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Mauro Rubem discursa na homenagem a Ministra Dora Maria

14 de Setembro de 2007 às 09:38
Discurso proferido pelo deputado Mauro Rubem (PT) na sessão especial em que homenageou com o título de Cidadã Goiana a ministra do do Tribunal Superior do Trabalho, Dora Maria Costa. (14/09/2007)
Senhoras e senhores

Temos a honra e eu, pessoalmente, a satisfação de estarmos realizando uma sessão solene onde podemos fazer uma justa homenagem a figura da ministra, e amiga, Dora Maria da Costa.

Nesta sessão podemos ainda fazer um reparo geográfico na história do Brasil. Por um acaso do destino, a ministra Dora nasceu na cidade mineira de Dores do Indaiá.

Hoje, aqui, corrigimos este “equívoco”, senhora ministra, ao torná-la de fato cidadã goiana.

Com este reparo homenageamos uma mulher goiana que hoje ocupa um dos mais altos cargos na corte trabalhista nacional.

A atual ministra formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, e especializou-se em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Federal de Goiás.

Ingressou na Justiça do Trabalho da 3ª Região (Minas Gerais), por concurso público, como auxiliar judiciário, em 1979. Como servidora, foi assessora de juiz e diretora do Serviço de Documentação, Legislação e Jurisprudência.

Em 1987, ingressou na magistratura trabalhista como juíza do Trabalho substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

Entre 1988 e 2002, presidiu Varas do Trabalho da 10ª e da 18ª Regiões, até ser promovida a juíza do TRT da 18ª Região (Goiás) - órgão que presidiu no biênio 2005/2007.

Em 17 de maio de 2007, foi empossada como ministra do TST, em vaga destinada à carreira da magistratura, onde passou a integrar a Primeira Turma.

A origem humilde da menina de Dores do Indaiá foi fundamental para forjar uma profissional da justiça que tem primado sua decisões, em minha singela opinião, pela coerência, justeza e na defesa dos interesses dos trabalhadores diante do poder do capital e de seus assalariados.

E as trabalhadoras e trabalhadores, senhora ministra, esperam muito de sua atuação agora no TST. Num momento em que se acirram as diferenças e disputas entre o capital e o trabalho, com nítidas agressões aos direitos dos trabalhadores precisamos, mais do que nunca, de pessoas sensíveis como a senhora para defender a dignidade do ser humano, representado por aquelas pessoas que diariamente vendem sua mão de obra.

E ao homenageá-la, senhora ministra, quero estender esta homenagem a todas as mulheres que atuam na justiça do trabalho.

E elas, senhoras e senhores, não são poucas.

No Tribunal Superior do Trabalho tivemos a primeira ministra nomeada em 1990, quando a doutora Cnéa Cimini Moreira assumiu um cargo naquele corte.

Hoje temos três ministras. Além da doutora Dora fazem parte do TST as ministras Maria Cristina Peduzzi e Rosa Maria Weber.

Nos tribunais regionais, senhoras e senhores, hoje a maioria dos cargos são ocupados por mulheres.

No Tribunal regional de São Paulo, para dar apenas um exemplo, dos 327 juizes, quase duzentas são mulheres.

Devemos diante destes números, nos rejubilarmos com o fato de que, finalmente, as mulheres estão ocupando o espaço que sempre mereceram na condução de nossa sociedade.

E nisso devemos fazer justiça ao governo do presidente Lula. Um governo onde temos, pela primeira vez, um negro na mais alta corte de justiça e que tem, cada vez mais, valorizado a presença da mulher.

E a escolha da ministra Dora é mais uma prova do acerto deste governo.

Ter uma mulher presidindo o Supremo Tribunal Federal. Ter uma goiana entre os membros do TST.

Eis aí motivos mais do que justos para uma grande comemoração de toda a sociedade, homens e mulheres.

Parabéns a todas as mulheres, trabalhadoras da justiça e do restante da sociedade.

Parabéns a amiga, e agora a goiana, Dora Maria da Costa.

Muito obrigado.
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