A necessidade de uma política de estado permanente, de apoio aos catadores de materiais de recicláveis, foi tema da audiência pública, realizada na manhã de hoje, pelo deputado Paulo Cezar Martins (PL). A audiência contou com a presença de representantes das dez cooperativas de recicláveis de Goiânia, além de autoridades convidadas.

Os catadores expuseram as principais demandas da categoria. A principal diz respeito a uma política de governo que envolva incentivos fiscais para empresas que adquiram produtos advindos de cooperativas de reciclagem, acesso a programa sociais e atendimento prioritário na rede estadual de saúde.

Paulo Cezar sugeriu que sejam realizadas outras reuniões técnicas e marcou audiência com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, para discussão de projetos habitacionais que atendam a categoria dos catadores.

“No passado os catadores eram chamados inadequadamente de lixeiros, hoje felizmente são reconhecidos como coletores de materiais recicláveis”, afirmou Paulo Cezar, que defende uma política de atendimento a eles, “que desempenham um relevante papel para a sociedade atuando diretamente no manejo dos rejeitos sólidos. É um dever do Estado proteger esses trabalhadores que, aos olhos de muitos, são invisíveis, mas que na verdade contribuem muito para um meio ambiente sustentável”, pontou.

Durante a audiência, os representantes das cooperativas de materiais recicláveis falaram dos principais problemas enfrentados por elas. Um deles  é o baixo valor dos materiais recolhidos. Segundo eles, 40% dos rejeitos recolhidos não têm aproveitamento e isso também é um dos fatores que contribuem para queda na remuneração dos cooperados.

A audiência contou com a participação, além de catadores e autoridades, do ambientalista Robson Guimarães, que atua a favor do movimento em Anápolis.