Sou radicalmente contra o aborto. Como médico, sei que no momento da fecundação – encontro do espermatozóide com o óvulo – em que esta pronto o ovo, ali esta uma nova vida e, portanto, a questão não só jurídica, mas de valorizar o ser humano começa naquele momento. Não cabe aos pais e autoridades achar um destino para aquele novo ser, porque é um direito constitucional lutar para preservar a vida; o novo ser tem DNA diferente dos pais, é uma nova realidade, por isso deve ser preservado.

Sabemos que se tenta a busca da legalização do aborto, como uma conquista para a mulher, mas para permitir que se tenha os casos de abortos clandestinos, e essa não é a questão. A responsabilidade do Estado é dar a saúde pública como direito; e uma vez sanada a questão a meu ver, estará sanada a questão dos motivos que levam a querer que o poder público autorize o aborto.

A lei atual buscou preservar o risco de vida da mãe; e também no caso do estupro, de uma gravidez violenta e indesejada, o aborto seria justificável. Agora, em condições normais não vejo nenhum motivo para que se autorize o aborto.

A grande maioria dos médicos esta preparada para salvar vidas não para matar, e não vai aceitar a imposição para provocar o aborto. Dizem que decisão judicial foi feita para ser cumprida, mas como médico ninguém me convence e nunca vai me convencer que devo matar alguém.