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Notícias dos Gabinetes
Exposição do Projeto Juntos pelo Araguaia discutirá o maior programa de bacias hidrográficas do Brasil

28 de Julho de 2019 às 11:36

O deputado e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, Zé Carapô (DC), promoverá reunião de exposição para maior divulgação e promoção de diálogos sobre a proposta de recuperação de 10 mil hectares de áreas de preservação permanente ao longo da calha do Rio Araguaia, nos Estados de Goiás e Mato Grosso. O encontro será no dia 5 de agosto, a partir das 9 horas, na Assembleia Legislativa de Goiás. 

Histórico

O Governo de Goiás em parceria com os governo Federal e do Mato Grosso lançaram no mês de junho, entre as cidades de Aragarças (GO) e Barra do Garças (MT), o Projeto Juntos pelo Araguaia, que visa recuperar áreas de nascentes e de recarga da Bacia do Rio Araguaia em 27 municípios dos dois estados. O lançamento oficial, no dia 5 de julho, contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), e dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM).

Durante o evento, os Ministérios da Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Meio Ambiente; Desenvolvimento Regional; bem como, a Secretaria Geral e a Secretaria de Governo, além das Secretarias de Meio Ambiente de Goiás e Mato Grosso assinaram um Acordo de Cooperação que garante a execução do projeto e prevê a criação do fundo de conversão das multas.

Com a finalidade de garantir o empenho do governo federal na execução do projeto, o presidente Bolsonaro e os governadores Mauro Mendes e Ronaldo Caiado assinaram um Protocolo de Intenções.

Exposição do Projeto Juntos pelo Araguaia na Assembleia Legislativa

Nesse sentido, ocorrerá a exposição do projeto Juntos pelo Araguaia pelo Poder Legislativo, uma iniciativa do deputado Zé Carapô, em parceria com a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis.

“O objetivo da exposição será debater, com produtores, governo, órgãos, instituições e entidades que atuam com desenvolvimento sustentável, a ação de conservação do solo, a implantação de bacias de contenção de água de chuvas e sedimentos, o terraceamento de pastagens e a recomposição florestal para isolamento e plantio de mudas em nascentes e matas ciliares”, afirmou Zé Carapô.

A secretária Andréa Vulcanis explicou que o projeto vai “plantar água”, em outras palavras, garantirá que o recurso volte ao lençol freático e a vazão do rio seja capaz de atender às demandas de consumo da população, de animais, da produção agrícola e da indústria.

Na primeira fase do projeto, a previsão é a de que os dois estados restaurem 10 mil hectares de áreas de preservação permanente e de recarga de aquíferos nas cabeceiras e nos afluentes que formam o Rio Araguaia.  

A proposição e concepção técnica do projeto “Juntos pelo Araguaia” é do Instituto Espinhaço, Organização da Sociedade Civil especializada em projetos de desenvolvimento sustentável. "O Instituto Espinhaço desenvolveu voluntariamente a proposta do projeto, tendo como base as maiores experiências de recomposição florestal em larga escala do Brasil, como a que está sendo implantada em Minas Gerais, onde o Instituto Espinhaço restaurou mais de 2.300 hectares de Cerrado e Mata Atlântica, com foco na revitalização de bacias hidrográficas", informou Luiz Oliveira, presidente do Instituto.

Em Goiás, o projeto é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), sob a gestão da secretária Andréa Vulcanis. O Estado do Mato Grosso também desenvolverá ações simultâneas por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), sob a coordenação da secretária Maureen Lazaretti.

O projeto prevê ações de recomposição florestal, conservação de solo e água, além de engajamento dos produtores rurais das comunidades e municípios envolvidos no território da Bacia Hidrográfica do Alto Araguaia, região que receberá a primeira fase do projeto.

De acordo com Luiz Oliveira, presidente do Instituto Espinhaço, “o projeto Juntos pelo Araguaia deve ter um esforço integrado do primeiro, segundo e terceiro setor”. Para ele, “não é possível iniciar a reversão do atual quadro da Bacia Hidrográfica do Araguaia sem que haja um pacto social que enfoque a entrega de resultados efetivos para a sociedade, com divisão de responsabilidades e ações integradas e sistêmicas que possam cooperar para eliminar as costumeiras trincheiras ideológicas e  que possam articular ações inteligentes dos governos e sociedade civil, valorizando e apoiando o produtor rural, personagem central para o projeto, dado que ele, além de produzir alimentos, deve ser o grande aliado para o fortalecimento dos serviços ecossistêmicos, principalmente a oferta de água, insumo vital para viabilizar a produção agropecuária no Brasil".

Uma bacia hidrográfica, em quatro estados

Com sua nascente localizada na Serra do Caiapó, em Mineiros, nos altiplanos que dividem os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, o rio banha quatro estados e tem uma extensão total de 2.114 quilômetros. Toda a região da bacia tem importância ecológica, turística, socioeconômica e cultural incalculável.

Para estabilidade e expansão dos sistemas produtivos na Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia são necessárias ações que consigam manter o manejo adequado do solo para produção agropecuária e água disponível nos mananciais e nos lençóis subterrâneos para abastecimento das cidades e fornecimento para os sistemas produtivos.

 

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