Lívio Luciano fala sobre ações da Igreja Evangélica
Prezados senhores,
Prezadas senhoras,
Falar dos cento e dez anos da Igreja Cristã Evangélica, no Brasil, significa relembrar pessoas que, um dia, não olhando para as dificuldades, sonharam com a propagação das Boas – Novas de Jesus Cristo, em um país grande, em extensão, populoso e que, há mais de um século atrás, possuía lugares praticamente inalcançáveis.
Por isso mesmo, comemorar esse importante aniversário significa relembrar de servos de Deus destemidos, desbravadores, que ajudaram a acender a chama do evangelho, em nosso País, e porfiaram para que ela não se apagasse. Significa lembrar de visionários, que não olharam para o Brasil de 1901, mas, para o Brasil de 2011: próspero, multicultural, de etnias diversas, de religiões diversas, predominantemente cristão, suscetível ao evangelho e um dos maiores celeiros de missionários do mundo. A Igreja Cristã Evangélica viveu o Brasil da ditadura. Viveu o Brasil da Democracia. Viu o número de evangélicos crescer, cada vez mais, em nosso País, sempre atuando com ética cristã. Por isso, comemorar esses cento e dez anos significa lembrar de servos de Deus que fizeram história. História que merece ser contada.
Em 1895, alguns servos de Deus, lá no Canadá, com certeza, imbuídos por esse grande sonho de que falei, se organizaram para evangelizar a América do Sul, começando pela Argentina, e chegando ao Brasil. Para cá veio um casal que, além de evangelizar o povo, incluindo visitas aos índios, nas aldeias, auxiliavam no suprimento de carências como as atividades relacionadas a hospitais e escolas.
Mas, foi Reginaldo Young, outro canadense, que trabalhava na Cia de Mineração São João Del Rei, em Morro Velho, MG, que deu início à Igreja Cristã Evangélica do Brasil. Ganhando, à época, um jovem engenheiro para Jesus, chamado Frederico Glass, esse se dedicou, incansavelmente, à evangelização. Young foi responsável pelo início do trabalho em São Paulo, que originou a 1ª igreja da ICEB, em 25 de agosto de 1901. Associando-se a Glass, lograram êxito em expandir, admiravelmente, o evangelho aqui em Goiás e, também, nos Estados de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Frederico Glass ficou conhecido por suas famosas expedições com a Bíblia pelo Brasil, e, auxiliado por obreiros nacionais, em 1902, estabeleceu a igreja em Catalão; em 1904, em Santa Cruz, ambas em nosso Estado. Esta, por causa das perseguições, foi transferida para Gameleira, hoje, Cristianópolis, cidade que foi edificada em terreno doado por um fazendeiro convertido ao evangelho, o Sr. José Pereira Faustino. Em 1906, o Sr. Glass veio com sua família para Goiás, a antiga capital, onde fundou a igreja.
Todo esse trabalho pioneiro proporcionou o grande crescimento da Igreja Cristã Evangélica que, hoje, possui 308 igrejas, incluindo congregações e campos missionários, distribuidos em 18 Estados e Distrito Federal. São, ainda, 571 obreiros, entre pastores, missionários e educadoras cristãs, comprometidos com a edificação do reino de Deus, que não têm medido esforços para cumprir o mandamento de Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.
Esses obreiros, sob a liderança do Presidente da Igreja Cristã Evangélica no Brasil, Reverendo João Batista Cavalcante, têm empreendido grandes projetos, não pensando somente na expansão dessa denominação religiosa, mas, no crescimento do reino de Deus.
Porém, a Igreja Cristã Evangélica na pára por aí. Sabemos que, não somente o Brasil, mas também, todo o mundo, não é o mesmo de mais de um século atrás. Houve desenvolvimento. Nosso país é a oitava economia do mundo. Tem sido olhado com grande respeito por todas as nações. Mas, a par disso, a violência, as enfermidades, os desastres naturais, a degradação moral configuram uma constante. As drogas têm avassalado um grande número de jovens brasileiros. O número de divórcios tem crescido assustadoramente e, em consequência disso, lares têm sido destruídos. Hernandes Dias Lopes diz que o mundo tem gemido, tem clamado por uma restauração.
Em meio a tudo isso, a Igreja Cristã Evangélica não tem se omitido. Antes, tem sido solidária. Tem trabalhado com afinco, levando o amor de Cristo para os corações em súplicas. Tem empregado ações sociais, ajudando as pessoas necessitadas. Tem feito a diferença. Tem sido exemplo. Tem honrado o nome de Jesus. Tem influenciado, beneficamente, a sociedade brasileira. Não é por outro motivo que tem crescido, em nosso país, e adquirido um papel de relevância.
Por tudo isso, esta sessão solene se mostra de um significado especial, por estarmos homenageando uma denominação religiosa de grande valor para nosso Estado e para nosso país. Parabéns ao Presidente, Reverendo João Batista Cavalcante, meu amigo dos tempos de juventude, em quem sempre enxerguei, além do espírito de liderança, a vontade de fazer a obra de Deus, a vontade de pregar a palavra de Deus que, como preceito bíblico, não tem voltado para Ele vazia. Antes, tem cumprido aquilo para o qual foi enviada. Parabéns a todos os membros desta próspera igreja. Que, juntos, possamos louvar a Deus por essa grande e valiosa conquista. E digo: avante meus irmãos. A obra de Deus não pára por aqui.
Termino minha fala conclamando a todos que, nesse momento festivo, histórico, de congraçamento, de comemorações, não olhemos para nós mesmos, mas, lembremos sempre das palavras do salmista: Não a nós Senhor. Não a nós. Mas, ao Teu nome seja a glória.
Muito obrigado.