Senhor Presidente, Senhoras deputadas, senhores deputados

É com muita satisfação que hoje venho a essa tribuna para prestar uma homenagem ao Profissional da Administração. Categoria profissional essa, à qual tenho orgulho de pertencer.

Embora antiga, a apaixonante atividade de "Administrador" só recentemente ganhou contornos oficiais no Brasil. Foram necessários quase 25 anos desde a criação do primeiro curso no País, em 1941, até a promulgação da Lei nº. 4769, em 09 de setembro de 1965, que instituiu profissão de nível superior, pois, até então, seus profissionais eram "Técnicos em Administração", denominação que transmitia conotação de formação escolar de nível médio.

Dos supervisores da construção da grande muralha da China aos conselhos dados a Moisés por seu sogro, Jethro ( que foi o  primeiro consultor em administração da história), descrito em Êxodo 18:14-27, sempre houve quem praticasse  a administração e desse conselhos administrativos. Entretanto, apenas recentemente no final do séc. XIX é que se formou um conjunto de literatura que examina as dimensões da administração e a investiga de maneira científica. Inicialmente, a administração foi estudada por Taylor e Fayol que desenvolveram a administração clássica, uma tentativa de transformar a administração empírica em uma administração baseada em estudos científicos, a partir daí,  inúmeros outros   estudiosos  continuaram a discutir   sistematicamente a dinâmica da administração.

Segundo os dicionários, administrar é dirigir uma organização utilizando técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental. Tal definição passa por outras interpretações mais funcionais, como a de Peter Drucker, para quem “administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar”.

Mas não é nosso objetivo discutir aqui as definições ou  implicações técnicas da administração. O que realmente queremos salientar nesse momento é a importância do profissional da administração para o crescimento econômico do nosso país, bem como do papel Social do administrador.

Enxergar no administrador um mero construtor da eficiência das empresas, talvez seja não contemplar o potencial libertador da ciência que o apóia – contudo, este é o limite conceitual possível daqueles que pensam a administração como uma parte menor da microeconomia, dotada do cargo de controlar as eficiências marginais dos processos de produção. A função social do administrador está muito além do controle da empresa, assim como a administração enquanto ciência não pode ser confundida com uma prática de gerir fatores a fim de se chegar a um objetivo empresarial. O fato deste profissional se encontrar num ponto-chave, onde as intenções sociais são concretizadas em realizações, coordenando grupos trans-disciplinares e tornando possível a produção e conseqüente manutenção do padrão material da sociedade, torna-o dono de responsabilidades para com a própria configuração do modo de produção e do entendimento das demandas da sociedade.

Hoje é imperativo para os profissionais que definem os rumos da sociedade, estarem  em sintonia com os desafios de preservação das riquezas naturais, através do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade social.

O bom administrador é peça fundamental da boa engrenagem tanto da administração público como  das empresas de capital privado e do  terceiro setor. Não foi por acaso que escolhi a formação de administradora, sempre percebi nessa profissão as várias possibilidades de atuação, tanto que hoje essa  formação me possibilita uma melhor atuação na carreira política. Nesta Casa de Leis não exerço a função de  administradora, mas tenho usado das atribuições da profissão,que são diretrizes infalíveis para o bom trabalho de nós representantes públicos, para apresentar idéias consoantes com o que aprendi e que entendo que é viável e necessário para o desenvolvimento das cidades que represento e também todo o Estado.

Entendemos que um País  Cresce e se fortalece economicamente a partir do crescimento de  suas organizações, me refiro a organizações no sentido amplo, empresas publicas, privadas e entidades sem fins lucrativos.  E eu pergunto quem é o protagonista desse contexto produtivo? Quem é o tomador de decisões sobre a criação de postos de trabalhos? Quem pode liderar e coordenar os recursos humanos que são os mais importantes recursos de uma empresa?

Acredito eu, que o administrador sempre terá uma grande responsabilidade no processo de  crescimento de um país , através do empreendedorismo e geração de  empregos, bem como da manutenção da empresas existentes. Assim como o corpo humano uma empresa tem ciclo de vida. Ela nasce, cresce e se não for bem conduzida morre. Cabe ao administrador manter essa empresa saudável, pois os resultados positivos ou negativos de uma empresa  envolvem não somente os lucros aos seus donos e acionistas , como também envolvem os sonhos e a sustentabilidade de todos os seus funcionários e demais stakholders. Daí a importância e responsabilidade dessa profissão, muitas vezes não reconhecida. Segundo dados do SEBRAE, um grande percentual de empresas vão a falência nos primeiros anos de sua abertura, em detrimento à falta de profissionalismo na sua administração.

O reconhecimento da real importância do profissional da administração é algo urgente. Todos os semestres inúmeros profissionais saem das universidades com seus diplomas  na mão, esperançosos em conseguir uma oportunidade  no mercado de trabalho, e muitas vezes percebem que a função de administrador está ocupada por pessoas que não tiveram uma formação adequada para tal.

Cabe a nós lutarmos pela valorização e reconhecimento dessa profissão. Não devemos prestar atenção nesse problema somente na data de comemoração do dia do administrador, mas, sim levantarmos uma bandeira em prol de melhores oportunidades de trabalho para os administradores, através de mecanismos que criem reserva de mercado.

Cabem aos parlamentares lutarem pela valorização e reconhecimento de todas as categorias profissionais, em especial, a do administrador. A exemplo do trabalho do nosso colega  admistrador e Deputado Federal Sandro Mabel que tem lutado pela categoria,é de sua autoria o processo que colocou o administrador como vogal nas Juntas Comerciais. E também apresentou a Proposta de Emenda à Constituição nº 317/04, que propõe a criação do cargo de administrador nas prefeituras, cujos integrantes deverão ser selecionados através de concursos públicos dentre os administradores devidamente habilitados (registrados nos CRAs). Quero expressar meu apoio à referida proposta do deputado e salientar que me disponho a ser  aqui na Assembléia Legislativa uma lutadora em prol das causas dos Administradores em Goiás.

A todos os administradores meus parabéns e meus sinceros votos de muito sucesso.

E  acredito que:

“Juntos temos a convicção de que os vencedores da vida são homens e  mulheres perseverantes que, sem se julgarem gênios, convenceram-se que, só pelo esforço, poderiam alcançar a vitoria”.