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Vanuza Valadares discursa na homenagem a Ministra do TST

14 de Setembro de 2007 às 10:27
Discurso proferido pela deputada Vanuza Valadares na sessão especial que homenageou com o título de Cidadã Goiana a ministra do TST, Dora Maria. (14/09/2007).
Senhoras e  senhores
 Aos presentes neste plenário e a quem assiste a TV Assembléia os meus cumprimentos. É com grande satisfação que concedemos o título de cidadã goiana para a Ministra Dora Maria da Costa, mineira de nascimento, que ao chegar ao coração do Brasil demonstrou a sua goianidade.
Em 2002 ao assumir o cargo de Juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, Dora Maria tornou possível que todos nós conhecêssemos a sua vocação de lutar contra as injustiças sociais.
Como desembargadora, Dora Maria colaborou para colocar a Justiça Trabalhista Goiana na História do direito do Trabalho brasileiro, pois atualmente a justiça do trabalho em Goiás está muito próxima dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso Estado, ostentando a posição entre as três mais céleres e eficientes do País, o que é digno de louvor, tendo em vista a precariedade da prestação jurisdicional brasileira.
Aproveito para dar os parabéns a todos os que trabalharam e continuam trabalhando para que essa realidade continue sendo possível.
Cara Dora Maria da Costa, Ministra do Tribunal Superior do Trabalho, desejo que a partir desse momento, em que a senhora é abraçada pelo Estado de Goiás através desta casa de leis que representa a vontade dos goianos, que a sua participação no Tribunal Superior do Trabalho, aproxime ainda mais a sociedade da justiça trabalhista.
Porque devemos reconhecer que em um país como o Brasil onde infelizmente ainda se explora a mão de obra infantil e o trabalho escravo a Justiça do Trabalho tem importância fundamental no aprimoramento das relações humanas.
Como a senhora é conhecedora da realidade goiana tenho a certeza de que Goiás com a sua vocação para o agro negócio ganha ao estabelecer um ambiente mais justo para trabalhadores urbanos e rurais.
Acredito que a justiça trabalhista surgiu do sonho de estabelecer relações sociais mais honrosas e desta maneira avocou para si a competência de defender o sonho de um futuro próspero. Porque ter um trabalho hoje é motivo de reconhecimento social.
Quem tem um emprego é valorizando dentro da comunidade em que vive.
E quando uma pessoa pode dizer "eu tenho um bom emprego" isso é um alento e uma esperança para jovens e adultos que tentam participar ativamente da produção de riqueza neste país. Quem entra no mercado do trabalho almeja um futuro promissor.
Senhoras e senhores:É por isso que digo que a justiça do trabalho tem cara.
Pois, o modo como a justiça do trabalho é prestada se reflete até nas crianças que estão construindo o seu universo de conceitos e valores.
E é nestes corações que também devemos plantar a semente da justiça social e a importância da justiça do trabalho.
Porque quando os pais chegam em casa com a satisfação de dever cumprido e que a criança tem a noção que a ausência durante toda a semana das pessoas que mais ama neste mundo pode ser recompensada com bons momentos propiciados pelo salário no final de semana, ou quando o pai ou a mãe ficam doentes ou sofrem algum acidente que os impossibilita de trabalhar surge no ambiente familiar a figura da Justiça do Trabalho mostrando que ninguém ficará abandonado, a criança neste momento inconscientemente começa a se decidir por qual futuro quer alçar.
Se quer participar do mercado de trabalho, ou se tomará outros rumos nas falsas ilusões da vida criminosa.
A educação e as políticas voltadas à infra-estrutura são importantes, mas de nada valeria se não conseguíssemos empreender esforços entre os poderes legislativo, executivo e judiciário para mostrar que apesar dos pesares vale a pena lutar por um futuro em que as pessoas possam se dedicar ao sonho de ter uma profissão ou uma empresa ou comércio, onde é possível oferecer mais do que postos de trabalho, mas dignidade ao ser humano através de leis claras que norteiam as relações trabalhistas.
Temos a missão de mostrar que vale a pena não partir para o mundo do crime para conseguir sobreviver.
Que é vantajoso constituir empresas, indústrias, cooperativas, sindicatos, associações e todo o tipo de entidade que proporcione o bem estar coletivo.
Hoje neste plenário repleto de pessoas que se dedicam à justiça do trabalho me sinto honrada em dizer que o que me trouxe ao parlamento goiano foi a minha atividade como empresária. Porque as pessoas mais carentes acabam vendo no empresário a solução de vários problemas que deveriam ser resolvidos pela administração pública.
Foi resolvendo a situação de diversas pessoas, que vinham na minha empresa pedir socorro para um filho doente, por exemplo, que levantei a bandeira da indignação e fui eleita deputada. Não temo em dizer que a ausência do poder público transforma o empresariado e a iniciativa privada em um atendimento de primeiros socorros social.
Todos nós, empresários e a justiça do trabalho temos a responsabilidade no resgate da dignidade da condição humana.
E ter uma Justiça especializada neste assunto é vantajoso para todos.
Ter uma Ministra Goiana é bom para o Brasil e para Goiás, porque o estado que minimiza as suas deficiências contribui no abrandamento dos diversos embates sociais, que normalmente se deflagrariam no âmbito das próprias empresas.
É comum dizer que a justiça do Trabalho serve para amparar o operário no momento que necessitar recorrer aos seus direitos.
Mas, como atual deputada que já exerceu o papel de empresária ouso em ampliar este conceito. Por que a justiça do Trabalho também é de suma importância para o empresariado, pois estabelece regras claras de relacionamento entre empregado e empregador e isso é bom para os dois lados.
Para finalizar quero mais uma vez reafirmar que este título de cidadã goiana para a Ministra Dora Maria da Costa é o reconhecimento pela sua luta contra as injustiças sociais. Parabéns Ministra! E que a senhora continue sendo um exemplo para as futuras gerações!
Obrigada! 

 

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