convido, neste momento, o Excelentíssimo Senhor Presidente, deputado federal Valdivino José de Oliveira, para receber em nome do Atlético Clube Goianiense a placa simbólica de  homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás a este clube.
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