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Defensores da Vida recebem homenagem de Francisco Júnior

10 de Outubro de 2011 às 21:00
Discurso proferido pelo deputado Francisco Jr (PMDB) durante sessão especial comemorativa ao Dia Estadual em Defesa da Vida (10.10.2011).

Boa noite senhoras e senhores homenageados, familiares e a todos os presentes,

1. Estamos reunidos hoje nesta Sessão solene não só para realizar homenagens, mas também para um profundo momento de reflexão. E gostaria primeiramente aqui, diante todos vocês, de renovar meus compromissos. Pois nós, legisladores deste Estado, precisamos estimular o debate sobre as causas da violência; contribuir para a promoção de uma cultura de paz e principalmente trabalhar para construir a Justiça social.

2. Temos a consciência de que, para que a paz seja fruto da Justiça, é preciso dar ocupação saudável e acesso universal à educação, ao lazer, à cultura, ao esporte e à religião a todos os cidadãos da nossa cidade e de todo o Estado. E precisamos estar engajados nesta luta, que é diária e ininterrupta.

3. Esperamos que as entidades, sejam do setor público ou da iniciativa privada, governos ou organizações não-governamentais, participem ainda mais deste processo que é, antes de tudo de cidadania. Entretanto, como incumbidos de responsabilidades públicas, somos nós parlamentares os primeiros que devem encampar estas causas. E, por isto, reitero meu compromisso com a vida.

4. É de nós autoridades, que deve ser cobrada a eficiência na batalha pela manutenção da vida, em busca da sua preservação acima de todas as outras questões. E nos tempos atuais, onde as situações de violência praticadas pelo ser humano contra o outro são tão banais, esta mensagem de paz e Justiça se torna ainda mais importante.

5. E quando uso o termo Justiça, me refiro ao seu significado mais amplo, mais profundo. A Justiça deve extrapolar os limites do Poder Judiciário. Falo aqui da Justiça entre os homens e mulheres, entre as diferentes classes sociais, entre distintos credos e concepções filosóficas. Justiça em sua acepção mais simples e direta que nos remete à Justiça Divina, anterior ao disposto nas leis e presente na alma humana como valor universal sobre aquilo que é o justo e o injusto.

6. Um sentido de valor que, apesar de conhecido por todos, encontra-se maculado, deformado pelas violências do mundo. Todos temos sofrido com isto, e padecemos de inúmeras injustiças que nos fazem crer que há um ciclo vicioso, em que a injustiça impede o florescimento da paz e a falta de paz estimula novas injustiças. E é preciso que todos tenham a percepção da necessidade de romper esse círculo do mal para que a não-violência seja algo que possa florescer no nosso dia-a-dia.

7. Como cristão e cidadão de bem, desde antes de ser conduzido pelo voto direto à condição de autoridade, esta era uma das minhas maiores preocupações pessoais. Afinal, como pai de três crianças, o futuro dos nossos filhos e questionamentos quanto a em que tipo de sociedade eles vão crescer, são questões que me tiram o sono. E tenho certeza, não só o meu...   

8. À vida não se pode sobrepor nenhum outro valor, não só porque cada ser humano é constituído à imagem e semelhança de Deus, mas também porque trata-se de um direito que deve permanecer intocável. É o primeiro de todos os direitos e dele decorrem os demais. E se uma sociedade vacilar na afirmação desse princípio, não só ficará abalado todo o seu arcabouço legal, mas se abrirão as portas à ditadura das minorias e o incentivo à violência.

9. Mesmo uma análise cuidadosa não é capaz de definir o direito de quem deve prevalecer. Não é possível escolher um "bem maior" ou um "mal menor" quando uma vida está em jogo. De todas as formas devemos defender a vida e a sua manutenção.

10. Ainda mais quando essa violência ocorre contra os mais indefesos, dentre os quais as crianças no ventre materno. As questões que são apresentadas como argumentos a favor do aborto, como o sofrimento da mulher gestante ou a violência a que ela foi submetida, são importantes e merecem a atenção de todos.

11. Mas a obrigação do Poder Público não é de tratar as consequências destes atos de violência, mas sim trabalhar para que eles não ocorram. A sociedade não pode buscar justificativas para a morte de seres humanos, mas deve sempre trabalhar para que elas sejam evitadas.

12. Neste sentido o papel da mulher é ainda mais importante e ela, mais do que ninguém, deve ter consigo a importância de defender a vida a todo custo. Não se trata apenas da gestação, mas de tudo o que implica a criação e educação dos filhos, assim como o cuidado dos doentes e dos idosos. Ao estar em todas as horas do nosso cotidiano, a mulher contribui, com sua experiência concreta, para uma visão mais ampla e amorosa da vida.

13. E aqui hoje, estão sendo lembrados mulheres e homens que realizam ações que, por mais singelas que possam parecer, ajudam a disseminar uma cultura mais fraterna. Entidades, empresas e pessoas que encaram de frente uma realidade tão espinhosa e de tanto sofrimento, e que fazem muito mais do que é o seu papel, com a vontade maior de serem exemplo para uma mudança urgente, e que é não apenas de atitude mas de mentalidade da nossa sociedade.  

14. É por isto que, assim, de coração aberto e esperançoso, engajo-me, nesta missão de buscar constituir uma nova sociedade, onde as questões sociais devem fazer eco e os princípios que norteiam os seres humanos devem ser irradiados.

15. O momento é de reflexão e de se buscar iniciativas que envolvam o poder público e a sociedade organizada, em um encontro de forças que contribuam para a minimização dos nossos graves problemas sociais. Deixar claro e evidente que os princípios que regem a nossa sociedade se baseiem no respeito ao próximo.

16. E que precisamos estabelecer políticas públicas que superem a idéia de que a insegurança e a violência estão apenas nas ruas e nos becos da cidade. Ela está nos lares, nas igrejas, nas escolas e em todos os espaços que as desigualdades sociais alcançam a nossa sociedade. É por isto que todas as instituições são necessárias e essenciais nesta luta.

Muito Obrigado!!!

 

 

 

 

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