José Vitti presta homenagem a agropecuaristas
Bom dia!
É com muito prazer que recebo todos vocês hoje, nesta casa. Amigos, conterrâneos e muitos que conheço mais pela sua história de trabalho na lida do campo.
O agronegócio é a grande riqueza do nosso estado e responde por, aproximadamente, 70% das exportações goianas.
Por isso mesmo, entrego a vocês essa justa homenagem.
Um reconhecimento à contribuição que prestam ao abastecer nossos mercados e os mercados externos com alimentos de qualidade, gerando emprego, renda, impostos e divisas para Goiás e o povo goiano.
Produzir alimentos de qualidade, com baixo custo, sustentabilidade, de forma a garantir renda e qualidade de vida ao produtor e, ainda, contribuir para o fim da fome no mundo.
Esses são alguns dos grandes desafios que o homem do campo enfrenta no seu dia a dia.
Para atingir esse nível de produção precisamos nos qualificar.
No que consiste ao governo oferecer, precisam ter acesso ao crédito, taxas de juros mais justas, preço mínimo para suas culturas, seguro agrícola, controle inflacionário, boa infraestrutura e logística.
Só assim os desafios poderão se tornar realidade.
Como se vê, os desafios são muitos, mas as potencialidades do agronegócio são maiores ainda, especialmente no Centro-Oeste, região responsável pela produção de 56 milhões de toneladas de grãos, quase 35% de tudo o que é produzido no País e 18% das exportações do agronegócio brasileiro, o equivalente a R$ 15 bilhões em 2010.
Enquanto parlamentar e empresário do ramo, conheço e participo das lutas do setor.
Sei o valor do homem do campo e a importância social do seu trabalho.
Arar a terra e retirar dela o alimento são atividades que, antes de tudo, exigem dedicação, amor e, no Brasil, muita coragem e perseverança.
Apesar da crescente produção e alta produtividade, um País continental como o nosso poderia ter um desempenho agrícola muito melhor.
Ao contrário disso, ainda há fome no campo e nas cidades. Mal que atinge cerca de 1,5 bilhão de pessoas no mundo.
A renda do produtor é achatada, o endividamento é grande, ao mesmo tempo em que o custo dos alimentos nas prateleiras dos supermercados e nas feiras livres sobe a cada dia.
O que se vê é uma distância muito grande entre os preços pagos ao produtor pelo alimento produzido e os valores pagos pelo consumidor na aquisição do mesmo alimento.
Não estaria aí o erro?
O Centro-Oeste é uma região de grande importância para o alicerce da agricultura nacional.
Com um território de mais de 160 milhões de hectares – sendo 15 milhões deles usados para cultivo e outros 25 milhões para pecuária –, o Produto Interno Bruto (PIB) da região soma R$ 161 bilhões ao ano.
Só no ano passado, o Centro-Oeste totalizou US$ 15 bilhões em exportações de produtos agrícolas, o que torna o setor um dos principais vetores econômicos da região.
Na área destinada ao plantio, são produzidas, atualmente, 56 milhões de toneladas de grãos – cerca de 35% da produção nacional – e 18% das exportações do agronegócio brasileiro.
Ainda temos um grande caminho a percorrer, mas apesar das dificuldades, nosso Estado amplia ano a ano sua produção agrícola.
Dados da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) apontam que em 2010 o Valor Bruto da Produção Agropecuária de Goiás foi de R$ 18,4 bilhões, 2,66% maior que em 2009.
O bom desempenho se deve ao aumento da safra 2009/10, que chegou a 13,46 milhões de toneladas, superando em 1,85% a safra do ano anterior.
Destaca-se, ainda, a recuperação dos preços das principais commodities agropecuárias. A expectativa para este ano é de chegar a 13,57 milhões de toneladas produzidas.
As exportações do agronegócio goiano somaram quase US$ 3 bilhões em 2010, o que representou mais de 70% das exportações do Estado.
Já as importações do setor em Goiás não passaram dos US$ 300 milhões, menos de 8% do total.
Com relação aos números de emprego, em 2010 o setor agropecuário gerou mais de 65 mil postos de trabalho contra 58 mil criados em 2009.
Para este ano, as previsões também são otimistas, com crescimento de todos os indicadores, a começar pela área plantada.
Da mesma forma, crescem os desafios do setor, que em 2011 terá de enfrentar o aumento da inflação.
Cientes dos desafios e da força que temos para enfrentá-los, nos reunimos aqui, hoje, para agradecer aos produtores de Bela Vista,Cezarina, Edéia, Goiânia, Goiatuba, Guarinos, Hidrolândia, Indiara, Palmeiras, Palminópolis, Paraúna, Pontalina, São João da Paraúna, São Luís de Montes Belos, Trindade e Vicentinópolis, as vitórias já alcançadas.