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”Saneago não pode tero mesmo destino que a Celg”, alerta Gomide durante audiência pública com Stiueg
Em seminário realizado na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 27, os trabalhadores da Saneago, ligados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás – Stiueg - e representantes de entidades relacionadas, debateram a MP 868 que cria o Marco Legal do Saneamento Básico. Na audiência, organizada pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT), a crítica comum foi a possibilidade das privatizações dos serviços de água e esgoto dos municípios.
No auditório lotado, especialistas levantaram as situações que podem ocorrer caso a MP seja aprovada. “Água não deve ser tratada como mercadoria”, destacou o presidente do Stiueg, Washington Fraga. O presidente da Observatório Nacional dos Direitos à Água e Saneamento, Sérgio Gonçalves, classificou a medida como uma investida. “A soberania sobre esses serviços está em jogo”, previu.
O deputado Antônio Gomide criticou a medida fazendo referência à privatização da Celg. “O tema é bastante atual, pois nos faz lembrar do caso da Celg. Temos nessa Casa uma CPI em andamento por conta dos prejuízos vividos pelos goianos na situação energética”, destacou. Quando prefeito de Anápolis, Gomide evitou que o serviço de saneamento da cidade fosse entregue à iniciativa privada.
Com as movimentações, a expectativa é fortalecer as articulações para que a proposta que institui um novo marco legal no saneamento do país “caduque”, pois a medida tem de ser votada até o dia 03 de junho. “Estamos fortalecendo os movimentos e a realização deste seminário é de extrema importância porque demonstra que estamos organizados contra os prejuízos que querem causar a este tema que envolve saúde pública”, enfatizou.
Além de Antônio Gomide e do diretor da Stiueg, Washington Fraga, também estiveram presentes o deputado federal Rubens Otoni (PT), e representantes da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção Goiás (Abes-GO), da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro-Oeste e do Observatório Nacional dos Direitos à Água e Saneamento (Ondas/FNU).