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Proprietário que ceder lote baldio para plantação de hortas pode ganhar desconto na tarifa de água
Foi protocolado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei, de autoria do deputado Paulo Trabalho, que visa estabelecer uma redução de 50 a 60% sobre o valor da tarifa de água daqueles que disponibilizarem terrenos baldios para a criação de hortas comunitárias em Goiás.
Para isso, o projeto estabelece alterações na lei do marco regulatório da prestação de serviços de abastecimento de água e esgoto. A partir da concessão do benefício, Paulo Trabalho acredita que os proprietários desses terrenos serão incentivados a cederem o local para a criação e desenvolvimento das hortas. Para ele, isso evitará que áreas urbanas abandonadas sejam utilizadas como depósitos de entulhos e se transformem em focos de doenças.
“As hortas comunitárias são espaços de convívio, lazer e aprendizagem que podem resultar em uma melhor qualidade de vida e alimentação da população. Além disso, a aprovação desse projeto permitirá a eliminação de terrenos desaproveitados transformando-os em locais de produtividade e desenvolvimento social”, argumenta o autor da proposta.
As hortas serão úteis, segundo o deputado, para produção de legumes e vegetais que, por sua vez, poderão ser destinados ao consumo em escolas, instituições ou famílias de baixa renda. “A aprovação desta lei também representa a possibilidade de oferecer aos cidadãos desempregados uma atividade laboral rentável, haja vista que eles poderão plantar, cuidar e vender os próprios vegetais, além, é claro, de oferecer a comunidade a possibilidade de consumo de produtos frescos e naturais”, disse.
Além da geração de receitas, o que, consequentemente contribuirá com o fomento da economia local, o parlamentar também ressalta que a ideia poderá ser abraçada, inclusive, pelas gestões municipais. "Os prefeitos também podem ajudar a incentivar essa prática através da concessão de descontos no IPTU, por exemplo. Queremos, com essa iniciativa, fomentar essa ideia e estimular as pessoas a ocuparem esses espaços de forma sustentável e inteligente", pontuou.